GASTOS E INFRAESTRUTURA BÁSICA DE SAÚDE EM MUNICÍPIOS DO CENTRO-OESTE DO BRASIL

UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

Autores

  • Helder Kiyoshi Kashiwakura Universidade de Brasília- UnB
  • Andrea de Oliveira Gonçalves Universidade de Brasília - UnB

DOI:

https://doi.org/10.26512/gs.v10i2.24824

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde., Gastos em Saúde., Infraestrutura Sanitária., Política de Saúde.

Resumo

Trata-se de estudo exploratório, que trata de tipologia de infraestrutura e gastos na atenção básica (AB) nos municípios da região Centro-Oeste do Brasil. Para obtenção dos resultados foi realizada análise de correspondência e regressão linear múltipla entre tipologia e gastos com saúde. Para a tipologia utilizou-se dados do Programa Nacional para Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Os resultados evidenciam que municípios que alocam mais recursos per capita possuem de maneira geral melhor infraestrutura. Os gastos totais evidenciam relação positiva, que pode ser explicada pelo ganho de escala na AB, devido à predominância dos gastos em saúde nos municípios neste tipo de atenção. Porém, foi evidenciada influência negativa da despesa federal com AB na tipologia, reforçando a hipótese de que quanto maior o grau de dependência de recursos transferidos por outras esferas para financiamento das políticas municipais, menor a eficiência econômica na provisão de serviços de AB. Despesas com pessoal evidenciam relação positiva com infraestrutura. Uma possível causa pode ser o número de médicos e profissionais na AB, que além de melhores resultados na saúde, está associado com menores custos totais dos serviços, como consequência de melhores cuidados preventivos e menores taxas de hospitalização.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Helder Kiyoshi Kashiwakura, Universidade de Brasília- UnB

Doutor em Ciências Contábeis pela Universidade de Brasília- UnB; Professor Adjunto do Departamento de Ciências Contábeis da UnB

Andrea de Oliveira Gonçalves, Universidade de Brasília - UnB

Doutora em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo ”“ USP; Professora Adjunta do Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis da UnB

Referências

Varela PS, Farina MC. Relação entre gastos com saúde, índice de esforços da atenção básica em saúde e tipologia da estrutura do sistema de saúde dos municípios do estado de São Paulo. RAM. Revista de Administração Mackenzie. 2007; 8(3).

Cordeiro H. Descentralização, universalidade e equidade nas reformas da saúde. Ciência & Saúde Coletiva. 2001; 6(2).

Guerra M. Modelo de alocação de recursos do sistema único de saúde para organizações hospitalares: serviços de alta complexidade. [Tese]. Brasília: Universidade de Brasília- UnB; 2013.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde: saúde da família. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde; 2008.

Burkhead, J. Orçamento público. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1971.

Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: Unesco, Ministério da Saúde; 2002.

Giovanella L, Bousquat A, Fausto MC, Fusaro E, Mendonca M, Gagno J. Tipologia das unidades básicas de saúde brasileiras. Novos Caminhos. 2015 (5).

Starfield B, Shi L, Macinko J. Contribution of primary care to health systems and health. The milbank quarterly. 2005; Sep 1; 83(3):457-502.

Lima JG. Atributos da atenção primária nas regiões de saúde: uma análise dos dados do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica [Dissertação]. Rio de Janeiro: ENSP; 2016.

Almeida C, Macinko J. Validação de uma metodologia de avaliação rápida das características organizacionais e do desempenho dos serviços de atenção básica do Sistema de Saúde (SUS) em nível local. Brasília: Organização Pan-americana da Saúde/OPAS; 2006.

Atun R. World Health Organization. What are the advantages and disadvantages of restructuring a health care system to be more focused on primary care services? In What are the advantages and disadvantages of restructuring a health care system to be more focused on primary care services? 2004.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Perfil dos estados e dos municípios brasileiros: 2014. Rio de Janeiro: IBGE; 2015.

Brasil. Manual Técnico de Orçamento. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Orçamento Federal. Manual técnico de orçamento MTO. Edição 2016.

Carvalho DI. Análise da execução orçamentária do Distrito Federal entre 2000 e 2015, sob a perspectiva da Teoria do Equilíbrio Pontuado. 2017. x, 86 f., il. Dissertação (Mestrado em Administração) ”” Universidade de Brasília, Brasília, 2017.

Gujarati DN, Porter DC. Econometria Básica. AMGH Editora, 2011.

Greenacre M. Correspondence analysis in practice. CRC Press; 2007.

Varela PS, Martins GD, Fávero LP. Ineficiência do gasto público e ilusão fiscal: uma avaliação do flypaper effect na atenção básica à saúde. In IV Congresso ANPCONT, Anais... Natal 2010.

Moura BLA, Cunha RCD, Fonseca ACF, Pereira RAG, Medina MG, Vilasbôas ALQ, et al. Atenção primária à saúde: estrutura das unidades como componente da atenção à saúde. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. [Internet]. 2010 Nov [cited 2019 May 24]; 10(Suppl 1): s69-s81. Available from: http://www.scielo.br.

Downloads

Publicado

27-05-2019

Como Citar

1.
Kashiwakura HK, Gonçalves A de O. GASTOS E INFRAESTRUTURA BÁSICA DE SAÚDE EM MUNICÍPIOS DO CENTRO-OESTE DO BRASIL: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO. Rev. G&S [Internet]. 27º de maio de 2019 [citado 18º de novembro de 2024];10(2):218-35. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/rgs/article/view/24824

Edição

Seção

Artigos Originais