Impacto do Capital Psicológico no Desempenho Bruto dos Vendedores de Televendas em uma Empresa Atacadista Distribuidor

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/0102.3772e39511.en

Palavras-chave:

Capital psicológico, Desempenho bruto, Vendedores

Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar se capital psicológico pode influenciar o desempenho bruto de vendedores de televendas pertencentes a um atacadista distribuidor. A amostra final constituiu-se de 237 vendedores, sendo a maioria do sexo feminino (82,7%), com idade média de 30 anos (DP = 7,63), com tempo médio de trabalho na organização igual a 42,5 meses (DP = 47,5 meses) e o tempo médio na função de 46,7 meses (DP = 45,5 meses). O grau de escolaridade predominante é o segundo grau completo (40,5%). O instrumento utilizado foi o Inventário de Capital Psicológico no Trabalho (ICPT-25), composto por quatro fatores e com Alpha de Cronbach superior a 0,70 para cada um. A confiabilidade das escalas para a amostra do estudo também mostrou coeficientes superiores a 0,70. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e o teste do modelo através da Modelagem por Equação Estrutural (MEE). Os resultados indicaram que as correlações entre capital psicológico e desempenho bruto foram baixas e as maiores correlações foram entre otimismo e esperança e autoeficácia com esperança. A MEE mostrou que o modelo proposto não foi confirmado revelando que capital psicológico não é um preditor significativo de desempenho dos vendedores que compuseram esta amostra. Recomenda-se que, em futuras pesquisas, desempenho bruto seja investigado com variáveis independentes de caráter situacionais, como liderança, por exemplo. O estudo apresentou contribuições para o meio acadêmico ao investigar desempenho bruto como variável dependente, o que é inovador dentro da POT. Para os gestores, o trabalho discute os fatores que podem determinar o desempenho visando o cumprimento de metas nas organizações.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Antunes, A. C., Caetano, A., & Cunha, M. P. (2013). O papel do capital psicológico na criação de valor para as organizações [The role of psychological capital in creating value for organizations]. Revista de Gestão dos Países de Língua Portuguesa, 12(3), 2-10.

Bandura, A. (1997). Self-efficacy: The exercise of control Worth Publishers.

Bendassoli, P. F., & Malvezzi, S. (2013). Desempenho no trabalho: Definições, modelos teóricos e desafios à gestão [Work performance: Definitions, theoretical models and management challenges]. In L. de O. Borges, & L. Mourão (Orgs.), O trabalho e as Organizações: Atuações a partir da Psicologia (pp. 53-80). Artmed.

Borman, W., & Motowidlo, S. (1993). Expanding the criterion domain to include elements of contextual performance. In N. Schmitt, & W. Borman (Orgs.), Personnel selection in organization (pp. 71-98). Jossey-Bass.

Campbell, J. R. (1990). Modeling the performance prediction problem in industrial and organizational psychology. In M. D. Dunnette, & L. M. Hough (Orgs.), Handbook of Industrial Psychology (pp. 687-732). Consulting Psychologist Press.

Campbell, J. R., McClay, R. A., Oppler, S. H., & Soger, C. E. (1993). A theory of performance. In E. Schmitt, W. C. Borman, & Associates (Orgs.), Personnel selection in organizations (pp. 35-70). Jossey-Bass.

Churchill, G., A., Ford, N. M., Steven, W. K., & Walker Jr., O. C. (1985). The determinants of salesperson performance: A meta-analysis. Journal of Marketing Research, 22(2), 103-118. https://doi.org/10.1177/002224378502200201

Donassolo, P. H. (2011). Fatores influenciadores do desempenho em vendas: um estudo sobre o vendedor atacadista [Influencing factors of sales performance: A study on the wholesale seller] [Dissertação de Mestrado não publicada]. Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

Donassolo, P. H., & Matos, C. H. (2012). Fatores influenciadores do desempenho em vendas: Um estudo sobre o vendedor atacadista [Influencing factors of sales performance: A study on the wholesale seller] V Encontro de Marketing da ANPAD, Curitiba.

Fogaça, N., Rego, M. C. B., Armond, L. P., & Mendonça, J. M. B. (2016). Job performance: Scenario of scientific production between 2011 to 2015 XXI Conference of International Academy of Business and Management (IAMB), Montreal.

Fogaça, N., Rego, M. C. B., Melo, M. C. C., Armond, L. P., & Coelho Jr., F. A. (2018). Job performance analysis: Scientific studies in the main journals of management and psychology from 2006 to 2015. Performance Improvement Quarterly, 30(4), 231-247. https://doi.org/10.1002/piq.21248

Frese, M., & Zapf, D. (1994). Action as the core of work psychology. In H. C. Triandis, M. D. Dunnette, & L. M. Hough (Orgs.), Handbook of industrial and organization psychology (pp. 271-340). Consulting Psychologist Press.

