Evidências de Validade de Construto da Escala de Componentes do Amor

Autores

  • José Augusto Evangelho Hernandez Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Psicologia, Fundamentos e Medidas em Psicologia, Psicologia do amor, Relacionamentos íntimos, Validade, Fidedignidade

Resumo

Nos anos oitenta, psicólogos sociais iniciaram o uso de técnicas psicométricas, como análise de componentes principais, para desenvolver modelos do amor. O objetivo deste estudo foi submeter a versão brasileira da Escala de Componentes do Amor (Critelli, Myers & Loos, 1986) a uma análise fatorial exploratória. Participaram 491 pessoas que estavam em relacionamentos amorosos. Foram extraídos cinco fatores que explicaram 67% da variância comum. Os alfas de Cronbach variaram de 0,82 a 0,92, revelando forte consistência interna para os itens da medida. Ademais, foram encontrados coeficientes de correlação moderados fortes com a Escala Triangular do Amor-R de Sternberg (1986). Estes resultados forneceram evidências de validade fatorial, convergente e de consistência interna para os escores do instrumento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Bentler, P. M. (1977). Factor simplicity index and transformations.
Psychometrika, 59, 567-579.
Berscheidt, E. (2010). Love in the fourth dimension. Annual
Review of Psychology, 61, 1-25. doi: 10.1146/annurev.
psych.093008.100318
Carreño, M., & Serrano, G. (1995). Análisis de instrumentos para
la medida del amor. Revista de Psicologia Social, 10, 131-148.
Cassep-Borges, V., & Teodoro, M. (2007). Propriedades
Psicométricas da Versão Brasileira da Escala Triangular do
Amor de Sternberg. Psicologia: Reflexão e Crítica, 20, 513-
522.
Cassep-Borges, V., & Teodoro, M. (2009). Versión Reducida de la
Escala Triangular del Amor: Características del Sentimiento
en Brasil. Interamerican Journal of Psychology, 43, 30-38.
Critelli, J. W., Myers, E. J., & Loos, V. E. (1986). The components
of love: Romantic attraction and sex role orientation. Journal
of Personality, 54, 355-370. doi: 10.1111/j.1467-6494.1986.
tb00399.x
Damásio, B. F. (2012). Uso da análise fatorial exploratória em
psicologia. Avaliação Psicológica, 11, 213-228.
Driscoll, R., Davis, K., & Lipetz, M. (1972). Parental interference
and romantic love. Journal of Personality and Social
Psychology, 24, 1-10.
Fromm, E. (1966). A arte de amar. Belo Horizonte: Itatiaia.
(Trabalho original publicado em 1956)
Gouveia, V. V., Fonseca, P. N., Cavalcanti, J. P. N., Diniz, P. K. C.,
& Dória, L. C. (2009). Versão abreviada da Escala Triangular
do Amor: evidências de validade fatorial e consistência interna.
Estudos de Psicologia (Natal), 14, 31-39. doi:10.1590/S1413-
294X2009000100005
Graham, J. M., & Christiansen, K. (2009). The reliability of
romantic love: A reliability generalization meta-analysis.
Personal Relationships, 16, 49-66. doi: 10.1111/j.1475-
6811.2009.01209.x
Hair Jr., J. F., Black , W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., &
Tatham, R. L. (2009). Análise Multivariada de Dados. Porto
Alegre: Bookman.
Hatfield, E., Bensman, L., &. Rapson, R. L . (2011). A brief history
of social scientists’ attempts to measure passionate love.
Journal of Social and Personal Relationships, 29, 143”“164.
doi: 10.1177/0265407511431055
Hatfield, E., & Sprecher, S. (1986). Measuring passionate love in
intimate relationships. Journal of Adolescence, 9, 383-410.
doi:10.1016/S0140-1971(86)80043-4
Hendrick, C., & Hendrick, S. (1986). A theory and method of love.
Journal of Personality and Social Psychology, 50, 392-402.
doi:10.1037/0022-3514.50.2.392
Hernandez, J. A. E. (1999). Validação da Estrutura da Escala
Triangular do Amor: Análise Fatorial Confirmatória. Aletheia,
9, 15-26.
Hernandez, J. A. E., & Oliveira, I. M. B. (2003). Os componentes do
amor e a satisfação. Psicologia: Ciência e Profissão, 21, 58-69.
Kaiser, H. F. (1960). The application of eletronic-computers to
fator-analysis. Educational and Psychological Measurement,
20, 141-151. doi: 10.1177/001316446002000116
Laros, J. A. (2005). O uso da análise fatorial: algumas diretrizes
para pesquisadores. In L. Pasquali (Ed..), Análise fatorial para
pesquisadores (pp. 163-184). Brasília: LabPAM.
Lorenzo-Seva, U. (2003). A factor simplicity index. Psychometrika,
68, 49-60.
Lorenzo-Seva, U., & Ferrando, P. J. (2006). FACTOR: A computer
program to fit the Exploratory Factor Analysis model. Behavior
Research Methods, Instruments & Computers,38, 88-91.
Maslow, A. H. (1974). Introdução à psicologia do ser. Rio de
Janeiro: Eldorado. (Trabalho original publicado em 1968)
Masuda, M. (2003). Meta-analyses of love scales: Do various love
scales measure the same psychological constructs. Japanese
Psychological Research, 45, 25-37. doi: 10.1111/1468-
5884.00030
Rubin, Z. (1970). Measurement of romantic love. Journal of
Personality and Social Psychology, 16, 265-273.
Rubin, Z. (1973) Liking and Loving. An invitation to Social
Psychology. New York: Holt, Rinehart and Winston, Inc.
Schmid, J., & Leiman, J. N. (1957). The development of hierarchical
factor solutions. Psychometrika, 22, 53-61.
Sternberg, R. J. (1986). A triangular theory of love. Psychological
Review, 93, 119-135. doi:10.1037/0033-295X.93.2.119
Sternberg, R. J. (1988). The Triangle of Love. New York: Basic
Books.
Sternberg, R. J. (1997). Construct validation of a triangular
love scale. European Journal of Psychology, 27, 313-335.
doi:10.1002/(SICI)1099-0992(199705)27:3<313::AIDEJSP824>
3.0.CO;2-4
Sternberg, R. J. (1998). Cupid’s arrow: The course of love through
time. Cambridge: Cambridge University Press.
Sternberg, R. J. (2006). A duplex theory of love. In R. J. Sternberg
& K. Weis (Eds.), The New Psychology of Love (pp.184-199).
New Haven: Yale University Press.
Sternberg, R. J., & Grajek, S. (1984). The nature of love. Journal
of Personality and Social Psychology, 47, 312-329.
Ten Berge, J. M. F., & Kiers, H. A. L. (1991). A numerical approach
to the approximate and the exact minimum rank of a covariance
matrix. Psychometrika, 56, 309-315.
Velicer, W. F. (1976). Determining the number of components from
the matrix of partial correlations. Psychometrika, 41, 321-327.

Downloads

Publicado

2015-11-16

Como Citar

Hernandez, J. A. E. (2015). Evidências de Validade de Construto da Escala de Componentes do Amor. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 31(2), 249–257. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/18113

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)