Estudo comparativo das associações semânticas de palavras entre adultos jovens e idosos

Autores

  • Maxciel Zortea Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Jerusa Fumagalli de Salles Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Ciências Humanas; Psicologia; Neuropsicologia Cognitiva, Tarefa de associação semântica, Desenvolvimento cognitivo, Associação de palavras, Memória semântica

Resumo

Associações de palavras vêm sendo investigadas recentemente, porém há pouco consenso sobre mudanças destas associações entre faixas etárias. Este estudo comparou associações semânticas de palavras entre 108 adultos jovens universitários (M = 22,17; DP = 6,04) e 57 idosos (M = 70,89; DP = 6,87). Uma tarefa de associação semântica foi utilizada. A força de associação entre estímulos e palavras mais fortemente associadas permaneceu constante entre os grupos. Os tamanhos do conjunto total e significativo (apenas respostas ditas por duas ou mais pessoas) foram maiores para os adultos. O índice de diversidade de respostas foi maior para os adultos, demonstrando menor heterogeneidade de associadas no grupo de idosos. Estas diferenças podem ser consideradas em estudos sobre memória e linguagem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Algarabel, S., Ruiz, J. C., & Sanmartín, J. (1988). The University of Valencia’s computerized word pool. Behavior Research Methods, Instruments, & Computers, 20(4), 398-403.
Almeida, O. P. (1998). Mini exame do estado mental e o diagnóstico de demência no Brasil. Arquivos de Neuropsiquiatria, 56(3-B), 605-612.
Almeida, O. P., & Almeida, S. A. (1999). Confiabilidade da versão brasileira da Escala de Depressão em Geriatria (GDS) versão reduzida. Arquivos de Neuropsiquiatria, 57(2-B), 421-426.
Anaki, D., & Henik, A. (2003). Is there a “strength effect” in automatic semantic priming? Memory & Cognition, 31(2), 262-272.
Bäckman, L., & Nilsson, L. G. (1996). Semantic memory functioning across the adult life span. European Psychologist, 1(1), 27-33.
Balota, D. A., & Duchek, J. M. (1988). Age-related differences in lexical access, spreading activation, and simple pronunciation. Psychology and Aging, 3(1), 84-93.
Brandão, L., Wagner, G. P., & Carthery-Goulart, M. T. (2006). Disfunções cognitivas na demência do tipo Alzheimer. In M. A. P. P. Parente (Ed.), Cognição e envelhecimento (pp. 239-255). Porto Alegre: Artmed.
Burke, D. M., & Peters, L. (1986). Word associations in old age: evidence for consistency in semantic encoding during adulthood. Psychology and Aging, 1(4), 283-292.
Callejas, A., Correa, A., Lupiáñez, J., & Tudela, P. (2003). Normas asociativas intracategoriales para 612 palavras de seis categorías semánticas en español. Psicológica, 24, 185-214.
Chaves, M. L., & Izquierdo, I. (1992). Differential diagnosis between dementia and depression: a study of efficiency increment. Acta Neurologica Scandinavica, 85(6), 378-382.
Coney, J. (2002). The effect of associative strength on priming in the cerebral hemispheres. Brain and Cognition, 50, 234”“241.
De Deyne, S., & Storms, G. (2008). Word associations: norms for 1,424 Dutch words in a continuous task. Behavior Research Methods, 40(1), 198-205.
Ferrand, L., & Alario, X. (1998). Normes d’associations verbales pour 366 noms d’objets concrets. L’Année Psychologique, 98, 659-670.
Ferreira, A. B. de H. (2004). Miniaurélio: O minidicionário da língua portuguesa (6a ed. rev.). Curitiba: Positivo.
Folstein, M. F., Folstein, S. E., & McHugh, P. R. (1975). Mini-mental state. Journal of Psychiatry Resources, 12, 189-198.
Hampton, J. A. (1997). Psychological representation of concepts. In M. A. Conway (Ed.), Cognitive Models of Memory (pp. 81-110). Cambridge, Massachusetts: MIT Press.
Hirsh, K. W., & Tree, J. J. (2001). Word association norms for two cohorts of british adults. Journal of Neurolinguistics, 14, 1-44.
Janczura, G. A. (1996). Normas associativas para 69 categorias semânticas. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 12(3), 237-244.
Janczura, G. A. (2005). Contexto e normas de associação para palavras: A redução do campo semântico. Paidéia, 15(32), 417-425.
Janczura, G. A., Castilho, G. M., Rocha, N. O., Van Erven, T. J. C., & Huang, T. P. (2007). Normas de concretude para 909 palavras da língua portuguesa. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 23(2), 195-204.
Kent, G. H., & Rosanoff, A. J. (1910). An study of association in insanity. American Journal of Insanity, 67, 317-390.
