O estatuto de corpo na obra de Freud pós-1920

Autores

  • Jôse Lane Sales Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Regina Herzog Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.1590/0102.3772e35420

Palavras-chave:

Corpo, Psicanálise, Pulsão de morte, Representação psíquica, Memória corporal

Resumo

Na perspectiva psicanalítica, a concepção de corpo e organismo se distinguem, sobretudo pelo fato deo segundo ser pulsional. O presente artigo se propõe investigar o estatuto de corpo que emerge após 1920, no qual se situa esta radicalidade. A discussão está articulada ao postulado da pulsão de morte, momento em que a dimensão econômica ganha relevo na teoria freudiana. São privilegiadas na investigação as problemáticas do excesso pulsional e da representação psíquica. Aponta-se que o corpo pode apresentar manifestações que não se restringem à esfera representacional, como, por exemplo, o fenômeno da memória corporal. Destaca-se, ainda, a função da dor na constituição de corpo e a importância fundamental da alteridade no processo de subjetivação.

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Biografia do Autor

Jôse Lane Sales, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesqquisadora do Núcleo de Estudos em Psicanálise e Clínica da Contemporaneidade (NEPECC).

Regina Herzog, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professora associada do Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora do Núcleo de Estudos em Psicanálise e Clínica da Contemporaneidade (NEPECC).  

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Publicado

2019-02-27

Como Citar

Sales, J. L., & Herzog, R. (2019). O estatuto de corpo na obra de Freud pós-1920. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 35. https://doi.org/10.1590/0102.3772e35420

Edição

Seção

Revisão da Literatura