Estágio Supervisionado em Psicologia Clínica com Orientação Psicanalítica: Uma Revisão de Literatura
DOI:
https://doi.org/10.1590/0102.3772e35433Palavras-chave:
Estágio clínico, Psicologia clínica, PsicanáliseResumo
Este estudo tem como objetivo: analisar o conteúdo da produção de literatura sobre a prática de estágio supervisionado em psicologia clínica, com orientação psicanalítica e refletir acerca de suas dificuldades e desafios. Trata-se de uma revisão de literatura sistemática de artigos publicados sobre o tema, nas bases de dados Scielo, BVS-Psi e Portal de Periódicos CAPES, através dos descritores ‘estágio, psicologia clínica, psicanálise e clínica-escola’. Após aplicação dos critérios de exclusão, foram selecionados 26 artigos, o que possibilitou verificar que essa experiência não é sem consequência para pacientes, estagiários e supervisores. Conclui-se que na formação do psicólogo clínico de orientação psicanalítica, trata-se de suportar e assentir com a posição ética, teórica e técnica da psicanálise na condução do trabalho clínico.
Downloads
Referências
Aires, S. (2013). Imagens do analista na universidade. Trivium, 5(1), 30-38. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S2176-489120130001000 05&script=sci_arttext.
Harary, A. (2005). Michael Balint. Recuperado de https://www.febrapsi.org/publicacoes/biografias/michael-balint/
Bastos, A. V. B., Gondim, S. M. G., & Borges-Andrade, J. E. (2010a). As Mudanças no exercício profissional da psicologia no Brasil: O que se alterou nas duas últimas décadas e o que vislumbramos a partir de agora? In A. V. B. Bastos, S. M. G. Gondim (Orgs.), O trabalho do psicólogo no Brasil: Um exame à luz das categorias da psicologia organizacional e do trabalho (pp. 419-444). Porto Alegre: Artmed.
Bastos, A. V. B., Gondim, S. M. G., Borges-Andrade, J. E. (2010b). O psicólogo brasileiro: Sua atuação e formação profissional. O que mudou nas últimas décadas? In O. H. Yamamoto, A. L. F. Costa (Orgs.), Escritos sobre a profissão de psicólogos no Brasil (pp. 257-271). Natal: EDUFRN.
Borgogno, F. (2011). Psychoanalysis as a "Journey": A clinical method for the transmission of psychoanalysis at. American Imago, 68 (1), 93-119. Recuperado de http://link.periodicos.capes.gov.br.ez10.periodicos.capes.gov.br/sfxlcl41?frbrVersion=5&ctx _vr =Z39.88-2004&ctx_enc=info:ofi/enc: UTF-8&ctx_tim=2015-10.
Capdevielle-Mougnibas, V., Castro, D., & Santiago-Delefosse, M. (2013). Représentations et fonctions de la supervision clinique chez les psychologues: Étude comparative chez des professionnels en exercice et chez les psychologues en formation. Psychologie Française, 58, 149-165. Recuperado de http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/ S0033298413000046.
Carter, J., Goodyear, R., Chicca, K., Arcinue, F., & Puri, N. (2009). Concept mapping of the events supervisees find helpful in group supervision. Training and Education in Professional Psychology, 3(1), 1-9. Recuperado de http://psycnet.apa.org/index.cfm?fa=buy. optionToBuy&id=2009-01388-00.
Cartwright, C., Rhodes, P., King, R., & Shires, A. (2014). Experiences of countertransference: reports of clinical psychology students. Australian Psychologist, 49, 232-240. Recuperado de http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ap.12062/ abstract.
Castro, A. A. (2001). Revisão sistemática e meta-análise. Recuperado de http://www.metodologia.org.
Cifali, M. (2000). Démarche clinique, formation et écriture [Material pedagógico apresentado no Seminário Écritures, no curso Ciências da Educação]. Université de Nantes, França.
Coelho, M. T. A. D. (2013). Psicanálise e universidade. Trivium , 5(1), 21-29. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/trivium/v5n1/v5n1a04.pdf.
Conselho Federal de Psicologia. (2001). Quem é o psicólogo brasileiro? Brasília: Author. Recuperado de http://www.pol.org.br/publicacoes/materia.cfm? id=101&materia=520.
Darriba, V. A. (2011). O lugar do saber na psicanálise e na universidade e seus efeitos na experiência do estágio nas clínicas-escola. Ágora, 14(2), 293-306. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-14982011000200009&script=sci_ arttext.
De Conti L., & Sperb T. M. A. (2010). Práxis psicoterapêutica de estagiários de psicologia: análise do relato e da trama narrativa. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(2), 305-314. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-37722 010000200012&script=sci_arttext.
Fleming, I., & Steen, L. (2004). An introduction. In I. Fleming, L. Steen (Eds.), Supervision and clinical psychology: Theory, practice and perspectives (pp. 1-15). East Sussex: Routledge. Recuperado de http://samples.sainsburysebooks.co.uk/9781136650727_sample_53 5507.pdf.
Foladori, H. (2009). Temores iniciales de los estudiantes de psicología ante el inicio de la práctica de la psicología clínica. Terapia Psicológica, 27(2), 161-168. Recuperado de http://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S0718-48082009000200002 &script=sci_arttext.
