The contemporaneity of the classics: praxeological turns in Marx and Durkheim

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0102-6992-e47329

Keywords:

Sociological theory; Marx; Durkheim; Praxeological turn

Abstract

In a reverse movement to the fruitful efforts of demonstrating the presence of classical issues in recent social theory, we aim to reread the classics, particularly Marx and Durkheim, through a contemporary grammar. Specifically, our intention is to show how what has been labeled as the "praxeological turn" in contemporary social theory is also a detectable movement within the Marxian and Durkheimian corpus, particularly in their later works, Capital and The Elementary Forms of Religious Life. In the case of Marx, this can be seen in his concept of fetishism, while in the case of Durkheim, it lies in the centrality attributed to ritual practices and social effervescence in understanding social formation.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Lucas Trindade, Universidade Federal de Santa Maria

Professor adjunto do Instituto Humanitas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Paraíba (2011), mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (2014) e doutorado em Sociologia pela Universidade de Brasília (2018), onde também foi Professor substituto (40h). Realizou estágios de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ambos com financiamento do PNPD/CAPES. Integra os Projetos de Pesquisa "Florestan Fernandes e os dilemas sociais brasileiros: história do tempo presente" e "Sociologia Política Brasileira em Perspectiva Metateórica". Também está integrado ao Grupo de Pesquisa Social (GPS) da UFRN, ao Periféricas - Núcleo de Estudos em Teorias Sociais, Modernidades e Colonialidades (UFBA) e ao Grupo de Estudos em Teoria Social e Subjetividades (GETSS) da UFPE.

Carlos Freitas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil. Doutor pelo Programa Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). 

References

ADORNO, Theodor Ludwig. Introdução à sociologia. São Paulo: Editora Unesp, 2008.

ALEXANDER, Jeffrey. The meanings of social life: a cultural sociology. Oxford, UK: Oxford University Press, 2003.

______. Structure and meaning: relinking classical sociology. New York: Columbia University Press, 1989.

______. Durkheimian sociology: cultural studies. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1988.

______. O novo movimento teórico. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 2, n. 4, São Paulo, 1987.

ALEXANDER, Jeffrey; SMITH, Philip. The Cambridge Companion to Durkheim. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2008.

ALTHUSSER, Louis. Por Marx. Campinas, SP: Editora Unicamp, 2015.

______. Aparelhos ideológicos de Estado e notas sobre os aparelhos ideológicos de Estado. Rio de Janeiro: Graal, 1985.

______. De O capital à filosofia de Marx. In: ALTHUSSER, Louis; BALIBAR, Étienne; RANCIÈRE, Jacques. Ler o capital, v. 1. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

ANTUNES, Ricardo. Capítulo VIII. Excurso sobre a centralidade do trabalho: a polêmica entre Lukács e Habermas. In: ______. Os sentidos do trabalho. São Paulo: Boitempo, 1999.

BACKHAUS, Hans-Georg. Dialektik der Wertform: Untersuchungen zur Marxschen Ökonomiekritik. Freiburg, DE: Ça Ira, 1997.

BADIA, Lynn. Theorizing the social: Émile Durkheim’s theory of force and energy. Cultural Studies, v. 30, n. 6, p. 969-1000, 2016.

BALIBAR, Étienne. A filosofia de Marx. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.

BARREIRA, César Mortari. A “nova leitura de Marx”: um mapeamento de suas premissas e desenvolvimentos. Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política, n. 63, p. 11-40, 2022.

BATAILLE, Georges. Teoria da religião, seguida de Esquema de uma história das religiões. Belo Horizonte: Autêntica, 2016 [1947-1948].

______. A experiência interior, seguida de Método de meditação e Postscriptum 1953. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

BELLAH, Robert. Durkheim and ritual. In: ALEXANDER, Jeffrey C.; SMITH, Philip. The Cambridge companion to Durkheim. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2008.

BOURDIEU, Pierre. Sociologia geral, v. 2 “Habitus e campo”. Petrópolis, RJ: Vozes, 2021.

______. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.

______. Senso prático. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

______. Meditações Pascalianas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

BRANDOM, Eric. Georges Sorel, Émile Durkheim, and the social foundations of la morale. Journal of The Western Society for French History, v. 38, 2010.

COLLINS, Randall. Interaction ritual chains. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2004.

CORRÊA, Diogo Silva. Exorcizando o simbolismo. In: VANDENBERGHE, Frederic; VON DER WIEID, Olivia (orgs.). Novas antropologias, p. 215-221. São Paulo: Annablume, 2018.

DOMINGUES, Ivan. Epistemologia das ciências humanas, t. 1 “Positivismo e hermenêutica”. São Paulo: Loyola, 2004.

DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Edipro, 2022 [1912].

______. Sociologia e filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2020.

______. O dualismo da natureza humana e suas condições sociais. In: BOTELHO, André (org.). Essencial Sociologia, p. 291-310. São Paulo: Penguin Classics; Companhia das Letras, 2013.

______. Considerações a respeito dos cultos primitivos e a função do sagrado. Debates do NER, Ano 13, n. 22, p. 63-66, Porto Alegre, 2012a [1913].

______. O problema religioso e a dualidade da natureza humana. Debates do NER, Ano 13, n. 22, p. 27-61, Porto Alegre, 2012b.

______. As regras do método sociológico. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2002 [1895].

______. A ciência social e a acção. Lisboa: Livraria Bertrand, 1975a.

______. O futuro da religião. In: ______. A ciência social e a acção. Lisboa: Livraria Bertrand, 1975b.

DURKHEIM, Émile; MAUSS, Marcel. Algumas formas primitivas de classificação. In: BOTELHO, André (org.). Essencial sociologia, p. 222-290. São Paulo: Penguin Classics; Companhia das Letras, 2013.

ENGELS, Friedrich; MARX, Karl. A ideologia alemã. São Paulo: Boitempo, 2007.

FOURNIER, Marcel. Émile Durkheim (1858-1917). Ciudad de México: Fondo de Cultura Económica, 2019.

GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

HEINRICH, Michael. An introduction to the three volumes of Karl Marx’s Capital. New York: Monthly Review Press, 2004.

JOAS, Hans. A sacralidade da pessoa: nova genealogia dos direitos humanos. São Paulo: Editora Unesp, 2012.

______. The genesis of values. Chicago, MI: The University of Chicago Press, 2000.

______. Durkheim y el pragmatismo. La psicología de la conciencia y la constitución social de las categorías. El pragmatismo y la teoría de la sociedad. Madrid: Centro de Investigaciones Sociológicas, 1998.

JONES, Robert Alun. The secret of the totem: religion and society from McLennan to Freud. New York: Columbia University Press, 2005.

JONES, Susan Stedman. Durkheim reconsidered. Cambridge, UK: Polity Press, 2001.

KELLY, John D. The elementary forms of moral life? Responsibility, sacred things and Durkheim’s ontological turn. HAU: Journal of Ethnographic Theory, v. 4, p. 421-428, 2014.

KINLAW, Jeffery. Epistemologia. In: BAUER, Michael (org.). G.W.F. Hegel: conceitos fundamentais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2021.

LACROIX, Bernard. Durkheim y lo político. Ciudad de México: Fondo de cultura económica, 1984. [1962]

LÉVI-STRAUSS, Claude. O totemismo hoje. Lisboa: Edições 70, 2018 [1962].

______. A noção de estrutura em etnologia. In: ______. Antropologia estrutural, p. 299-344. São Paulo: Cosac Naify, 2008 [1951].

LUKÁCS, Georg. História e consciência de classe. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

LUKES, Steven. Durkheim, Émile. His life and work. New York: Penguin Books, 1973.

MARX, Karl. Grundrisse: manuscritos econômicos de 1857-1858: esboços da crítica da economia política. São Paulo; Rio de Janeiro: Boitempo; Editora UFRJ, 2011.

