A TERAPIA WEBERIANA DA MODERNIDADE

Resumo

Este artigo defende a tese de que Weber desenvolveu, em sua obra, uma
“terapia” da modernidade, no sentido de postular uma alternativa à perda de
sentido da conduta individual na “jaula de ferro". Utilizando-se weberianamente
de tipos ideais, o autor concentra sua argumentação em torno de duas novas
personagens: o “especialista-com-espírito” e o “homem-do-prazer-com-coração",
encarregados da salvação das rotinas inautênticas. Unidas no seu objetivo,
essas figuras divergem quanto aos meios para alcançá-lo, agindo, respectivamente,
nas esferas estética e erótica, e são exemplificadas pelo artista e o
amante.