Política das ocupações: emergências da juventude auto-organizada
Resumo
Examino neste artigo alguns aspectos da dimensão política das ocupações das escolas públicas pelas estudantes em 2015-16, quais sejam: (1) a construção de um “nós” que luta pelos outros; (2) sua crítica à democracia capitalista, assim como ao patrimonialismo brasileiro; (3) uma perspectiva comunal da relação entre mercado, estado e sociedade; (4) sua práxis democrática; (5) os desafios da horizontalidade. Por fim, para avaliar seu caráter pré-figurativo, faço-lhe uma breve comparação com a luta estudantil dos anos 1960 nos Estados Unidos, tal como relatada por Wini Breines.