As Representações Maternas acerca do Bebê que Nasce com Doenças Orgânicas Graves

Autores

  • Ethel Cukierkorn Battikha Universidade Federal de São Paulo
  • Maria Cecília Correa de Faria Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Benjamin Israel Kopelman

Resumo

O nascimento de um bebê com doenças orgânicas graves tem profundas implicações na constituição do vínculo inicial mãe-bebê. O objetivo desta pesquisa é a investigação das representações psíquicas maternas acerca desse nascimento. Este estudo qualitativo está fundamentado no campo teórico-psicanalítico. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, individuais, com 11 mães no período de internação do bebê na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Os dados obtidos foram submetidos ao método de análise de conteúdo e revelaram que o nascimento do bebê com alterações orgânicas afeta a função materna já que desorganiza as representações que eram antes dirigidas ao bebê sadio imaginado, marcando uma tendência recorrente à equivalência desse bebê ao diagnóstico de sua doença. Este nascimento implica, portanto, o luto pelo filho desejado e o decréscimo da auto-estima materna. A participação nas entrevistas teve efeitos terapêuticos, sugerindo a necessidade de uma escuta analítica dessas mães durante o período de permanência do bebê na instituição hospitalar.

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Publicado

2012-12-11

Como Citar

Battikha, E. C., Correa de Faria, M. C., & Kopelman, B. I. (2012). As Representações Maternas acerca do Bebê que Nasce com Doenças Orgânicas Graves. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 23(1). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/18188