Ansiedade e Depressão na Morbidade Materna Grave e Near Miss

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/0102.3772e35442

Palavras-chave:

Depressão, Ansiedade, Complicações na gravidez, Morbidade, Near miss

Resumo

Com o objetivo de verificar a prevalência da ansiedade e depressão em mulheres com morbidade materna grave (near miss), foi realizado estudo de coorte transversal, com 549 mulheres. Para tanto, foram utilizados o Inventário de Beck de Depressão (BDI) e o Inventário de Ansiedade (BAI). Na análise estatística, aplicaram-se o teste do qui-quadrado de Pearson e o U-Mann-Whitney, além de Razões de Chances brutas e seus Intervalos com 95% de confiança. Houve maior prevalência e maior chance de desenvolver a ansiedade e depressão na MMG/NM, bem como a relação positiva e significativa entre ambos. Considera-se a associação do ponto de vista psicológico, como um fator grave e impactante na saúde mental da mulher.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Monica Silva Silveira, Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Mestra em Sqaúde e Ambiente. Doutoranda do Núcleo de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Professora, Ensino, Pesquisa e Extensão. Psicóloga.

Larissa Paes Leme Galvão

Mestra em Ciências da Saúde. Doutoranda do Núcleo de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Médica ginecologista e obstetra.

Ricardo Queiroz Gurgel, Universidade Federal de Sergipe

Doutor em Saúde da Criança e do Adolescente pela USP -Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e Pós-Doutorado na Liverpool School of Tropical Medicine, University of Liverpool. Bolsista Produtividade em Pesquisa CNPq, Nível 2, e Professor Associado 4 de Pediatria da Universidade Federal de Sergipe

Ikaro Daniel Carvalho Barreto, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

Doutorando e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Biometria e Estatística Aplicada. Professor de Ensino Superior.

Marlizete Maldonado Vargas, Universidade Tiradentes (UNIT)

Doutora em Psicologia (PUCCAMP, 2000). Professora Titular do Programa de Pós-graduação em Saúde e Ambiente (UNIT), Coordenadora do Laboratório de Planejamento e Promoção da Saúde (LPPS)/ Instituto de Tecnologia e Pesquisa  

Referências

Alder, J., Fink, N., Bitzer, J., Hösli, I., & Holzgreve, W. (2007). Depression and anxiety during pregnancy: A risk factor for obstetric, fetal and neonatal outcome? A Critical Review of the Literature, 20(3), 189-209.

Alves, A.A.M., & Rodrigues, N.F.R. (2010). Determinantes sociais e económicos da Saúde Mental. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 28(2), 127-131.

Anderson, F.W., Morton, S.U., Naik, S., Gebrian, B. (2007). Maternal mortality and the consequences on infant and child survival in rural Haiti. Maternal and Child Health Journal, 11(4), 395-401.

Association of Women’s Health, Obstetric and Neonatal Nurses. (2015). Mood and anxiety disorders in pregnant and postpartum women. Journal of Obstetric, Gynecologic, & Neonatal Nursing , 44, 687-689.

Buist, A., Gotman, N., & Yonkers, K. A. (2011). Generalized anxiety disorder: course and risk factors in pregnancy. Journal of Affective Disorders, 131(1-3), 277-283.

Carvalheira, A. P. P., Tonete, V. L. P., & Parada, C. M. G. L. (2010). Sentimentos e percepções de mulheres no período gravídico puerperal que sobreviveram à morbidade materna grave. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 18(6), 1187-1194.

Cecatti, J. G., Souza, J. P., Parpinelli, M. A., Haddad, S. M., Camargo, R. S., Pacagnella, R. C., ... Pattinson, R. C. (2009). Brazilian network for the surveillance of maternal potentially life threatening morbidity and maternal near-miss and a multidimensional evaluation of their long term consequences. Reproductive Health, 6, 15.

Chou, D., Tunçalp, Ö., Firoz, T., Barreix, M., Fillipi, V., von Dadelszen, P., … Say, L. (2016). Maternal morbidity - Towards a standard tool to measure and monitor maternal health beyond mortality. BMC Pregnancy Childbirth, 16, 45.

Cunha, J. A. (2001). Manual da versão em português das Es calas Beck. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Dias, M. A. B., Domingues, R. M. S. M., Schilithz, A. O. C., Nakamura-Pereira, M., Diniz, C. S. G., Brum, I. R., ... Leal, M.C. (2014). Incidência do near miss materno no parto e pós-parto hospitalar: Dados da pesquisa Nascer no Brasil. Cadernos de Saúde Pública [Internet],30(Suppl 1), S169-S181.

Dunkel, S. C., & Tanner, L. (2012). Anxiety, depression and stress in pregnancy: implications for mothers, children, research, and practice. Current Opinion in Psychiatry, 25(2), 141-148.

Fairbrother, N., Young, A. H., Janssen, P., Antony, M., & Tucker, E. (2015). Depression and anxiety during the perinatal period. BMC Psychiatry, 15, 206.

Faisal-Cury, A., & Rossi Menezes, P. (2007). Prevalence of anxiety and depression during pregnancy in a private setting sample. Archives of Women s Mental Health, 10, 25-32.

Gandini, R. C., Martins, M. C. F, Ribeiro, M. P., & Santos, D. T. G. (2007). Inventário de Depressão de Beck - BDI: Validação fatorial para mulheres com câncer. Psico-USF, 12(1), 23-31.

