Dar um bale: Ativismo materno na busca por serviços a bebês com Síndrome Congênita do Vírus Zika no Recife
Palavras-chave:
Microcefalia, Maternidade, Zika, Epidemia, AntropologiaResumo
Muitas ocorrências de uma doença transmitida por um vírus pouco conhecido despertaram grande atenção e preocupação das autoridades brasileiras e internacionais em 2015: o Zika vírus. A doença causada por este vírus (a Zika), é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti ”“ o mesmo vetor transmissor dos conhecidos vírus da Dengue e da Chikungunya. A epidemia ganhou ainda mais repercussão após vir a conhecimento público o grande número de nascimentos de bebês com microcefalia e outras anomalias congênitas e, até o início de 2016, sua suposta relação com o vírus da Zika. Hoje, dois anos depois do reconhecimento do surto, os desafios que se apresentam são outros, em especial para as chamadas “mães de micro”, que são as principais cuidadoras dessas crianças. A presente pesquisa tem como foco a análise antropológica da categoria “bale”, percebida em campo e contextualizada no fenômeno da síndrome, especialmente da microcefalia, no Recife/PE, como forma da expressão da mulher cuidadora na busca por atendimento nos serviços de saúde e direitos nas instituições municipais de saúde.
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