O CAMPESINATO CONTEMPORÂNEO COMO MODO DE PRODUÇÃO E COMO CLASSE SOCIAL

Contenido principal del artículo

Horacio Martins de CARVALHO

Resumen

Nas formações econômicas e sociais dominadas-hegemonizadas pelo modo de produção capitalista têm predominado o desprezo e a discriminação social com relação aos camponeses. Mesmo que a população urbana dependa da produção de alimentos e das matérias-primas provenientes da agricultura, e que a maior parte desses produtos seja originada das práticas de produção dos camponeses, eles têm sido percebidos, pelas mais distintas razões e preconceitos, tanto pelos latifundiários, pelos capitalistas da grande empresa no campo, assim como pela maioria da população urbana, como os pobres da terra ou, numa expressão mais pertinente de Fanon ao se referir aos povos negros e colonizados na África, como os “condenados da terra”.


*Este resumo foi gerado pela equipe editorial a partir de trechos copiados do texto, considerando que no presente momento em que a edição foi publicada a apresentação de resumo não fazia parte das normas da revista.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
CARVALHO, H. M. de. (2012). O CAMPESINATO CONTEMPORÂNEO COMO MODO DE PRODUÇÃO E COMO CLASSE SOCIAL. Boletim DATALUTA, 5(53). Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/BD/article/view/53821
Sección
Artigos
Biografía del autor/a

Horacio Martins de CARVALHO



Citas

ABRAMOVAY, Ricardo. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. São Paulo, Edusp. 2007.

BARTRA, Roger. Introducción Chayanov. Anexo A Revista Nueva Antropologia, enero 1976, vol. I, numero 003, pp. 49-69, UNAM. México.

BELLO, Walden. Os pequenos camponeses lutam contra os paradigmas modernos obsoletos. Quito, ALAI, América Latina en Movimiento, 27 julho, 7 p. http://alainet.org/active/18832&lang=es. 2007.

BORRAS, S. Jr. Agrarian change and peasant studies: changes, continuities and challenges – an introduction, JPS (Journal of Peasant Studies), 36:1, pp. 5-31. 2007.

CARVALHO, Horacio Martins. Na sombra da imaginação (1). Reflexão a favor dos camponeses. Curitiba, abril, arquivo Word, 12 p. 2010.

________. Uma resignificação para a reforma agrária no Brasil. Curitiba, março, reproduzido em diversos sites, mimeo 6 p. 2010.

________. Tecnologia socialmente apropriada. Muito além da questão semântica. Londrina, IAPAR, agosto. 1982.

CASSANO, Frank. Assim o indivíduo sem sociedade anulou a política, in Jornal La Repubblica.it, 01 de março de 2012, reproduzido por IHU notícias online, 10.03.2012.

CHAYANOV (TSHAJANOV), A. Die Lehre von der bäuerlichen Wirtschaft: Versuch einer Theorie der Familienwirtschaft im Landbau. Berlin, Paul Perey; Edição em espanhol: Chayanov, Alexander. (1923). La organización de la unidad económica campesina. Buenos Aires, Nueva Visión, 1974.

CONSELHO Editorial, Apresentação à Coleção História Social do Campesinato no Brasil, in Fernandes, Bernardo M., Medeiros, Leonilde S. e Paulilo, Maria I. (orgs.). Lutas camponesas contemporâneas: condições, dilemas e conquistas, vol. 1: o campesinato como sujeito político nas décadas de 1950 a 1980. São Paulo, Editora UNESP; Brasília, NEAD, 2008.

COSTA, Francisco de Assis. A Especificidade Camponesa: Um trajeto de pensamento que se projeta no futuro. Belém, NAEA, UFPA, mimeo 22 p. 2008.

COSTA NETO, Pedro Leão. Observações metodológicas sobre a idéia de história a partir do último período da obra de Marx. Curitiba, mimeo, 12 p, s.d.

__________. Marx tardio: notas introdutórias. Curitiba, mimeo, 10 p., s.d.

DARDOT, Pierre e Laval, Christian. La nouvelle raison du monde. Essai sur la société néolibérale. Paris, La Découverte. 2009.

DELCOURT, Laurent El futuro de las agriculturas campesinas ante las nuevas presiones sobre la tierra. Lovaina la Nueva (Bélgica), CETRI, Agriculturas Campesinas, 14 de diciembre de 2010.

ENGELS, Freidrich. O problema camponês na França e na Alemanha, in Obras escolhidas de Karl Marx e Friedrich Engels, Editora Alfa-Omega, vol. 3, pp. 225-243.

FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira. 1968.

FOLHA Online. Crise deve levar número de desnutridos a mais de 1 bilhão em 2009, diz ONU. Roma, France Presse, 19 junho de 2009.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u583427.shtml.

FERNANDES, Bernardo Mançano, Leonilde Sérvulo de Medeiros e Maria Ignez Paulilo (orgs.), vol. 1. Lutas Camponesas contemporâneas: condições. dilemas e conquistas. São Paulo, Editora UNESP, Brasília, DF NEAD/MDA/GF, 2009.

__________. Lutas camponesas contemporâneas: condições, dilemas e conquistas. A diversidade das formas de lutas no campo, vol. 2. São Paulo, Editora UNESP, Brasília, DF NEAD/MDA/GF, 2009;

GODÓI, Emília Pietrafesa de, Marilda Aparecida de Menezes e Rosa Acevedo Marin (orgs.). Diversidade do campesinato: expressões e categorias, vol. I, São Paulo, Editora UNESP, Brasília, DF NEAD, 2009.

