Performance financeira no setor de saúde suplementar

uma análise da variância da rentabilidade das operadoras de saúde no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/gs.v12i01.32463

Palavras-chave:

Decomposição da variância; Retorno sobre o ativo; Operadoras brasileiras de planos de saúde.

Resumo

O mercado de saúde suplementar no Brasil é regulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. Dentre suas atribuições, cabe à Agência promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde e contribuir o desenvolvimento das ações de saúde no País. Para cumprir suas atribuições, o regulador deve manter base de informações continuamente atualizada. Ainda que não regule diretamente os preços no mercado, a Agência deve acompanhar o desempenho financeiro de operadoras de planos de saúde - OPS. Este estudo traz uma análise da rentabilidade de 14 OPS no Brasil, no período de 2007-2016, por meio da técnica de decomposição da variância do retorno sobre ativo. A modelagem baseia-se no estudo pioneiro de Schmalensee(1). Foram testados quatro efeitos: abrangência, bandeira, corporativo e ano. A inovação mais importante do estudo consiste em introduzir o efeito abrangência como proxy para ganhos de escala e/ou de escopo na atividade. Constatou-se que o efeito abrangência é consideravelmente mais importante para a rentabilidade das operadoras, seguido do efeito bandeira; o efeito ano foi significativo, mas relativamente inexpressivo; por fim, o efeito corporativo foi estatisticamente insignificante.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Schmalensee R. Do markets differ much? American Economic Review. 1985; 11 p. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/1814804?seq=1

BRASIL, Lei n. 9.656, de 3 de Junho de 1998. Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9656.htm.

Andrade MV, Lisboa M. Microeconomia e Sociedade no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Contracapa. 2001; 470 p.

Albuquerque C, Piovesan MF, Martins CM, Fonseca AL, Sasson D, Simões KA. A situação atual do mercado da saúde suplementar no Brasil e apontamentos para o futuro. Rio de Janeiro: Ciência & Saúde Coletiva. 2008; 10 p. Disponível em: https:/www.scielo.br/scielo.php?script =sci_arttext&pid=S1413-81232008000500008

Ocké-Reis CO, Cardoso SS. A regulamentação dos preços dos planos individuais de saúde. São Paulo: Revista de Economia Política. 2011; 15 p. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rep/v31n3/08.pdf

Lütkepohl H. Variance Decomposition. In: Durlauf S.N, Blume LE (eds) Macroeconometrics and Time Series Analysis. The New Palgrave Economics Collection. Palgrave Macmillan, London. Disponível em: https://doi.org/10.1057/9780230280830_38

Chang SJ. Variance Decomposition. In: Augier M., Teece D. (eds) The Palgrave Encyclopedia of Strategic Management. Palgrave Macmillan, London. 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1057/978-1-349-94848-2_700-1

Church J, Ware R. Industrial organization: a strategic approach. McGraw-Hill, 2000.

Bandeira-de-Mello R, Marcon, R. Unpacking firm effects: modeling political alliances in variance decomposition of firm performance in turbulent environments. Revista de Administração Contemporânea. 2005. 24 p. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1415-65552005000500003.

Kang, W; Ratti, RA. Oil shocks, policy uncertainty and stock returns in China. Economics of Transition, 2015, 20 p. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/ doi/pdf/10.1111/ecot.12062.

Rumelt RP. How much does industry matter? Strategic Management Journal. 1991; 19 p. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/2486591?seq=1

McGahan AM, Porter ME. How much does industry matter, really? Strategic Management Journal. 1997; 16 p. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/3088208?seq=1

Lieu PT, Chib CW. How much does industry matter in Taiwan? International Journal of Business. 2006; 16 p. Disponível em: https://www.questia.com/library/journal/1G1-168399551/how-much-does-industry-matter-in-taiwan

Brito LAL, Vasconcelos FC. Firm Performance in an extremely environment: year, industry and firm effects. In: Encontro Anual da ANPAD, 27., 2003, Atibaia. Anais...Atibaia: ANPAD, 2003b. CD-ROM.

Alcade A, Fávelo, LPL, Takamatsu, RT. EBITDA margin in brazilian companies Variance decomposition and hierarchical effects. Contaduría y Administración. 2013. 23 p. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S01 86-1042(12)71215-4

Agência Nacional de Saúde Suplementar. Mapa assistencial da saúde suplementar. Rio de Janeiro: Agência Nacional de Saúde Suplementar. 2017; 300 p. Disponível em: http://www.ans.gov.br/images/Mapa_Assistencial_2017.pdf

Galbraith JK. American capitalism: the concept of countervailing power. Boston: Houghton Mifflin Company. 1952; 14 p. Disponível em: https://tidsskrift.dk/nationaloekonomisktidsskrift/ article/download/60631/84560?inline=1

Agência Nacional de Saúde Suplementar. Anuário: Aspectos Econômico-Financeiros das Operadoras de Planos de Saúde. Disponível em: https://app.powerbi.com/view?r= eyJrIjoiNTRkM2NjYmMtM2VlMy00ZGRmLWJkNjUtY2M5ZWViMzIxNmM3IiwidCI6IjlkYmE0ODBjLTRmYTctNDJmNC1iYmEzLTBmYjEzNzVmYmU1ZiJ9

Agência Nacional de Saúde Suplementar. Atlas Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar. Disponível em: https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiOTY2ZWY4ZmEtMGMz NS00NGYxLWI4ZTctMWYxZTYxMDZmODBmIiwidCI6IjlkYmE0ODBjLTRmYTctNDJmNC1iYmEzLTBmYjEzNzVmYmU1ZiJ9.

Downloads

Publicado

29-04-2021

Como Citar

1.
Luiz da Silva G, Rocha CH, Britto PAP de. Performance financeira no setor de saúde suplementar: uma análise da variância da rentabilidade das operadoras de saúde no Brasil. Rev. G&S [Internet]. 29º de abril de 2021 [citado 26º de novembro de 2024];12(01):53-67. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/rgs/article/view/32463

Edição

Seção

Artigos Originais