CÁSSIA ELLER, UMA TRAJETÓRIA TRANSGRESSORA

MÚSICA E MATERNIDADE NÃO HEGEMÔNICA

Autores

  • Dayse Beatriz de Freitas Santos

Palavras-chave:

Gênero, Maternidade, Transgressão, Historiografia

Resumo

Este artigo busca analisar como, secularmente, as mulheres transgressoras das convenções sociais vigentes não somente tiveram suas histórias silenciadas bem como deturpadas. A partir de uma abordagem inspirada na nova historiografia, trazemos Manuela Sáenz de apoio analítico à análise sobre alguns silenciamentos na biografia de Cássia Eller e sobre sua maternidade não hegemônica. Apoiados nas contribuições femininas do pensamento político e social latino-americano, argumentamos que esses apagamentos biográficos remetem a enquadramentos morais herdados do regime colonial.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACEVES LOZANO, Jorgè Eduardo. Práctica y estilos de investigación en la historia oral contemporánea, Historia y Fuente Oral, No. 12, Fronteras (1994), pp. 143-150.

ALMEIDA, Júlia L de. A caolha. In: FREITAS, M. H. A.; LEMOS, C. O.; SOARES, M. A. R.; (Orgs.). Escritoras do Brasil: ânsia eterna: Brasília: Senado Federal, 2019. Disponível em: > https://www2.senado.leg.br/bdsf/ bitstream/handle/id/559746/AnsiaEterna.pdf. Acesso em: 18 de set. de 2020, 17:18.

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo. 3 ed. Tradução Sergio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

BELO, Ed.; LANDI, A. C. A história de Cássia Eller: apenas uma garotinha. São Paulo: Planeta do Brasil, 2005.

BERGER, Peter L.; LUCKMANN, Thomas. A Construção Social da Realidade: tratado da sociologia do conhecimento. 36 ed. Tradução de Floriano de Souza Fernandes. Petrópolis, Vozes, 2014.

BRECAILO, Marcela Komechen; TAMANINI, Marlene. Amamentar, cuidar, maternar: regulações, necessidades e subjetividades. ARTIGOS DE TEMA LIVRE / FREE THEMED ARTICLES, 2016, pp, 825-846. BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. 15 ed. Tradução de Maria Helena Kuhner. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2019.

BOURDIEU, Pierre. A ilusão biográfica. Disponível em:< https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1185/ mod_resource/content/1/Bourdieu%20-%20A%20 Ilus%C3%A3o%20Bibliogr%C3%A1fica.pdf.

BRANDÃO, Ramon Taniguchi Piretti. Estruturalismo e pós-estruturalismo: uma arqueologia dos conceitos e o lugar ocupado por Foucault. Estação Científica (UNIFAP), Macapá, v. 5, n. 1, p. 33-46, jan./jun. 2015.

BERNARDINO-COSTA, J.; MALDONADO-TORRES, N.; GROSFOGUEL, R. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. In: COSTA-BERNARDINO, J.; MALDONADO-TORRES, N.; GROSFOGUEL, R. (Orgs.). Coleção: Coleção Negra e Identidade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

CUMES, Aura Estela. Mujeres indígenas patriarcado y colonialismo: un desafío a la segregación comprensiva de las formas de dominio. Hojas de Warmi, n. 17, 2012.

DE AMORIN MARCELLO, Fabiana. Enunciar-se, organizar-se, controlar-se: modos de subjetivação feminina no dispositivo da maternidade. Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, 2006.

ELLER, Cássia: Disponível em:< https://www.camara.leg.br/radio/programas/550330-dezessete-anos-sem-cassiaeller?pagina=767 <. Acesso em: 18 de nov. de 2019, 12:55.

ELLER, Cássia: Direção de Paulo Henrique Fontenelle. Rio de Janeiro: Migdal films, 2015. 1 vídeo (210 min).

GROSSI, Miriam Pillar. Gênero e parentesco: famílias gays e lésbicas no Brasil. Cadernos pagu, 2003, no 21, p. 261-280.

GONZÁLEZ, Judith. Re-imaginando y re-interpretando a las mujeres en la independencia: historiografía colombiana y género. Procesos Históricos, 2010, n. 17, 2010. 2-17

LONDOÑO, Jenny. Manuela Sáenz: “mi patria es el continente de la América”. Cuadernos Americanos, 2008, no 125, p. 67-85.

LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas. v. 22, n. 3, 2014, pp. 935-952.

MACÊDO, Lília Maria. O grito de independência das mulheres latino-americanas. Dossiê Especial Cadernos de Estudos Sociais e Políticos: Clássicas, v.6, n.11, 2017, pp. 80-8.

MARCELLO, Fabian de Amorim. Enunciar-se, organizarse, controlar-se: modos de subjetivação feminina no dispositivo da maternidade. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Educação.

NEGREIROS, Adriana. Maria Bonita: Sexo, violência e mulheres no cangaço. Disponível em: https://brasil.elpais. com/brasil/2018/09/19/actualidad/1537379793_101741.html.>Acesso em: 12 de 2019, 13:40.

QUINTERO, Inés. Las mujeres de la independencia: ¿Heroínas o Transgresoras? El Caso de Manuelita Sáenz. In: POTTHAST, Barbara; SCARZANELLA, Eugenia. Mujeres y Naciones en América Latina. Problemas de inclusión o Exclusión. Barcelona: Vervuert Iberoamericana. 2001.

RUSSO, Renato. 1° de julho.1996. Disponível em: https://www.letras.mus.br/cassia-eller/primeiro-dejulho/renatorusso. >Acesso em: 18 de nov. de 2019, 13: 25. Disponível em: < https://www.youtube.com/ watch?v=ywMJEu8dddA.>Acesso em: 18 de nov. de 2019, 13:11.

RODRIGUES, Amanda Maria Lima. As mulheres e as guerras de independência na América Latina no século XIX: invisíveis ou inexistentes? Ameríndia-História, cultura e outros combates., 2007, vol. 2, no 2, p. 10.

SEGATO, Rita Laura. “Gênero e colonialidade”: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. In: Epistemologias feministas: ao encontro da crítica radical. Brasília, 2016, pp. 106-131.

SILVA, Cláudia. La pluma y el laberinto: autobiografía y representación de Manuela Sáenz. Revista historia de las mujeres, v. 164, pp. 1-16, 2016.

SCAVONE, Lucila. A maternidade e o feminismo: diálogo com as ciências sociais, 2001, pp. 137-150.

TARNOVSKI, Flávio Luiz, et al. Pais assumidos: adoção e paternidade homossexual no Brasil contemporâneo. 2002.

Downloads

Publicado

20-07-2021

Como Citar

Santos, D. B. de F. (2021). CÁSSIA ELLER, UMA TRAJETÓRIA TRANSGRESSORA: MÚSICA E MATERNIDADE NÃO HEGEMÔNICA. Revista Textos Graduados, 7(2), 29–46. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/tg/article/view/38950