Graham, W., Woodd, S., Byass, P., Fillipi, V., Gon, G., Virgo, S., … Singh, S. (2016). Diversity and divergence: The dynamic burden of poor maternal health. Lancet, 388, 2164-2175.

Hardee, J. G., & Blanc, A. K. (2012). Maternal morbidity: Neglected dimension of safe motherhood in the developing world. Global Public Health, 7(6), 603-617.

Koblinsky, M., Chowdhury, M.E., Moran, A., E.C., & Ronsmans C. (2012). Maternal morbidity and disability and their consequences: Neglected agenda in maternal health. Journal of Health Population and Nutrition,30(2), 124-130.

Lancaster, C. A., Gold, K. J., Flynn, H. A., Yoo, H., Marcus, S. M., & Davis, M. M. (2010). Risk factors for depressive symptoms during pregnancy: A systematic review. American Journal of Obstetrics and Gynecology, 202(1), 5-14.

Machiyama, K., Hirose, A., Cresswell, J. A., Barreix, M., Chou, D., Kostanjsek, N., … Filippi V.. (2017). Consequences of maternal morbidity on health-related functioning: A systematic scoping review. BMJ Open, 7, e013903.

Meaney, S., Lutomski, J. E., Connor, L. O., Donoghue, K. O., & Greene, R. A. (2016). Women’s experience of maternal morbidity: a qualitative analysis. BMC Pregnancy and Childbirth, 16, 184.

Pacagnella, R. C., Cecatti, J. G., Camargo, R. S., Silveira, C., Zanardi, D. T., Souza, J. P., … Haddad, S. M. (2010). Rationale for a long-term evaluation of the consequences of potentially life threatening maternal conditions and maternal near miss incidents using a multidimensional approach. Journal D'obstetrique et Gynecologie du Canada, 32, 730-738.

Pereira, P. K., Lovisi, G. M., Pilowsky, D. L., Lima, L. A., & Legay, L. F. (2009). Depression during pregnancy: Prevalence and risk factors among women attending a public health clinic in Rio de Janeiro, Brazil. Cadernos de Saúde Pública [Internet] , 25(12), 2725-2736.

Reading, R., & Reynolds, S. (2001). Debt, social disadvantage and maternal depression. Social Science & Medicine, 53, 441-453.

Say, L., Souza, J. P., & Pattinson, R. C. (2009). WHO Working Group on Maternal Mortality and Morbidity Classifications. Maternal near miss-towards a standard tool for monitoring quality of maternal health care. Best Practice & Research. Clinical Obstetrics & Gynaecology, 23, 287-296.

Say, L., Barreix, M., Chou, D., Tunçalp, Ö., Cottler, S., McCaw-Binns, A., … Hindin, M. (2016). Maternal morbidity measurement tool pilot: Study protocol. Reproductive Health , 13(1). DOI: 10.1186/s12978-016-0164-6

Seema, B., Saima, G., Shazia, M., & Shaneela, M. (2012). Severe acute maternal morbidity (SAMM) in postpartum period requiring tertiary hospital care. Iranian Journal of Reproductive Medicine, 10(2), 87-92.

Silva, D. V. R., Silveira, M. F. A., & Gomes-Sponholz, F. A. (2016). Experiences with severe maternal morbidity: A qualitative study on the perception of women.Revista Brasileira de Enfermagem , 69(4), 662-668.

Souza, J. P. D., Duarte, G., & Basile Filho, A. (2002). Near - miss maternal mortality in developing countries. European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology, 104, 80.

Souza, J. P., Cecatti, J. G., Parpinelli, M. A., Krupa, F., & Osis, M. J. (2009). An emerging maternal near-miss syndrome”: Narratives of women who almost died during pregnancy and childbirth. Birth, 36, 149-158.

Storeng, K.T., Drabo, S., Ganaba, R., Sundby, J., Calvert, C., & Filippi, V. (2012). Mortality after near-miss obstetric complications in Burkina Faso: Medical, social and health-care factors. Bulletin of the World Health Organization, 90, 418-425C.

Tunçalp, Ö., Hindin, M. J., Souza, J. P., Chou, D., & Say, L. (2012). The prevalence of maternal near miss: a systematic review. BJOG, 119(6), 653-661.

Tunçalp, Ö., Hindin, M. J., Adu-Bonsaffoh, K., & Adanu, R. M. (2013). Assessment of maternal near-miss and quality of care in a hospital-based study in Accra, Ghana. International Journal of Gynecology & Obstetrics, 123, 58-63.

Van Bussel, J. C., Spitz, B., & Demyttenaere, K. (2006). Women's mental health before, during, and after pregnancy: A population-based controlled cohort study. Birth , 33, 297-302.

Wolf, A.W., De Andraca, I., & Lozoff, B. (2002). Maternal depression in three Latin American samples. Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology, 37, 169-176

World Health Organization. (2017). Depression and other common mental disorders: global health estimates. Recuperado de http://www.who.int/mental_health/management/depression/prevalence_global_health_estimates/en/.

Wolverton, S., Dombrosky, J., & Lyman, R. L. (2016). Practical Significance: Ordinal Scale Data and Effect Size in Zooarchaeology.International Journal of Osteoarchaeology,26, 255-265.

Downloads

Publicado

2019-03-14

Como Citar

Silveira, M. S., Galvão, L. P. L., Gurgel, R. Q., Barreto, I. D. C., & Vargas, M. M. (2019). Ansiedade e Depressão na Morbidade Materna Grave e Near Miss. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 35. https://doi.org/10.1590/0102.3772e35442

Edição

Seção

Artigos Teóricos