Aplicações do Método Bick de Observação: Revisão Sistemática da Produção Científica Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.1590/0102.3772e35414Palavras-chave:
Observação, Psicanálise, Método Bick, PesquisaResumo
Trata-se de uma revisão sistemática da literatura acerca da produção científica brasileira sobre o método Bick de observação, buscando identificar e discutir suas possibilidades de desenvolvimento, do uso no ensino à aplicação na pesquisa acadêmica, analisando tendências e tensões. Foi realizado um levantamento em bases de dados nacionais e os resultados das pesquisas apontam que há uma ampliação e revitalização do Bick em aplicações avaliativas, preventivas e terapêuticas, assim como na academia, favorecendo a reflexão nas diferentes vertentes que o método oferece. Por fim, são discutidos aspectos sobre a pesquisa psicanalítica, reinterpretada na complexidade das implicações epistemológicas do pesquisar no contexto universitário.
Downloads
Referências
Amorim, M. L. G. (2004). A observação de bebês, segundo Esther Bick: Uma contribuição à formação e à clínica psicanalítica (Dissertação de mestrado). Universidade de São Marcos, São Paulo.
Appio, D., & Matte, L. D. S. (1999). Método Esther Bick: Um caminho para a pesquisa qualitativa. Aletheia, 10, 51-58.
Araújo, C. A. S. (2004). A depressão pós-parto e sua interferência no desenvolvimento da função materna. Psicologia Revista, 13(2), 11-18.
Bick, E. (1964). Notes on infant observation in psychoanalytic training. International Journal of Psychoanalysis, 45, 558-666.
Bustamante, V., & McCallum, C. (2014). Feeding practices, healthcare and kinship during the first year of life. Estudos de Psicologia, 31(3), 425-435.
Caron, N. A. (1995). Fundamentos teóricos para a aplicação do método de E. Bick. Revista Brasileira de. Psicanálise, 29(2), 283-292.
Caron, N. A. (Org.). (2000). A relação pais-bebê: Da observação à clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Caron, N., Lopes, R. C. S., Steibel, D., & Donelli, T. S. (2012). Writing as a challenge in the observer's journey through the Bick method of infant observation. Infant Observation, 15(3), 221-230.
Caron, N. A., & Lopes, R. C. S. (no prelo). Mapeamento dos grupos de observação de bebês segundo o método Bick no Brasil.
Casseb, A. R. (1993). Repensando a relação médico-paciente a luz do método observacional-compreensivo: Considerações balintianas sobre a prática médica em consultórios de médicos de família (Tese de doutorado). Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil.
Corte, J. (2005). O método de observação da relação mãe-bebê, de Esther Bick, e a formação do psicoterapeuta (Dissertação de mestrado). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Costa, M. V. S. (2000). O método de observação de bebês modelo Esther Bick. (Dissertação de mestrado). Instituto Fernandes Figueira, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
Demo, P. (2001). Sujeito e objeto. In Pesquisa e informação qualitativa: Aportes metodológicos (pp. 23-34). Campinas, SP: Papirus.
Donelli, T. M. S., & Lopes, R. C. S. (2013). Descortinando a vivência emocional do parto através do Método Bick. Psico-USF, 18(2), 289-298.
Escosteguy, N. (2012). Observação de bebês curricular no CEAPIA: Método Esther Bick modificado. Publicação CEAPIA, 21(21), 85-94.
Falcão, L. (1999). A "observação de bebês" e intervenções precoces: A prevenção através do pediatra. Publicação CEAPIA, 12(12), 134-143.
Farias, E. P., & Tucherman, S. E. (1988). A observação da relação mãe-bebê e a formação analítica. Revista Brasileira de Psicanálise, 22, 595-609.
Freitas, C. H. B., & Ângulo, M. (2006). Relação mãe-bebê logo após o parto e na amamentação: A identificação projetiva realista, pelos sentimentos e sensações do observador. Psicólogo Informação, 10(10), 83-101.
