Moral e Ética:

Uma Leitura Psicológica

Autores

  • Yves de La Taille Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Psicologia Moral, Moral, Ética, Personalidade ética, Representações de si

Resumo

Após um século de reflexões e investigações, como era de se esperar, a Psicologia Moral apresenta sinais de esgotamento de seus referenciais teóricos clássicos. Consequentemente, novas perspectivas se abrem, entre elas a abordagem teórica que leva o nome de ‘personalidade ética’, cuja tese é: para compreendermos os comportamentos morais (deveres) dos indivíduos, precisamos conhecer a perspectiva ética (vida boa) adotadas por eles. Entre os invariantes psicológicos de realização de uma ‘vida boa’, está a necessidade de ‘expansão de si próprio’. Como tal expansão implica ter ‘representações de si’ de valor positivo, entre elas poderão estar aquelas relacionadas à moral. Se estiverem, o sujeito experimentará o sentimento de dever, do contrário, a motivação para a ação moral será inexistente ou fraca.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Adler, A. (1991). Le sens de la vie. Paris: Payot.
Aristote (1965). Ethique de Nicomade. Paris: Flamarion.
Bennet, W. J. (1995). O livro das virtudes. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira.
Biaggio, A. (2002). Lawrence Kohlberg: ética e educação
moral. São Paulo: Moderna.
Blasi, A. (1995). Moral understanding and the moral personality:
The process of moral integration. Em Kurtines, D. (Org.), Moral
development: An introduction (pp. 229-254). London: Allyn and Bacon.
Camus, A. (1973). Le mythe de Sisyphe. Paris: Gallimard.
Carone, I. (2003). A Psicologia tem paradigmas? São Paulo:
Casa do Psicólogo.
Colby, A., & Damon, W. (1993). The uniting of self and
morality in the development of extraordinary moral. Commitment.
Em G. G. Noam & E. Wren (Orgs.), The moral self (pp. 149-174).
Cambridge: MIT.
Collin, D. (2003). Questions de morale. Paris: Armand Colin.
Comte-Sponville, A., & Ferry, L. (1998). La sagesse des
modernes. Paris: Lafont.
Dalai Lama (1999). Uma ética para o novo milênio. Rio de
Janeiro: Sextante.
Deleuze, G. (2004). L’abécédaire de Gilles Deleuze. Paris:
Editions Monparnasse.
Dias, A. F. (2010). Territórios da personalidade ética:
ações morais, valores e virtudes na escola. Tese de Doutorado,
Universidade de São Paulo, São Paulo.
Dupréel, E. (1967). Traité de morale, Tome 1. Bruxelles:
Pressnes Universitaires de Bruxelles.
8 Para uma crítica do emprego do conceito de ‘paradigma’ na Psicologia,
aconselhamos a leitura de Carone (2003).
Durkheim, E. (1974). L’education morale. Paris: PUF.
Flanagan, O. (1996). Psychologie morale et éthique. Paris: PUF.
Ferry, L. (2002). Qu’est-ce que réussir sa vie? Paris: Grasset.
Freud, S. (1971). Malaise dans la civilisation. Paris: PUF.
Freud, S. (1991). Le moi et le ça. Paris: PUF.
Giannetti, E. (2002). Felicidade. São Paulo: Companhia das Letras.
Harkot-de-La-Taille, E. (1999). Ensaio semiótico sobre a
vergonha. São Paulo: Humanitas.
Harkot-de-La-Taille, E., & La Taille, Y. de (2004). A construção
ética e moral de si mesmo. Em M. T. C. de Souza (Org.), Os sentidos
de construção: o si mesmo e o mundo (pp. 69-102). São Paulo:
Casa do Psicólogo.
Huntington, S. (1999). Le choc des civilisations. Paris: Editions
Odile Jacob.
Kant, E. (1994). Métaphysique des moeurs, première partie.
Paris: Flamarion.
Kohlberg, L. (1981). Essays on moral development. San
Francisco: Harper & Row.
La Taille, Y. de (2002a). Vergonha, a ferida moral. Petrópolis:
Vozes.
La Taille, Y. de (2002b). O sentimento de vergonha e suas
relações com a moralidade. Psicologia: Reflexão e Crítica,, 15, 13-25.
La Taille, Y. de (2006). Moral e ética: dimensões intelectuais
e afetivas. Porto Alegre: Artmed.
Levi-Bruhl, L. (1971). La morale et la science des moeurs.
Paris: PUF.
Lipovetsky, G. (1992). Le crépuscule du devoir. Paris: Gallimard.
MacIntyre, A. (1997). Après la vertu. Paris: PUF.
Mill, J. S. (1988). L’utilitarisme. Paris: Flamarion.
Nietzsche (1995). La volonté de puissance I. Paris: Gallimard.
Nogushi N., & La Taille, Y. de (2008). Universo moral de jovens
internos da Febem. Cadernos de Pesquisa, 38, 11-40.
Piaget, J. (1932). Le jugement moral chez l’enfant. Paris: PUF.
Piaget, J. (1954). Les relations entre l’affectivité et l’intelligence.
Paris: Sorbonne.
Piaget, J. (1977). Etudes sociologiques. Paris: Droz.
Pitt-Rivers, J. (1965). Honra e posição social. Em J. G.
Peristiany (Org.), Honra e vergonha (pp. 11-60). Lisboa: Fundação
Capouste Gulbenkian.
Puig, J. M. R. (1998). A construção da personalidade moral.
São Paulo: Ática.
Ricoeur, P. (1990). Soi-même comme un autre. Paris: Gallimard.
Russell, B. (1962). La conquête du bonheur. Paris: Payot.
Savater, F. (2000). Ética como amor-próprio. São Paul: Martins
Fontes.
Spitz, B. (1995). La morale à zéro. Paris: Seuil.
Smith, A. (1999). Théorie des sentiments moraux. Paris: PUF.
Spaemann, R. (1994). Notions fondamentales de morale. Paris:
Flammarion.
Tardelii, D. D. (2009). Adolescência, personalidade e projeto de
vida solidário. Em Y. de La Taille & M. S. de S. Menin (Orgs.), Crise
de valores ou valores em crise (pp. 70-88). Porto Alegre: Artmed .
Taylor, C. (1998). Les sources du moi. Paris: Seuil.
Tognetta, L R. P., & La Taille, Y. de (2008). A formação de
personalidades éticas, representações de si e moral. Psicologia:
Teoria e Pesquisa, 24, 181-188.
Tugendhat, E. (1998). Conférences sur l’éthique. Paris:
PUF. Williams, B. (1990). l’Ethique et les limites de la philosophie.
Paris: Gallimard.

Downloads

Publicado

2010-10-30

Como Citar

La Taille, Y. de. (2010). Moral e Ética:: Uma Leitura Psicológica. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 26(25ANOS), 105–114. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/18179

Edição

Seção

Revisão da Literatura