POR ESSES MORTOS, NOSSOS MORTOS, PEÇO CASTIGO
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Résumé
Mais uma vez salpicaram de sangue o chão da luta indígena em Mato Grosso do Sul, e a morte com sua espécie de poder de choque quer nos roubar a palavra. Mas é preciso gritar, não pela boca dos mortos, mas ao lado dos vivos porque o silêncio e o pessimismo servem tão somente a dominação. Recentemente, a porta voz do agronegócio, Kátia Abreu, em pronunciamento no Senado sobre os conflitos em Mato Grosso do Sul pediu proteção aos “produtores rurais”, pois segundo ela “ninguém os
defende”. Mas, se havia dúvidas de que se trata de uma falácia, elas foram desnudadas nas imagens de violência contra os índios na desocupação da fazenda Buriti em Sidrolândia/MS. Naquele momento o Estado não usou sua costumeira aparência de governo do povo, na verdade protegeu a propriedade privada contra a luta popular e, mais que isto, edificou o lugar da morte ao invés da vida.
*Este resumo foi gerado pela equipe editorial a partir de trechos copiados do texto, considerando que no presente momento em que a edição foi publicada a apresentação de resumo não fazia parte das normas da revista.
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