A mulher indígena em contexto urbano: o associativismo na construção de um espaço social migrante
Palavras-chave:
Antropologia das MigraçõesResumo
Este artigo tentará analisar parte da realidade de mulheres indígenas que residem na capital do estado do Amazonas. Levando em conta o fenômeno migratório comum de mulheres que compõe a Associação de Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (AMARN), visa-se compreender tal mobilidade através das especificidades as quais as populações indígenas em contexto citadino encontram. Nesse sentido, questões de identidade e etnicidade aparecem neste contexto, bem como as condições de trabalho características pelas quais essas mulheres encaram ao estarem dentro de um processo migratório. Dentro das condições materiais e históricas da região, este trabalho visa, assim, articular alguns relatos de tais mulheres indígenas migrantes, juntamente com a literatura relacionadas à migrações internas, internacionais, bem como acerca da identidade indígena e migrante no contexto brasileiro.
Downloads
Referências
ARRUTI, José Maurício. 1997. A emergência dos ‘remanescentes’: notas para o diálogo entre indígenas e quilombolas. Mana 3(2).
ASSIS, Gláucia de Oliveira. 2007. Mulheres migrantes no passado e no presente: gênero, redes sociais e migração internacional. Florianópolis: Revista Estudos Feministas, pp. 745-722.
BAINES, Stephen. 2001. As chamadas ‘aldeias urbanas’ ou índios na cidade. Brasil Indígena, Fundação Nacional do índio, v.7.
BAUMANN, Zygmunt. 1998. O mal estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
BARCELLOS, Tanya. 1995. Migrações internas: os conceitos básicos frente à realidade da última década. Porto Alegre: Ensaios FEE, pp.296-309.
BRITO, Fausto. As migrações internas no Brasil: um ensaio sobre os desafios teóricos recentes. s/e, s/d
CAVALCANTE, Olendina C. 1997. Migração e gênero: mulheres indígenas em Manaus. (Monografia de especialização em Antropologia). Manaus: Universidade Federal do Amazonas.
DURHAM, Eunice. 1978. O caminho da cidade: a vida rural e a migração para São Paulo. São Paulo: Perspectiva.
GILROY, Paul. 2001. O Atlântico Negro. Rio de Janeiro: Editora 34.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 2005. Rio de Janeiro: DP&A.
_____. Da Diáspora. Identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, pp. 25-48. 2009.
HANNERZ, Ulf. 1998. Conexiones transnacionales. Cultura, gente, lugares. Madrid: Ediciones Cátedra, pp. 165-180
LISBOA, Teresa Kleba. 2007. Fluxos migratórios de mulheres para o trabalho reprodutivo: a globalização da assistência. Florianópolis: Revista Estudos Feministas, pp. 805-821.
MELO, Maria Auxiliadora S. 1997. Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro residentes em Manaus- AMARN: organização política e identidade étnica. (Monografia de especialização em Antropologia). Manaus: Universidade Federal do Amazonas.
NAKASHIMA, Edson Yukio; ALBUQUERQUE, Marcos Alexandre dos Santos. A cultura política da visibilidade: os
Pankararu na cidade de São Paulo. In: Est. Hist., Rio de Janeiro, vol.24, n47, p.182-201, janeiro-junho de 2011.
NASCIMENTO, Adir & VIERIA, Carlos. 2015. O índio e o espaço urbano: breves considerações sobre o contexto indígena na cidade. São Paulo: Cordis, história: cidade, esporte e lazer, n.14.
NUNES, Eduardo Soares. 2010. Aldeias urbanas ou cidades indígenas? . Espaço Ameríndio, v.4, n.1, p.9-30, Porto Alegre.
ROSA, Marlise Mirta. “Catarinas e Iracemas: sobre casamentos interétinicos de mulheres indígenas em Manaus”. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social)- Museu Nacional/UFRJ, Rio de Janeiro, 2016.
SACCHI, Angela. 2003. Mulheres indígenas e participação política: a discussão de gênero nas organizações de mulheres indígenas. Revista Anthropológicas, ano 7, vol.14 (1 e 2).
SAYAD, Abdelmalek. 1998. A Imigração ou os paradoxos da alteridade. São Paulo: Edusp.
SINGER, P. 1976. Migrações internas: considerações teóricas sobre seu estudo. In: Economia política da urbanização. 3 edição. São Paulo: Brasiliense. Fontes
IBGE. 2010. “Os indígenas no Censo Demográfico 2010:. Brasília.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Conforme indicado no item 1.4 das Diretrizes para Autores/as,
Ao enviar o trabalho para ser avaliado pelo Conselho Editorial e/ou pelo corpo de pareceristas, o/a autor/a automaticamente concorda com a publicação de seu texto, sem qualquer ônus para os/as editores/as, uma vez que a Revista Textos Graduados é gratuita e não remunera de forma alguma seus/as colaboradores/as. Caso o/a autor/a tenha interesse em republicar seu artigo futuramente em coletâneas impressas ou eletrônicas, deverá indicar a Revista Textos Graduados - e o referido hipervínculo - como edição original (Exemplo: "Artigo originalmente publicado na Revista Textos Graduados, Volume XX, Nº X, Ano XX, etc”).