Petere imperium quod inanest nec datur umquam
DOI:
https://doi.org/10.26512/rfmc.v5i2.12608Palavras-chave:
Vazio, Temporalidade, AmizadeResumo
Luciano Canfora soergue a sentença lucreciana petere imperium quod inanest nec datur umquam com o propósito de criticar as formas políticas de representação burguesa. Todavia, ele acaba por suturar a categoria de vazio ao mesmo tempo que interpreta uma concepção de tempo e temporalidade equivocada em De Rerum Natura, o que o leva a conceber a posição política de Lucrécio como uma utopia pura, como projeção de uma anterioridade originária como solução política futura, cujo elemento central seria a amizade. Pretendo reestabelecer a categoria de tempo/temporalidade em Lucrécio e propor uma hipótese de leitura através de um exame comparativo com a estrutura de pensamento de Spinoza articulando a relação entre utilidade e amizade e, assim, indicar outra compreensão do projeto político lucreciano.
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