A CONJUNTURA ISOMÓRFICA DAS REFORMAS ADMINISTRATIVAS NOS ESTADOS BRASILEIROS
Mots-clés :
Gerencialismo público. Reformas administrativas estaduais. Isomorfismo.Résumé
O artigo analisa o processo de mudança institucional observado nas burocracias públicas estaduais, levado por um movimento de modernização gerencialista da estrutura administrativa dos estados brasileiros iniciado na segunda metade da década de 1990 e que se estendeu durante toda a primeira década do século XXI. Nesse período, o Brasil passou por mudanças importantes no modo de concepção da gestão pública, que surge como efeito de uma conjuntura política e econômica, em que inúmeros governos de outros países também experimentaram mudanças similares. A análise para tanto ancorou-se no conceito de isomorfismo, visando identificar os elementos que caracterizaram a conjuntura em que se deu a difusão do gerencialismo público com as reformas administrativas nos estados brasileiros.
Téléchargements
Références
BOTELHO, A. J. J. Globalização, regulação e neonacionalismo: uma análise das agências reguladoras. Rev. sociol. polit. [on-line]. n. 18, p. 11-31. 2002. ISSN 0104-4478.
BRANDÃO, W. de A. Formação social. In: SANTANA, R. N. Monteiro de. Piauí: Formação, desenvolvimento, perspectivas. Piauí: Teresina. Halley. 1995. 462 p.
BRESSER-PEREIRA, L. C. A reforma do estado dos anos 90: lógica e mecanismos de controle. Lua Nova [on-line]. n. 45, p. 49-95. 1998. ISSN 0102-6445.
BRESSER-PEREIRA, L. C. Reforma do estado para a cidadania: a reforma gerencial brasileira na perspectiva internacional. São Paulo: 34, 1998a.
BORGES, A. Ética burocrática, mercado e ideologia administrativa: contradições da resposta conservadora à “crise de caráter do estado”. Dados, Rio de Janeiro, v. 43, p. 119-152. 2000.
CARTAXO, F.; MARINI, C. Gestão da despesa pública e da accountability financeira. In: Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração. (Org.). Avanços e perspectivas da gestão pública nos estados II. 2010. p. 9-26.
CARVALHO, W. A reforma administrativa da Nova Zelândia nos anos 80-90: controle estratégico, eficiência gerencial e accountability. Revista do serviço público, ano 48, n. 3, set-dez. 1997.
CRUBELLATE, J. M. Três contribuições conceituais neofuncionalistas à teoria institucional em organizações. RAC ”“ Revista de Administração Contemporânea, v. 11, p. 199-222. 2007.
DIMAGGIO, P.; POWELL, W. 1983. The iron cage revisited: institutional isomorphism and collective rationality in organizational fields. American sociological review 48: 147”“60.
FIGUEIREDO, A. C. Prefácio. In: SANTOS, Fabiano (Org.) O poder legislativo nos estados: diversidade e convergência. Rio de Janeiro: FGV, 2001. p. 9-12.
OSBORNE, D.; GAEBLER, T. D. Reinventando o governo. Brasília: Editora MH Comunicação, 8. ed. 1992.
HAWLEY, A. Human ecology. In: D. L. Sills (ed.). International encyclopedia of the social sciences. New York: Macmillan, p.328-37.
HEELAS, P. Reforming the self: enterprise and the characters of thatcherism. In: KEAT, R.; ABERCROMBIE, N. (Eds). Enterprise culture. Routledge: London, 1991.
HOOD, C. The new public management in the 1980s: variation on a theme. Accounting organizations and society, v. 20, n. 3, p. 3-19. 1995.
LIMA, P. D. B. A excelência em gestão pública: a trajetória e a estratégia do Gespública. Gespública, Rio de Janeiro, Quality Mark, 2007.
MACHADO-DA-SILVA, C. L.; FONSECA, V. S. da; J. M. CRUBELLATE. Estrutura, agência e interpretação: elementos para uma abordagem recursiva do processo de institucionalização.
RAC ”“ Revista de Administração Contemporânea, p. 09-39. 2005. Edição Especial
MARCONI, N.; LEVY, E. A gestão das burocracias estaduais. In: Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração. (Org.). Avanços e perspectivas da gestão pública nos estados II: 2010. p. 27-48.
MARE (Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado). Plano diretor da reforma do aparelho do estado. Brasília: Imprensa Nacional, 1995.
MEYER, J.; ROWAN, B. Institutionalized organizations: formal structure as myth and ceremony. American Journal of Sociology. v. 83. n. 2. p. 340-363. 1977.
NUNES, E. de O. A gramática política do Brasil: clientelismo e insulamento burocrático. Brasília: Escola Nacional de Administração Pública, 1997.
PAULA, A. P. P. de. Administração pública brasileira entre o gerencialismo e a gestão social. Revista de Administração de Empresas, São Paulo: Fundação Getúlio Vargas. v. 45. nº 1. jan./ mar. 2005.
______. Por uma nova gestão pública: limites e possibilidades da experiência contemporânea. Rio de Janeiro: FGV, 2005a.
PERROW, C. Complex organizations. New York: Random House, 1986.
PNAFE. Revista PNAFE é Realidade. Brasília: Ministério da Fazenda. 2006. Edição Única. Disponível em: <http://www.fazenda.gov.br/ucp>. Acesso em: 15 jun. 2007.
POLLITT, C.; BOUCKAERT, G. Avaliando reformas da gestão pública: uma perspectiva internacional. Revista do Serviço Público, ano 53. n. 3. jul-set. 2002.
REZENDE, F. C. Por que falham as reformas administrativas? Rio de Janeiro: FGV. 2004.
SANO, H. Articulação horizontal no federalismo brasileiro: os conselhos de secretários estaduais. Tese de Doutorado, São Paulo: EAESP/FGV, 2008.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés RP3 - Revista de Pesquisa em Políticas Públicas 2013
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Os autores de trabalhos submetidos à revista autorizam sua publicação em meio eletrônico, unicamente para fins acadêmicos, podendo ser reproduzidos desde que citada a fonte. Os mesmos atestam sua originalidade e sua autoria