A África como destino

Autores

  • Olavo de Souza Pinto Filho

Palavras-chave:

Ifá, Reafricanização, Mito, Destino, África

Resumo

O nosso ponto de partida para esse artigo vem de um incômodo nascido das reflexões sobre o “movimento de busca pela África” pelos praticantes do candomblé, que, na visão de alguns especialistas, tratar-se-ia de um “mito” advindo de disputas por “legitimidade” e “prestígio”. Esse “mal-estar”, antes de produzir uma negação dessa assertiva, propõe-se a levá-la a sério, ou seja, mobilizar conceitualmente a ideia de “mito”, pensando em “mitos” como sistemas de transformações. Nossa proposição espera esboçar outro caminho que potencialize as afirmações “nativas” de busca pela África.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

CAPONE, S. Uma religião para o futuro: a rede transnacional dos cultos afro-brasileiros. Estudos afro-asiáticos, n. 36, p. 57-72, dezembro de 1999.

______. A busca de África no candomblé: tradição e poder no Brasil. Rio de Janeiro: Pallas Editora, 2004.

CARVALHO, J. A força da nostalgia: uma concepção de tempo histórico dos cultos afrobrasileiros tradicionais. Brasília: DAN; 1987. p. 22-5 (Série Antropológica, 59.).

EPEGA, S. A volta à África na contramão do Orixá. In: CAROSO, Carlos, BACELAR, Jéferson. (Org.). Faces da tradição afro-brasileira. Salvador: CEAO/Pallas, 1999.

FRIJERIO, A. Reafricanização em diásporas religiosas secundárias: a construção de uma religião mundial. Religião e sociedade. Rio de Janeiro,v. 25, n. 2, p.136 -160, 2005.

GOLDMAN, M. Os tambores dos mortos e os tambores dos vivos. Etnografia, antropologia e política em Ilhéus, Bahia. Rev. antropol., São Paulo, v. 46, n. 2, 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttextHYPERLINKhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-77012003000200012&lng=en&nrm=iso”&HYPERLINKhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-77012003000200012&lng=en&nrm=iso”pid=S0034-77012003000200012HYPERLINK“http://www.scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S003477012003000200012&lng=en&nrm=iso”&HYPERLINK“http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-77012003000200012&lng=en&nrm=iso”lng=enHYPERLINK“http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-7012003000200012&lng=en&nrm=iso”&HYPERLINK“http://www.scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S0034--77012003000200012&lng=en&nrm=iso”nrm=iso >. Acesso em: 25 abr. 2012.

______. Histórias, Devires e Fetiches das Religiões Afro-Brasileiras. Ensaio de Simetrização Antropológica. Análise social, v. espec., p. 1-20, 2008.

JENSEN, T. Discursos sobre as religiões afro-brasileiras: da desafricanização para a reafricanização. Revista de Estudos da Religião, 1 (2001): 1-21.

LÉPINE, C. Mudanças no candomblé de São Paulo. Religião e sociedade. Rio de Janeiro, v. 25, n. 2, p. 121-135, 2005.

LÉVI-STRAUSS, C. Quando o Mito se Torna História. In: Mito e significado. Lisboa, Edições 70, 1985.

PALMIE, S. O trabalho cultural da globalização iorubá. Relig. soc. [online]., v .27, n. 1, pp. 77-113, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttextHYPERLINKhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010085872007000100005&lng=en&nrm=iso”&HYPERLINK“http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010085872007000100005&lng=en&nrm=iso”pid=S010085872007000100005HYPERLINKhttp://www.scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S010085872007000100005&lng=en&nrm=iso”&HYPERLINK“http://www.scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S010085872007000100005&lng=en&nrm=iso”lng=enHYPERLINK“http://www.scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S010085872007000100005&lng=en&nrm=iso”&HYPERLINKhttp://www.scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S010085872007000100005&lng=en&nrm=iso”nrm=iso>.(acessado em 03/08/2011)

PRANDI, R. Os candomblés de São Paulo. São Paulo: Hucitec, 1991. Referências sociais das religiões afro-brasileiras: sincretismo, branqueamento, africanização. In: BACELAR, J.; CAROSO, C. (Orgs.). Faces da tradição afro-brasileira. Rio de Janeiro: Pallas; Salvador: CEAO, 1999. p. 93-111.

SAHLINS, M. O ‘pessimismo sentimental’ e a experiência etnográfica: por que a cultura não é um ‘objeto’ em via de extinção (parte I).Mana, v. 3, n. 1, p. 41-73, 1997.

SILVA, V. Reafricanização e sincretismo. Interpretações acadêmicas e experiências religiosas. In: CAROSO, Carlos; BACELAR, Jeferson.(Org.). Faces da tradição a brasileira. Rio de Janeiro: Pallas/CEAO/CNPq, 1999. p. 149-157.

SOYINKA, W. Idanre and other poems. London: Metheun,1967.

TEIXEIRA, M. Candomblé e [re]invenção de tradições. In: CAROSO, Carlos; BACELAR, Jeferson. Faces da tradição afro-brasileira: religiosidade, sincretismo, anti-sincretismo, reafricanização, práticas terapêuticas, etnobotânica e comida. Rio de Janeiro: Pallas, 1999.

Downloads

Publicado

13-09-2015

Como Citar

Pinto Filho, O. de S. (2015). A África como destino. Revista Textos Graduados, 1(1). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/tg/article/view/16884