A natureza contra o progresso: mitos e narrativas do “destino bandeirante” na expansão desenvolvimentista
Palabras clave:
Natureza; Marcha para Oeste; Bernardo Sayão; Meio AmbienteResumen
Este artigo procurou refletir acerca da maneira como as narrativas de ocupação e colonização do Oeste brasileiro estiveram alinhadas aos discursos desenvolvimentistas das décadas de 1940 e 1950, que apresentavam a natureza e o meio ambiente como opositores ao progresso, incentivando o enfrentamento e destruição como justificativa da grandeza nacional. Nosso recorte refere-se à s narrativas e aos discursos ideológicos da Marcha para Oeste e sua apropriação em momentos distintos da história brasileira, centralizando essa abordagem no período final do governo de Juscelino Kubstichek, baseando-nos em fontes como a literatura da marcha, discursos políticos e outros textos apresentados em homenagem fúnebre a Bernardo Sayão, engenheiro morto em obras para a construção da rodovia Belém-Brasília. Elementos e referências simbólicas foram extraídos dessas fontes históricas objetivando a identificação das construções imaginárias que essas narrativas procuravam reforçar na época.