O coordenador da Atenção Primária e seu novo papel na Estratégia Saúde da Família
DOI:
https://doi.org/10.26512/gs.v13i03.46397Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Estratégia Saúde da Família, Gestão em Saúde, Gestor de SaúdeResumo
Desde o início da Estratégia Saúde da Família (ESF) no Distrito Federal (DF), algumas mudanças no processo de trabalho têm sido gradualmente incorporadas; porém, o que se pode observar é que alguns coordenadores tendem a isolar-se, acomodando-se em suas funções e demonstrando resistência para atuarem em diferentes programas. Os coordenadores devem considerar que as ações em saúde dentro do novo modelo são realizadas de acordo com os dados epidemiológicos de cada região adscrita, sendo importante expandir seus olhares para além do seu programa. Foi realizada uma pesquisa qualitativa com aplicação de entrevista semiestruturada. Os achados encontrados foram que alguns coordenadores acreditam que a ESF foi implantada de forma ineficiente, com falta de recursos e planejamento, resultando em descrédito dos profissionais de saúde e da população. Outros coordenadores entrevistados apontaram como principais dificuldades a fragmentação do atendimento, falta de apoio de gestores locais para a mudança de modelo, escassez de recursos humanos, demanda incompatível com a capacidade instalada e dificuldade de comunicação entre ESF e Centro de Saúde. Pode-se concluir que os coordenadores compreendem o funcionamento da ESF e têm buscado estreitar os laços com as equipes e trabalhar de forma integrada.
Downloads
Referências
Schimith MD; Brêtas ACP; Simon BS; BRUM DJT; Alberti GF; Bidó MLD; et al. Precarização e fragmentação do trabalho na Estratégia Saúde da Família: impactos em Santa Maria (RS). Trabalho, Educação e Saúde, v. 15, n. 1, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00038. Acesso em: 09 dez 2022.
Marsiglia RMG; Sala ADA; Luppi CG; Valéria J; Spinelli SP, Carreira MO, et al. Integralidade e Atenção Primária em Saúde: avaliação da organização do processo de trabalho em unidades de saúde da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. 2006. Disponível em: http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=607189&indexSearch=ID. Acesso em: 09 dez 2022.
Aquino DI; Taveira Conceição CRFR; Pereira CRC. A família contemporânea e a Estratégia de Saúde da Família: uma revisão integrativa. Revista Eletrônica Estácio Saúde, v. 6, n. 1, 2017. Disponível em: http://revistaadmmade.estacio.br/index.php/saudesantacatarina/article/viewFile/3661/1576. Acesso em: 09 dez 2022.
Malta DC; Santos MAS, Stopa SR; Vieira JEB, Melo EA, Reis AAC. A cobertura da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n. 2, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232015212.23602015. Acesso em: 09 dez 2022.
Heimann LS; Mendonça MH. A trajetória da Atenção Básica em Saúde e do Programa Saúde da Família no SUS: uma busca de identidade. Saúde e democracia: história e perspectivas do SUS. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005.
Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde. Brasília; 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_atencao_saude_adolescentes_jovens_promocao_saude.pdf. Acesso em: 09 dez 2022.
Souza KR; Kerbauy MTM. Abordagem quanti-qualitativa: superação da dicotomia quantitativa-qualitativa na pesquisa em educação. Educação e Filosofia, v. 31, n. 61, 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v31n61a2017-p21a44. Acesso em: 11 dez 2022.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14 ed. São Paulo: Hucitec; 2014.
Caregnato RCA; Mutti R. Pesquisa qualitativa: análise de discurso versus análise de conteúdo. Texto Contexto Enfermagem, v. 15, n. 4, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/tce/v15n4/v15n4a17.pdf. Acesso em: 09 dez 2022.
Starfirdl B. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. 2002. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_primaria_p1.pdf. Acesso em: 11 dez 2022.
Santos RABG; Uchôa-Figueiredo LR; Lima LC. Apoio matricial e ações na Atenção Primária: experiência de profissionais de ESF e Nasf. Saúde em Debate, v. 41, n. 114, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-1104201711402. Acesso em: 09 dez 2022.
Neves RG; Flores TR; Duro SMS; Nunes BP. Tendência temporal da cobertura da Estratégia Saúde da Família no Brasil, regiões e Unidades da Federação, 2006-2016. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 27, n. 3, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.5123/S1679-49742018000300008. Acesso em: 09 dez 2022.
Vasconcelos KEL; Shmaller VPV. Estratégia Saúde da Família: foco da disputa entre projetos sanitários no Brasil. Sociedade em Debate, v. 17, n. 1, 2011. Disponível em: http://revistas.ucpel.edu.br/index.php/rsd/article/view/686. Acesso em: 11 dez 2022.
Brasil. Ministério da Saúde. HumanizaSUS: documento base para gestores e trabalhadores do SUS. Brasília;2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_documento_gestores_trabalhadores_sus.pdf. Acesso em: 09 dez 2022.
Ribeiro FA. Atenção Primária e Sistema de Saúde no Brasil: uma perspectiva histórica [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2007.
Simoni C. O processo de parametrização do CSS01- Sobradinho-DF. Disponível em: http://atencaobasica.org.br/relato/1948#sthash.tKMeKOyi.dpuf. Acesso em: 11 dez 2022.
Sena LA; Cavalcanti RP; Pereira IL; Leite SRR. Intersetorialidade e ESF: limites e possibilidades no território de uma Unidade Integrada de Saúde da Família. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. 16, n. 3, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rbcs/article/view/12803. Acesso em: 11 dez 2022.
Castro RCL; Knauth DR; Harzheim E; Hauser L; Duncan BB. Avaliação da qualidade da Atenção Primária pelos profissionais de saúde: comparação entre diferentes tipos de serviços. Cadernos de Saúde Pública, v. 28, n. 9, 2012. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2012000900015. Acesso em: 09 dez 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Gestão & Saúde
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na Revista Gestão & Saúde editada pela Universidade de Brasília, o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais coautores a qualquer outro meio de divulgação científica.
Através deste instrumento, em meu nome e em nome dos demais coautores, porventura existentes, cedo os direitos autorais do referido artigo à Revista Gestão & Saúde e declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº9609, de 19/02/98).