______. O capital: crítica da economia política, livro I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

______. Crítica da filosofia do direito de Hegel. São Paulo: Boitempo, 2005.

______. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 2018.

MÉSZÁROS, István. A teoria da alienação de Marx. São Paulo: Boitempo, 2006.

MILLER, William Watts. Total aesthetics: art and the elemental forms. In: RYLEY, Alexander; PICKERING, W. S. F.; MILLER, William W. Durkheim, the Durkheimians, and the arts, p. 16-42. New York: Durkheim Press, 2013.

______. Dynamogénique and Élémentaire. Durkheim Studies, v. 11, p.18-32, 2005.

ORTNER, Sherry. Uma atualização da teoria da prática. In: CORNELIA ECKERT, Miriam Pillar. Conferências e diálogos: saberes e práticas antropológicas, p. 19-44. Blumenau, SC: Nova Letra, 2007.

PETERS, Gabriel. A virada praxiológica. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 123, p. 167-188, 2020.

______. Da virada à cambalhota: a dialética de símbolos e prática. In: VANDENBERGHE, Frédéric; WEID, Olivia von der (orgs.). Novas antropologias, p. 226-232. São Paulo: Annablume, 2018.

PARSONS, Talcott. A estrutura da ação social, v. 1 “Marshall, Pareto, Durkheim”. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

PICKERING, William Stuart Frederick (org.). Durkheim and representations. New York: Routledge, 2000.

PICKERING, W.S.F. Durkheim’s sociology of religion: themes and theories. Cambridge, UK: James Clarke & Co Ltd, 1984.

PINHEIRO FILHO, Fernando. A noção de representação em Durkheim. Lua Nova, n. 61, p. 139-155, 2004.

POSTONE, Moishe. Tempo, trabalho e dominação social: uma reinterpretação da teoria crítica de Marx. São Paulo: Boitempo, 2014.

RADCLIFFE-BROWN, Alfred Reginald. Estrutura e função na sociedade primitiva. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2013.

RANCIÈRE, Jacques. O conceito de crítica e a crítica da economia política dos Manuscritos de 1844 a O capital. In: ALTHUSSER, Louis; BALIBAR, Étienne; RANCIÈRE, Jacques. Ler o capital, v. 1, p. 75-172. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

RAWLS, Anne Warfield. Epistemology and practice: Durkheim’s The elementary forms of religous life. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2005.

______. Durkheim’s treatment of practice: croncrete practice vs representations as the foundation of reason. Journal of Classical Sociology, v. 1, n. 1, 2001.

RECKWITZ, Andreas. Toward a theory of social practices: a development in culturalist theorizing. European Journal of Social Theory, p. 243-263, 2002.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Escritos sobre a política e as artes. São Paulo: Ubu, 2020.

SIMMEL, Georg. Questões fundamentais de sociologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.

SMITH, Philip. Durkheim and after: the Durkheimian tradition 1893-2020. Cambridge, UK: Polity Press, 2020.

TAVOLARO, Sergio. Variações no interior de um discurso hegemônico? Sobre a tensão “ação-estrutura” na sociologia contemporânea. Teoria & Pesquisa, v. 16, n. 1, 2007.

TIBLE, Jean. Marx e os outros. Lua nova, n. 91, p. 199-228, 2014.

VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Filosofia da práxis. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.

WEISS, Raquel. Between the spirit and the letter: Durkheimian theory in the cultural sociology of Jeffrey Alexander. Sociologia e Antropologia, vol. 9, 2019.

______. Efervescência, dinamogenia e a ontogênese social do sagrado. Mana, v. 19, n. 1, 2013.

ŽIŽEK, Slavoj. Como Marx inventou o sintoma? In: ______ (org.). Um mapa da ideologia, p. 297-331. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

Published

2023-12-18

How to Cite

Trindade, L., & Freitas, C. (2023). The contemporaneity of the classics: praxeological turns in Marx and Durkheim. Sociedade E Estado, 38(02), e47329. https://doi.org/10.1590/s0102-6992-e47329

Issue

Section

Artigos