Tornar-se Pai: A Paternidade como Inscrição Subjetiva da Finitude
DOI:
https://doi.org/10.1590/0102.3772e34433Palavras-chave:
Relações pais-criança, Paternidade, Teoria psicanalíticaResumo
Este estudo investigou a experiência subjetiva da paternidade em dois momentos do desenvolvimento, no sexto mês e ao final do segundo ano de vida da criança. Participaram do estudo três pais primíparos, com idade de 30 a 45 anos e escolaridade de ensino superior. Utilizou-se um delineamento de estudo de caso coletivo, de caráter longitudinal, em que os pais responderam a entrevistas nos dois momentos propostos. As entrevistas foram analisadas com base na teoria psicanalítica. Os resultados corroboraram a expectativa de que tornar-se pai estaria associado à inscrição subjetiva da finitude. Esse processo indica um movimento intrínseco à paternidade, exigindo renúncias e lutos dos pais, movimento que permitiu o bebê ser tomado como objeto de desejo paterno.
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