Gomide, S., Jr., Santos, A. L., & Oliveira, A. F. (2017). Optimism and hope in work organizations. In E. R. Neiva, C. V. Torres, & H. Mendonça (Orgs.), Organizational psychology and evidence-based management: What science says about practice (pp. 45-61). Springer International Publishing.

Hair, J. F., Anderson, R. E., Tatham, R. L., & Black, W. (2005). Análise multivariada de dados [Multivariate data analysis] Bookman.

Imran, M., & Shahnawaz, M. G. (2020). PsyCap and performance: Wellbeing at work as a mediator. Asia-Pacific Journal of Management Research and Innovation, 1-10. https://doi.org/10.1177/2319510X20915999

Kappagoda, S., Othman, H. Z., & Alwis, G. (2014). Psychological capital and job performance: The mediating role of work attitudes. Journal of Human Resource and Sustainability Studies, 2, 102-116. https://doi.org/10.4236/jhrss.2014.22009

Luthans, F. (2002a). The need for and meaning of positive organizational behavior. Journal of Organizational Behavior, 23, 695-706. https://doi.org/10.1002/job.165

Luthans, F. (2002b). Positive organizational behavior: Developing and managing psychological strengths. Academy of Management Executive, 16(1), 57-72. https://doi.org/10.5465/ame.2002.6640181

Luthans, F., Avey, J. B., Avolio, B. J., & Peterson, S. J. (2010). The development and resulting performance impact of positive psychological capital. Human Resource Development Quarterly, 21(1), 41-67. https://doi.org/10.1002/hrdq.20034

Luthans, F., Avey, J. B., & Patera, J. L. (2008). Experimental analysis of a web-based training intervention to develop positive psychological capital. Academy of Management Learning & Education, 7(2), 209-221.

Luthans, F., Norman, S. M., Avolio, B. J., & Avey, J. B. (2008). The mediating role of psychological capital in the supportive organizational climate-employee performance relationship. Journal of Organizational Behavior, 29(2), 219-238. https://doi.org/10.1002/job.507

Luthans, F., & Youssef, C. M. (2004). Human, social, and now positive psychological capital management: Investing in people for competitive advantage. Organizational Dynamics, 33(2), 143-160. https://doi.org/10.1016/j.orgdyn.2004.01.003

Luthans, F., & Youssef, C. M. (2007). Emerging positive organizational behavior. Journal of Management, 33(3), 321-349. https://doi.org/10.1177/0149206307300814

Luthans, F., Youssef, C. M., & Avolio, B. J. (2007). Psychological capital: Developing the human competitive edge Oxford University Press.

Marôco, J. (2014). Análise de equações estruturais: Fundamentos teóricos, software & aplicações [Analysis of structural equations: Theoretical foundations, software & applications] ReportNumber.

Martins, M. C. F., Lima, L. G., Agapito, P. R., Souza, W. S., & Siqueira, M. M. M. (2011). Escala de capital psicológico: Adaptação brasileira da ECP-12 [Psychological capital scale: Brazilian adaptation of the ECP-12] Congresso Luso Brasileiro de Psicologia da Saúde e I Congresso Ibero-Americano de Psicologia da Saúde, São Bernardo do Campo.

Miles, J., & Schevlin, M. (2001). Applying regression & correlation: A guide for students e researchers Sage Publications.

Nafei, W. (2015). Meta-analysis of the impact of psychological capital on quality of work life and organizational citizenship behavior: A study on Sadat City University. International Journal of Business Administration, 6(2), 42-59. https://doi.org/10.5430/ijba.v6n2p42

Palma, P. J., Cunha, M. P., & Lopes, M. P. (2007). Comportamento organizacional positivo e empreendedorismo: Uma influência mutuamente vantajosa [Positive organizational behavior and entrepreneurship: A mutually advantageous influence]. Comportamento Organizacional e Gestão, 13(1), 93-114.

Pasquali, L. (2015). Delineamento de pesquisa em ciência: Fundamentos estatísticos da pesquisa científica [Research design in science: Statistical foundations of scientific research] (Vol. 2). Vetor.