Freud. S. (1980). As perspectivas futuras da terapêutica psicanalítica. In J. Strachey (Ed.), Edição standard brasileira das obras psicológicas completas (Vol. 11, pp.125-136. J. Salomão, Trad.). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original publicada em 1910)
Freud, S. (1980). A dinâmica da transferência. In J. Strachey (Ed.), Edição standard brasileira das obras psicológicas completas (Vol. 12, pp. 133-148, J. Salomão, Trad.). Rio de Janeiro: Imago . (Obra original publicada em 1912)
Freud, S. (1980). A questão da análise leiga. In J. Strachey (Ed.), Edição standard brasileira das obras psicológicas completas (Vol. 20, pp. 205-293, J. Salomão, Trad.). Rio de Janeiro: Imago . (Obra original publicada em 1926)
Freud, S. (1980). Análise terminável e interminável. In J. Strachey (Ed.), Edição standard brasileira das obras psicológicas completas (Vol. 23, pp. 247-290, J. Salomão, Trad.). Rio de Janeiro: Imago . (Obra original publicada em 1937)
Gallo-Belluzzo, S. R. (2011). O Imaginário e estudantes de psicologia sobre o primeiro atendimento clínico: Um estudo psicanalítico. Campinas: PUC..
Gallo-Belluzzo, S. R., Corbett, E., & Aiello-Vaisberg, T. M. J. (2013). The first experience of clinical practice on psychology students’ imaginary. Paidéia, 23(56), 389-396. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-863X20 13000300389&script=sci_arttext.
Gelso, C., & Hayes, J. (2007). Countertransference and the therapist’s inner experience: Perils and possibilities. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum. Recuperado de http://www.apadivisions.org/division-39/publications/reviews/px.aspx.
Hayes, J., Gelso, C., & Hummel, A. (2011). Managing countertransference. Psychotherapy, 48, 88-97. Recuperado de http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed /21401279.
Jacobs, D., David, P., & Meyer, D. J. (1995). The supervisory encounter. New Haven, CT: Yale University Press. Recuperado de http://yalepress.yale.edu/book.asp?isbn =9780300072778.
Lacan, J. (1992). O Seminário, livro XVII: O avesso da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. (Original publicado em 1969-1970)
Moreira Marcos, C. (2011). Reflexões sobre a clínica-escola, a psicanálise e sua transmissão. Psicologia Clínica, 23(2), 205-220. Recuperado de http://link. periodicos.capes.gov.br.ez10.periodicos.capes.gov.br.
Moreira Marcos, C. (2012). A Supervisão em psicanálise na clínica escola: Breve relato de uma pesquisa. Revista Mal-estar e Subjetividade, 3(4), 853-872. Recuperado de http:// www.redalyc.org/pdf/271/27130172015.pdf.
Mariotto, R. M. M., & Bernardino, L. M. F. (2012). Detecção, prevenção e tratamento de riscos psíquicos precoces: Desfecho de um programa acadêmico. Psicologia Argumento, 30(71), 711-717. Recuperado de http://www2.pucpr.br/reol /index.php/PA?dd1=7477&dd99=view.
Melgaço, P. (2010). A clínica na saúde mental: O caso clínico e a construção de redes. Revista Eletrônica CliniCAPS, 4(11), 1-9. Recuperado de http:// www.clinicaps.com.br.
Pinheiro, N. N. B., & Darriba, V. A. (2010). A clínica psicanalítica na universidade: Reflexões a partir do trabalho de supervisão. Psicologia clínica, 22(2), 45-55. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-56652010000200004&script=sci_ arttext.
Pinheiro, N. N. B., & Darriba, V. A. (2011). Elementos para interrogar uma clínica possível a partir da psicanálise na Universidade. Interação em Psicologia, 15(especial), 99-103. Recuperado de 2015, de http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/psicologia/article/view/25382.
Reis Filho, J. T. dos, & Firmino, S. P. de M. (2007). Clínica-escola: Desafios para a formação do psicólogo. In J. T. dos Reis Filho, V. C. Franco (Orgs.), Aprendizes da Clínica: Novos saberes psi (pp.49-61). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Ribeiro, D. P. de S. A., Tachibana, M., Aiello-Vaisberg, T. M. J. (2008). A experiência emocional do estudante de psicologia frente à primeira entrevista clínica. Aletheia, 28, 135-145. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext &pid=S1413-03942008000200011.
Rodolfa, E., Bent, R., Eisman, E., Nelson, P., Rehm, L., & Ritchie, P. (2005). A cube model for competency development: implications for psychology educators and regulators. Professional Psychology: Research and Practice, 36, 347-354. Recuperado de http://davinci.cascss.unt.edu/users/frankcollins/Rodolfa%20et %20al%202005.pdf.
Rodrigues, L. (2009). Composições: Experimentações do ser-estagieiro(a) em uma clínica escola. Aletheia , 29, 217-228. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org /scielo.php?pid=S1413-3942009000100018&script=sci_arttext.
Santeiro, T.V. (2011). Um curta-metragem, diversas histórias na formação de psicólogos clínicos: O caso Pular. Revista da SPAGESP, 12(2), 56-67. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1677-29702011000200007& script=sci_arttext.
Silveira, M., & Castro, R. C. de. (2011). Aventuras de Alice no país da clínica. Barbarói, 35, 91-108. Recuperado de http://online.unisc.br/seer/index. php/barbaroi/article/view/1746/1750.
Turpin, G., Scayfe, J., & Rajan, P. (2004). Enhancing the quality and availability of clinical psychology training placements within the NHS. In I. Fleming, L. Steen (Eds.), Supervision and clinical psychology: Theory, practice and perspectives (pp. 51-72). East Sussex: Routledge . Recuperado de http://samples.sainsburysebooks.co.uk/9781136650727_sample_ 535507.pdf.
Villela, E. M. B. (2008). A formação ética do psicólogo a partir da prática clínica com deficientes visuais. Mudanças-Psicologia da Saúde, 16(2), 91-99. Recuperado de https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/MUD/article/viewArticle/1139.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 José Antonio Pereira da Silva, Maria Thereza Ávila Dantas Coelho, Suely Aires Pontes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.