Freud, S. (1980). Dois verbetes de enciclopédia. In Além do princípio de prazer, Psicologia de grupo e outros trabalhos (Vol. 18, J. Salomão, Trad, versão eletrônica da Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1923)
Golin, G., Benetti, S. P. C., & Donelli, T. M. S. (2011). Um estudo sobre o acolhimento precoce inspirado no método Bick. Psicologia em Estudo, 16(4), 561-569.
Golin, G., & Benetti, S. P. C. (2013). Acolhimento precoce e o vínculo na institucionalização. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 29(3), 241-248.
Grillo, L. W. (2006). Quando é chegado o fim? Reflexões sobre a experiência de término de uma observação pais-bebê. Publicação CEAPIA, 15(15), 79-89.
Guimarães, M. L. Z. (1998). Observação da relação mãe-bebê. Alter, 17(1), 71-78.
Iribarry, I. N. (2003). O que é pesquisa psicanalítica? Ágora, 6(1), 115-138.
Laks, D., Filipouski, G., Germani, H., & Valente, J. (2009). Colcha de retalhos: Uma breve reflexão sobre o tornar-se observador. Revista Brasileira de Psicoterapia, 11(3), 316-324.
Lisondo, A., Spessoto, L. B., & Mattos, L. T. L. (2012). O método de observação de bebês de Esther Bick e seu potencial diagnóstico através da comparação de dois casos observados. Revista de Psicanálise SPPA, 19(3), 543-563.
Lisondo, A. B. D. (2007). O método de observação de bebês Esther Bick, a Psicanálise de crianças e adolescentes: Ateliê privilegiado para a Psicanálise contemporânea. Psicanálise, 9(12), 321-340.
Lopes, R. C. S., Caron, N. A., Steibel, D., & Donelli, T. M. S. (2012). Desafios ao percurso do pesquisador psicanalítico: reflexões a partir da pesquisa com o método Bick de observação de bebês. In M. M. K. Macedo & B. S. G. Werlang (Orgs.), Psicanálise e universidade: Potencialidades teóricas no cenário da pesquisa (pp. 212-229). Porto Alegre: EDIPUCRS.
Loureiro, I. (2002). Sobre algumas disposições metodológicas de inspiração freudiana. In E. F. Queiroz & A. R. R. Silva (Orgs.), Pesquisa em psicopatologia fundamental (pp. 143-156). São Paulo: Escuta.
Lowenkron, T. S. (2004). O objeto da investigação psicanalítica. In F. Herrmann & T. S. Lowenkron (Orgs.), Pesquisando com o método psicanalítico (pp. 21-31). São Paulo: Casa do Psicólogo .
Maltz, R. S. (2003). Observação de bebês - método Bick - uma vivência emocional significativa para a criatividade. Revista Brasileira de Psicanálise, 37(2/3), 631-646.
Mélega, M. P. (1997). Pesquisa da atividade simbólica com ênfase no estudo do brincar: método de observação mãe-bebê Esther Bick. Revista Brasileira de Psicanálise, 31(3), 745-760.
Mélega, M. P. (2001). A contribuição de Esther Bick à clínica psicanalítica. Psyche, 5(7), 69-83.
Mélega, M. P., & Sonzongo, M. C. (Orgs.). (2008). O olhar e a escuta para compreender a primeira infância. São Paulo: Casa do Psicólogo .
Oliveira, N. R. (2011). Costurando rupturas: O trauma na clínica psicanalítica com uma criança (Dissertação de mestrado). Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil.
Oliveira-Menegotto, L. M., Menezes, C. C., Caron, N. A. C., & Lopes, R. C. S. (2006). O método Bick de observação de bebês como método de pesquisa. Psicologia Clínica, 18(2), 77-96.
Oliveira-Menegotto, L. M., & Lopes, R. C. S. (2009). Tornar-se Poliana: o desamparo materno diante de seu bebê com síndrome de Down. Psico, 40(4), 449-457.
Oliveira-Menegotto, L. M., Lopes, R. C. S., & Caron, N. A. (2010). O método Bick de observação da relação mãe-bebê: aspectos clínicos. Psicologia Clínica, 22(1), 39-55.