Peterson, S. J., Luthans, F., Avolio, B. J., Walumbwa, F., & Zhang, Z. (2011). Psychological capital and employee performance: A latent growth modeling approach. Personnel Psychology, 64(2), 427-450. https://doi.org/10.1111/j.1744-6570.2011.01215.x

Pilati, R., & Laros, J. A. (2007). Modelos de equações estruturais em psicologia: Conceitos e Aplicações [Structural equation models in psychology: Concepts and Applications]. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 23(2), 205-216. https://doi.org/10.1590/S0102-37722007000200011

Pulakos, E. D., Arad, S., Donovan, M. A., & Plamondon, K. E. (2000). Adaptability in the workplace: Development of a taxonomy of adaptive performance. Journal of Applied Psychology, 85(4), 612-624. https://doi.org/10.1037/0021-9010.85.4.612

Pulakos, E. D., Schmitt, N., Dorsey, D. W., Arad, S., Borman, W. C., & Hedge, J. W. (2002). Predicting adaptative performance. Human Performance, 15(4), 299-323. https://doi.org/10.1207/S15327043HUP1504_01

Queiroga, F. (2009). Seleção de pessoas e desempenho no trabalho: Um estudo sobre validade preditiva dos testes de conhecimento [Personnel selection and work performance: A study about knowledge tests’ predictive validity] [Tese de Doutorado não publicada]. Universidade de Brasília.

Scheier, M. F., & Carver, C. S. (1985). Optimism, coping, and health: Assessment and implications of generalized outcome expectancies. Health Psychology, 4(3), 219-247.

Seligman, M. E. P., & Csikszentmihalyi, M. (2000). Positive psychology: An introduction. American Psychologist, 55(1), 5-14. https://doi.org/10.1007/978-94-017-9088-8_18

Siqueira, M. M. M., Martins, M. C. F., & Souza, W. S. (2014). Capital psicológico no trabalho [Psychological capital at work]. In M. M. M. Siqueira (Org.), Novas Medidas do comportamento organizacional: Ferramentas de diagnóstico e de gestão [New Measures of Organizational Behavior: Diagnostic and Management Tools] (pp. 65-78). Artmed.

Snyder, C. R., Irving, L., & Anderson, J. (1991). Hope and health: Measuring the will and the ways. In C. R. Snyder, & D. R. Forsyth (Orgs.), Handbook of social and clinical psychology (pp. 285-305). Pergamon.

Snyder, C. R., & Lopez, S. J. (2009). Psicologia positiva: uma abordagem científica e prática das qualidades humanas [Positive psychology: a scientific and practical approach to human qualities] Artmed.

Sonnentag, S., & Frese, M. (2002). Performance concepts and performance theory. In S. Sonnentag (Org.), Psychological management of individual performance John Wiley & Sons.

Tabachnick, B. G., & Fidell, L. S. (2019). Using multivariate statistics Pearson.

Tüzün, I. K., Cetin, F., & Basim, H. N. (2018). Improving job performance through identification and psychological capital. International Journal of Productivity and Performance Management, 67(1), 155-170. https://doi.org/10.1108/IJPPM-03-2016-0060

Vaz, C. M. F. R. (2013). O impacto do capital psicológico e da confiança organizacional sobre o desempenho no trabalho [The impact of psychological capital and organizational trust on work performance] [Dissertação de Mestrado não publicada]. Universidade Federal de Uberlândia.

Verbeke, W., Dietz, B., & Verwaal, E. (2010). Drivers of sales performance: A contemporary meta-analysis. Have salespeople become knowledge brokers? Journal of the Academy of Marketing Science, 39(3), 407-428. https://doi.org/10.1007/s11747-010-0211-8

Vilaça, I., Monico, L., & Castro, V. (2012). Da espiritualidade organizacional ao capital psicológico individual: Qual o papel da liderança autêntica? [From organizational spirituality to individual psychological capital: What is the role of authentic leadership?]. International Journal of Developmental and Educational Psychology, 4(1), 281-289. http://hdl.handle.net/10662/3708

Waldman, D. A., & Avolio, B. J. (1993). Aging and work performance in perspective: contextual and developmental considerations. In G. R. Ferris, & K. M. Rowland (Orgs.), Research in personnel and human resources management (pp. 133-162). JAI Press.

Zanelli, J. C., Borges-Andrade, J. E., & Bastos, A. V. B. (2014). Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil [Psychology, Organizations and Work in Brazil] Artmed.

Downloads

Publicado

2023-10-09

Como Citar

Correa Costa, S., Gomide Junior, S., Oliveira Silva, Áurea de F., & Oliveira, L. C. (2023). Impacto do Capital Psicológico no Desempenho Bruto dos Vendedores de Televendas em uma Empresa Atacadista Distribuidor. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 39. https://doi.org/10.1590/0102.3772e39511.en

Edição

Seção

Estudos Empíricos