O esboço de uma teoria pragmatista da reflexividade: analisando os percursos do conceito pela teoria social
DOI:
https://doi.org/10.1590/s0102-6992-202136020003Palavras-chave:
reflexividade; sociologia pragmática; conversa interior; reflexividade epistemológica; tecnologia gráfica.Resumo
Propomos, neste artigo, a compreensão da reflexividade a partir dos efeitos de gradações de indeterminação nas mais diversas situações e contextos em que as pessoas estão inseridas. Esboçamos um modelo sobre reflexividade por meio de uma análise de sensibilidade pragmatista pensando como o conceito tem sido mobilizado na teoria social. Exploramos a reflexividade epistemológica (Pierre Bourdieu); a tradição que associa reflexividade e formas pessoais de deliberação interna (Margaret Archer); abordagens associando a reflexividade com dispositivos permitindo uma apreensão objetiva do mundo (Bernard Lahire); e perspectivas em que a ação reflexiva está ligada à indeterminação (John Dewey; Luc Boltanski e Laurent Thévenot). É a partir da combinação entre rotina, experiências de desestabilização, catástrofe e os diversos níveis intensivos de reflexividade que buscamos abrir a teoria social para novas agendas de pesquisa sobre a ação reflexiva.
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