Pergher, D. N. Q., & Cardoso, C. L. (2008). A experiência do aprendizado na observação da relação mãe-bebê-família. Psyche, 12(23). Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-11382008000200004
Queiroz, E. F. (2002). O estatuto do caso clínico. Pulsional, 15(157), 33-40.
Queiroz, E. F. (2005). Inclinar-se para a escuta e inclinar-se para a escrita. Pulsional, 18(184), 60-64.
Reid, S. (1997). The development of autistic defenses in an infant: The use of a single case study for research. Infant Observation, 1(1), 51-110.
Rhode, M. (2004). Infant observation as research: cross-disciplinary links. Journal of Social Work Practice, 18(3), 283-98.
Rustin, M. (2006). Infant observation research: What have we learned so far? Infant Observation, 9(1), 35-52.
Rustin, M. (2012). Infant observation as a method of research. In K. Urwin & J. Sternberg (Orgs.), Infant observation and research (pp. 13-22). London: Routledge.
Rustin, M. E. (2009). Esther Bick's legacy of infant observation at the Tavistock - Some reflections 60 years on. Infant Observation, 12(1), 29-41.
Safra, G. (1993). O uso de material clínico na pesquisa psicanalítica. In M. E. L. Silva (Org.), Investigação e psicanálise (pp. 119-132). Campinas: Papirus.
Sampaio, M. A., Falbo, A. R., Feliciano, K. V. O, Camarotti, M. C., Rustin, M., & Miller, L. (2012). Anthropological and psychoanalytical observation: Theoretical and methodological dialogues in a doctorate programme in mother and child health. Revista Brasileira de Saúde Materno-Infantil, 12(1), 75-81.
Santos, M. E. E. A. (2012). Efeitos do luto materno na relação mãe-bebê (Dissertação de mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil.
Santos, A. C. S. L., & Pedroso, J. S. (2017). As adaptações no Brasil do método Bick de observação em pesquisas empíricas. Revista da SPAGESP, 18(1), 101-114
Scorsolini-Comin, F., Nedel, A. Z., & Santos, M. A. (2011). De perto, de longe, de fora e de dentro: a formação do observador a partir de uma experiência com o método Bick. Psicologia Clínica, 23(2), 151-170.
Siqueira, L. A., & Andriatte, A.M. (2001). Um estudo observacional sobre o vínculo afetivo de bebês abrigados em instituições sociais. Boletim de Iniciação Científica em Psicologia, 2(1), 8-25.
Souza, M. S. I. (2008). Intervenções terapêuticas conjuntas na unidade de terapia intensiva neonatal e pediátrica (Dissertação de mestrado). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Stake, R.E. (1994). Case Studies. In N.K. Dezin & Y.S. Lincoln (Eds), Handbook of qualitative research (pp. 236-247). Bevery Hills, CA: Sage Publications.
Steibel, D. (2011). Considerações sobre experiências precoces e a construção do self. Psicoterapia Psicanalítica, 13, 165-174.
Stocche, T. M. (2003). Observação da relação mãe-bebê: Método Esther Bick. Revista Brasileira de Psicanálise, 37(2/3), 647-654.
Stoiani, L. P. (2007). As interações corporais entre a mãe e o bebê nos primórdios da constituição psíquica: Um estudo a partir da experiência de observação na técnica Esther Bick (Dissertação de mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Tavares, M. E. B. P. (2007). Situações triangulares em gêmeos durante o primeiro ano de vida: Conjecturas sobre o complexo de Édipo (Tese de doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Urwin, C., & Sternberg, J. (Orgs.). (2012). Infant observation and research. London: Routledge .
Vivian, A. G. (2006). O desenvolvimento emocional de um bebê em uma família numerosa: Uma aplicação do método Bick (Dissertação de mestrado). Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Yin, R. K. (2005). Estudo de caso: Planejamento e métodos (3ª edição). Porto Alegre: Bookman.
