O crescimento do pentecostalismo entre quilombolas: por uma sociologia da presença pentecostal em comunidades quilombolas de Alcântara (MA)
DOI:
https://doi.org/10.1590/s0102-6992-202035020009Palabras clave:
Alcântara; Quilombolas, transformação, crescimento, PentecostalismoResumen
Muitos trabalhos debatem a expansão territorial da base de lançamentos de Alcântara e as radicais transformações que ela causa à s comunidades quilombolas ali existentes. A presente investigação, contudo, se concentra em uma transformação igualmente abrupta, qual seja: a conversão destas populações ao pentecostalismo. A partir de um survey realizado com membros de 16 povoados, constatou-se que, em alguns grupos, o número de evangélicos já supera outras tradições religiosas; percebeu-se a substituição gradativa do catolicismo popular, historicamente sincretizado com religiões de matriz africana, por um cristianismo mais radicalizado, característico do pentecostalismo; detectou-se o desaparecimento de parte da cultura oral dos grupos, tais como: contos, lendas e mitos que povoam os mais diferentes lugares da região e o imaginário popular. E, finalmente, verificou-se o questionamento das regras de uso comum da terra. Conclui-se que o pentecostalismo é parte das causas internas que, em consonância com as externas, estão alterando os padrões culturais dos grupos.
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