De l'abduction créative comme méthode sémio-anthropologique au service de la sociologie de la connaissance et des représentations
Palavras-chave:
Abdução, Obra de arte, Semiologia, Sociologia, SimbólicoResumo
Uma obra de arte jamais simboliza o social ex-nihilo, ela re-simboliza. Se podemos definir o trabalho da obra como uma re-simbolização do dado simbólico, a primeira etapa sociológica em face da obra consiste em construir, a partir de materiais culturais, a configuração do campo simbólico. Uma tal postura abre perspectivas sobre a sociologia das representações além de esclarecer a complexidade da obra de arte e a multiplicidade de estratégias literárias e cognitivas próprias à obra. A descrição semiológica das estruturas da obra de arte é um dos métodos mais fecundos para recolocar a obra no seu contexto histórico-sociológico e submeter à verificação um estudo sociológico. Com apoio nos trabalhos de C.-S. Peirce e de U. Eco, trata-se aqui de indicar algumas pistas nesta direção ao se propor a abdução que, mais intuitiva do que o processo dedutivo, inventaria e busca religar, organizar os dados, os signos que lhe parecem dever resultar de uma lei que há de surgir, mas, por enquanto, não é conhecida.