O mercado de trabalho no futebol brasileiro: crescimento e desigualdades salariais e regionais
DOI:
https://doi.org/10.1590/s0102-6992-20254003e57138Palavras-chave:
Lei Pelé, Sociologia do Esporte, Condições de Trabalho, Esporte, desigualdade salarialResumo
Este artigo tem como objetivo caracterizar e analisar o mercado de trabalho no futebol brasileiro, considerando as mudanças na regulamentação da profissão ao longo das últimas cinco décadas. Para isso, usamos dados de fontes primárias e secundárias, cotejando e tratando criticamente informações de relatórios da CBF, trabalhos acadêmicos e da imprensa esportiva. Os resultados indicam que, apesar das mudanças na profissão instituídas pela Lei do Passe e pela Lei Pelé, o perfil de distribuição de renda na categoria mantém-se estável, concentrada em uma parcela pequena de jogadores, de clubes dos grandes centros econômicos. Essa desigualdade é legitimada pela crença em um sistema meritocrático, resultando em mudanças legais que mantém o poder e privilégio econômico dos grandes clubes. Este estudo contribui para a compreensão das condições de trabalho dos jogadores de futebol no Brasil e os impactos das mudanças regulatórias nesse mercado.
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