Kuhn, D., Abarca, E., & Nunes, M. G. (2000). Corpus Nilc de português escrito no Brasil. Retrieved from http://www.nilc.icm.usp.br/nilc/publications.htm#Technical Reports.
Light, L. L. (1991). Memory and aging: Four hypotheses in search of data. Annual Review of Psychology, 42, 333-376.
Little, D. H., Prentice, K. J., & Wingfield, A. (2004). Adult age differences in judgments in semantic fit. Applied Psycholinguistics, 25, 135-143.
Macizo, P., Gómez-Ariza, C. J., & Bajo, M. T. (2000). Associative norms of 58 spanish words for children from 8 to 13 years old. Psicológica, 21, 287-300.
Nelson, D. L., Dyrdal, G. M., & Goodmon, L. B. (2005). What is pre-existing strength? Predicting free association probabilities, similarity ratings, and cued recall probabilities. Psychonomic Bulletin & Review, 12(4), 711-719.
Nelson, D. L., Fisher, S. L., & Akirmak, U. (2007). How implicitly activated and explicitly acquired knowledge contribute to the effectiveness of retrieval cues. Memory & Cognition, 35(8), 1892-1904.
Nelson, D. L., McEvoy, C. L., & Schreiber, T. A. (1999). The University of South Florida word association, rhyme and fragment norms. Retrieved from http:// luna.cas.usf.edu /~nelson.
Nelson, D. L., & Schreiber, T. A. (1992). Word concreteness and word structure as independent determinants of recall. Journal of Memory and Language, 31, 237-260.
Nelson, D. L., Schreiber, T. A., & McEvoy, C. L. (1992). Processing implicit and explicit representations. Psychological Review, 99(2), 322-348.
Palermo, D. S. (1971). Characteristics of word association responses obtained from children in grades one through four. Developmental Psychology, 5(1), 118-123.
Pawlowski, J. (2007). Evidências de validade e fidedignidade do Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve Neupsilin. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Rozenthal, M., Laks, J., & Engelhardt, E. (2004). Aspectos neuropsicológicos da depressão. Revista de Psiquiatria, 26, 204-212.
Russell, W. A., & Jenkins, J. J. (1954). The complete Minnesota norms for responses to 100 words from the Kent-Rosanoff word association Test [Relatório técnico, nº 11]. Minneapolis: University of Minnesota Contract.
Salles, J. F., Holderbaum, C. S., Becker, N., Rodrigues, J. d., Liedtke, F. V., Zibetti, M. R., & Piccoli, L. F. (2008). Normas de associação semântica para 88 palavras do português brasileiro. Revista PSICO, 39(3), 362-370.
Salles, J. F., Holderbaum, C. S., & Machado, C. S. (2009). Normas de associação semântica de 50 palavras do português brasileiro para crianças: Tipo, força de associação e set size. Revista Interamericana de Psicologia, 43(1), 57-67.
Salthouse, T. A. (1996). The processing-speed theory of adult age differences in cognition. Psychological Review, 103(3), 403-428.
Sardinha, T. B. (2003). The bank of portuguese. Retrieved from http://www2.lael. pucsp.br/~tony/tony/pesquisa.html.
Scialfa, C. T., & Margolis, R. B. (1986). Age differences in the commonality of free associations. Experimental Aging Research, 12(2), 95-98.
Shelton, J. R., & Caramazza, A. (2001). The organization of semantic memory. In B. Rapp (Ed.), A Handbook of Cognitive Neuropsychology: What Deficits Reveal about the Human Mind/Brain (pp. 423-443). Philadelphia: Psychology Press.
Stein, L. M., & Gomes, C. F. de A. (2010). Normas brasileiras para listas de palavras associadas: associação semântica, concretude, frequência e emocionalidade. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 25(4), 537-546.
Stein, L. M., Feix, L. F., & Rohenkohl, G. (2006). Avanços metodológicos no estudo das falsas memórias: construção e normatização do procedimento de palavras associadas. Psicologia: Reflexão e Crítica, 19(2), 166-176.
Tarrago, R., Martin, S., De La Haye, F., & Brouillet, D. (2005). Normes d’associations verbales chez des sujets âgés. Revue Européenne de Psychologie Appliquée, 55, 245-253.
Van Erven, T. J. C. G., & Janczura, G. A. (2004). A memória dos idosos em tarefas complexas. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20(1), 59-68.
Yesavage, J. A., Brink, T. L., Rose, T. L., & Lurn, O. (1983). Development and validation of a geriatric depression screening scale: A preliminary report. Journal of Psychiatry, 17, 37-49.

Downloads

Publicado

2012-10-01

Como Citar

Zortea, M., & Salles, J. F. de. (2012). Estudo comparativo das associações semânticas de palavras entre adultos jovens e idosos. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 28(3), 259–266. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/18159