A GLOBALIZAÇÃO DOS FASTFOODS E ECONOMIA DO TEMPO

Autores

  • Luis Martins da Silva Universidade de Brasília (UnB)

Palavras-chave:

.

Resumo

A sociedade de consumo, baseada na divisa
burguesa tempo é dinheiro, transformou o tempo
cotidiano em valor de troca e tem procurado inculcar,
sobretudo via publicidade, a idéia de que é possível
'economizar tempo', através da aquisição de objetos
técnicos ou adotando modalidades de serviço tais como as
cadeias alimentares do tipo fast food, que se espalharam
pelo mundo inteiro, desde que a maior delas, o
McDonald's, surgiu nos Estados Unidos, em 1955. Hoje,
com mais de 13 mil restaurantes em 66 países e a caminho
da venda do 100.000.000.000° sanduíche, esta rede é o
maior exemplo de sucesso no gênero. Globais também são
as consequências em termos de dietas pouco saudáveis e
transformação de florestas em pastos. Além disso, a
suposta 'economia do tempo' é ilusória, como considera
Baudrillard, já que não existe um 'tempo natural'
disponível como qualquer mercadoria, da mesma forma
como o desejo nunca se deixa atender, em definitivo.

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Biografia do Autor

Luis Martins da Silva, Universidade de Brasília (UnB)

Professor do Departamento de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da UnB e aluno do Doutorado cm Sociologia da UnB com a pesquisa intitulada Estado, Publicidade e Sociedade. No momento, 6 bolsista do CNPq na Universidade Nova de Lisboa.

Referências

Baudrillard, Jean. A Sociedade de Consumo, Ed. 70, Lisboa, 1981.

Marx, Karl. O Capital. Ed. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1968.

Rodrigues, Adriano Duarte. Estratégias da comunicação. Editorial Presença, Lisboa, 1990.

SENNETT, Richard. O Declínio do Homem Público. Companhia das Letras, 1990.

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Publicado

12-08-2022

Como Citar

Silva, L. M. da . (2022). A GLOBALIZAÇÃO DOS FASTFOODS E ECONOMIA DO TEMPO. Sociedade E Estado, 9(01 e 02), 55–68. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/43830