Crítica à Alteração da Lei Maria da Penha

Tutela e Responsabilidade

Autores

  • Paula Dias Penna UFMG / Mestranda.
  • Fábio Rodrigues Belo Universidade Federal de Minas Gerais / Professor Adjunto

Palavras-chave:

Psicanálise, Masoquismo, Atividade-passividade, Responsabilidade, Direito penal, Lei Maria da Penha

Resumo

A Lei Maria da Penha, ao transformar os crimes contra a mulher em crimes de ação penal pública incondicionada, torna o processo contra o agressor uma iniciativa do Estado, independentemente da vontade da mulher vítima da agressão. Analisada a partir do método hermenêutico crítico e da psicanálise, sustentamos que tal mudança produz uma desresponsabilização do sujeito frente ao seu masoquismo e sustenta uma dobra ideológica que trata a mulher como infantil e passiva, naturalizando uma situação histórico-libidinal. Por fm, a conclusão apresenta a hipótese de que tal mudança na lei é perniciosa ao objetivo de criar condições sociais e libidinais para que a mulher possa responsabilizar-se, reconhecendo os fatores inconscientes envolvidos na situação de agressão.

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Publicado

2017-05-17

Como Citar

Penna, P. D., & Belo, F. R. (2017). Crítica à Alteração da Lei Maria da Penha: Tutela e Responsabilidade. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 32(3). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/18240

Edição

Seção

Artigos Teóricos