________. Diversidade do campesinato: estratégias de reprodução social, vol. II. São Paulo, Editora UNESP, Brasília, DF NEAD, 2009.

GOULDNER, A. The concept of Functional Autonomy, in: Worsley, P. Modern Sociology, 2ª edition. New York: Penguin, 1978.

GOLAY, C. H. Los derechos de los campesinos; in Decourt, Laurent (2010). The future of peasant agriculture confronted by the pressures on land. CETRI, décembre; http://www.cetri.be/spip.php?article1957.

GUZMÁN, Eduardo Sevilla e Molina, Manuel González. Sobre a evolução do conceito de campesinato. Brasília, Via Campesina do Brasil, março. 2005.

JACOB, Heinrich Eduard. Seis mil anos de Pão. A civilização humana através de seu principal alimento. São Paulo, Nova Alexandria. 2003.

MAGDOFF, Fred. Comida como mercadoria, in seção Alimentos, artigo Fome e Mercado, reproduzido na revista Retratos do Brasil nº. 55, fevereiro de 2012, pp. 24-31.

MARTINS, José de Souza. Expropriação e violência: a questão política no campo. São Paulo, Hucitec. 1980.

MARX, Karl. El Capital. Crítica de la economia política, Vol. I, [A chamada acumulação originária]. México, Fondo de Cultura Economica, 2ª Ed. Española, 1958.

______. El Capital. Crítica de la economia política, Vol. III. [Génese de la renta capitalista del suelo]. México, Fondo de Cultura Economica, 2ª Ed. Española, 1958.

______. Grundrisse. Manuscritos econômicos de 1857-1859. Esboços da crítica da economia política. [Formas que precederam a produção capitalista], São Paulo, Boitempo, 2011.

______. Formações econômicas pré-capitalistas. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2ª ed. 1977.

MARX, Karl e Engels, Friedrich. Escritos sobre Rusia. II. El porvenir de la comuna rusa. México, 90 Cuadernos de Pasado y Presente, 1980.

_______. Selected Works, vol. I, p. 303, citado por Shanin, Teodor. El campesinado como factor político, in La clase incómoda. Sociologia política do campesinato en una sociedad en desarrollo (Rusia 1910-1925), Anexo A, [publicado originalmente em The Sociological Review, vol. XIV (1966), núm.1].

MAZOYER, Marcel e Roudat, Laurence. História das agriculturas do mundo. Do neolítico à crise contemporânea. Lisboa, Instituto Piaget, s.d. [Edição du Seuil 1997/1998].

MITRANY, David. Marx contra o camponês. Rio de Janeiro, Editora Ipanema. 1957.

MOLLAT, Michel. Os pobres na Idade Média. Rio de Janeiro, Editora Campus, p. 23 -232. 1989.

MOTTA, Márcia e Paulo Zarth (orgs). Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de conflitos ao longo da história. Concepções de justiça e resistência nos Brasis. Vol. I. São Paulo, Editora NESP; Brasília, DF: NEAD, 2008.

_______. Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de conflitos ao longo da história. Concepções de justiça e resistência nas repúblicas do passado (1930-1960). Vol. II. São Paulo, Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD, 2009.

NEVES, Delma Pessanha e Maria Aparecida de Moraes Silva (orgs.). Processos de constituição e reprodução do campesinato no Brasil, formas de tutela de condição camponesa, vol. I. São Paulo; Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD 2009.

________. Processos de constituição e reprodução do campesinato no Brasil, formas dirigidas de constituição do campesinato, vol. II. São Paulo; Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD, 2009.

OYA, Carlos. The World Development Report 2008: inconsistencies, silences, and the myth of ‘win-win’ scenarios. Journal of Peasant Studies, 36:3, 593-601. 2009.

PLOEG, Jan Dowe von der. Camponeses e impérios alimentares: lutas por autonomia e sustentabilidade na era da globalização. Porto Alegre, Editora da UFRGS. 2008.

_______. Sete teses sobre a agricultura camponesa, in Paulo Petersen (org). Agricultura familiar camponesa na construção do futuro. Rio de Janeiro: AS-PTA, p. 17-32. 2009.

Shanin, Teodor. A definição de camponês: conceituações e desconceituações. O velho e o novo em uma discussão marxista. Presidente Prudente, Revista NERA, ano 8, nº 7 julho-dezembro de 2005.

_______. La clase incómoda. Socióloga política do campesinato en una sociedad en desarrollo (Rusia 1910-1925). Madri, Alianza Editorial, 1983.

_______. El campesinado como factor político, in La clase incómoda. Sociologia política do campesinato en una sociedad en desarrollo (Rusia 1910-1925), Anexo A, [publicado originalmente em The Sociological Review, vol. xiv (1966), núm.1]. Madri, Alianza Editorial. pp. 274-298.

STANIS, V. Transformaciones socialistas de la agricultura. Moscú, Editorial Progreso, 1978.

TEPICHT, Jerzy. Marxisme et agriculure: le paysan polonais. Paris, Armand Colin. 1973.

TOLEDO, Victor M. La agroecología, fundamento de una “república amorosa”. México, La Jornada, 3 de marzo de 2012. http://www.jornada.unam.mx/2012/03/03/opinion/022a2pol.

WELCH, C. A; MALAGODI, Edgar; CAVALCANTI, J. S. B; WANDERLEY, M. N. B. (orgs.). Camponeses brasileiros. Leituras e interpretações clássicas, vol. I. São Paulo; Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD 2009.