A Noção de Estrutura na Gestaltpsychologie e na Epistemologia Genética:
Usos e Implicações para a Psicologia
Palavras-chave:
Psicologia, Estrutura, Estruturalismo, Psicologia da Gestalt, Psicologia GenéticaResumo
O presente trabalho expõe uma breve reflexão sobre as formas de apropriação do termo estrutura pela Gestaltpsychologie e pela Epistemologia Genética. Tem como objetivo traçar elementos para uma compreensão sobre o que se fala e a que se aplicam os sentidos do termo em ambas as teorias. Realizar esse percurso é buscar uma compreensão de como teorias e métodos se justificam em seus contextos epistemológicos e ontológicos. Conclui-se que não há uma unidade conceitual que permita generalizar o conceito de estrutura no campo psicológico, e que traçar seu caminho epistemológico auxilia na compreensão das relações, proximidades e diferenças entre os modelos explicativos utilizados e os problemas estudados.
Downloads
Referências
Abreu, L. C., Oliveira, M. A., Carvalho, T. D., Martins, S. R., Gallo,
P. R., & Reis, A. O. A. (2010). A epistemologia genética de
Piaget e o construtivismo. Revista brasileira de crescimento e
desenvolvimento humano, 20, 361-366.
Almeida, M. W. B. (1999). Simetria e entropia: Sobre a noção de
estrutura de Lévi-Strauss. Revista de Antropologia, 42(1-2),
-197. doi:10.1590/S0034-77011999000100010.
Bastide, R. (1971). Usos e sentidos do termo estrutura - nas ciências
humanas e sociais. São Paulo: EdUSP/Herder.
Boudon, R. (1974). Para que serve a noção de estrutura? Rio de
Janeiro: Eldorado.
Cunha, A. G. (2012). Dicionário Etimológico da língua Portuguesa
(4a ed). Rio de Janeiro: Lexikon.
Deleuze, G. (1999). Bergsonismo. São Paulo: Editora 34.
(Originalmente publicado em 1966)
Deleuze, G. (2000). A quoi reconnait-on le structuralisme? In:
Châtelet, F. (2000). Histoire de la Philosophie VIII: Le XX
siècle (pp.299-335). Paris: Hachette. (Originalmente publicado
em 1973)
Devries, R. (1997). Piagt´s social Theory. Educacional Researcher,
(2), 4-17.
Dongo-Montoya, A. O. (2013). Resposta de Piaget a Vygotsky:
convergências e divergências teóricas. Educação & Realidade,
, 271-292. doi: 10.1590/S2175-62362013000100015.
Dosse, F. (1993). História do estruturalismo: O campo do signo.
São Paulo: Ensaio.
Douville, O. (2009). A propos des enjeux contemporains du
structuralisme. Psicologia & Sociedade, 21(spe), 13-25. doi:
1590/S0102-71822009000400004.
Eco, U. (1972). La structure absente. Paris: Mercure de France.
(Originalmente publicado em 1968)
Engelmann, A. (2002). A psicologia da Gestalt e a ciência empírica
contemporânea. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 18, 1-16.
Faria, E. (1991). Dicionário escolar latino-português. Rio de
Janeiro: FAE, Ministério da educação, 6 ed.
Ferreiro, E. (1998). Sobre a necessária coordenação entre
semelhanças e diferenças. In: Castorina, J. A., Ferreiro, E.,
Lerner, D., & Oliveira, M. K. (1998). Piaget-Vygotsky: Novas
contribuições par o debate (5ª ed) (pp. 147-175). São Paulo:
Ática.
Fink, E. (1974). De la phénoménologie. Paris: Éditions de Minuit.
Fortes, I. (2006). Estrutura e temporalidade na psicologia e na
psicanálise. Ágora, IX, pp. 193-206.
Ford, D. H., & Lerner, R. M. (1992). Developmental systems theory.
Thousand Oaks, CA: Sage.
Freitas, J. L. (1999). Orientações para crença acerca do
desenvolvimento moral na percepção de pais de classe média.
(Unpublished master´s thesis) Universidade de Brasília,
Brasília.
Garcia-Roza, L. A. (1974). Psicologia estrutural em Kurt Lewin
(2ª ed). Petrópolis: Vozes.
Holanda, A. F. (2009). Princípios da Gestalt e a teoria da forma. Em:
Tourinho, C., & Sampaio, R. (Org.). Estudos em psicologia:
Uma introdução (pp. 57-81). Rio de Janeiro: Proclama.
Koffka, K. (1975). Princípios de psicologia da Gestalt. São Paulo:
Universidade de São Paulo e Cultrix.
Köhler, W. (1968). Psicologia da Gestalt (A. Cabral, Trans.). Belo
Horizonte: Itatiaia. (Publicado originalmente em 1947)
Lagache, D. (1971). Estrutura em psicologia. In: Bastide, R. (Org.).
Usos e sentidos do termo estrutura - nas ciências humanas e
sociais (pp. 81-82). São Paulo: EdUSP/Herder.
Lajonquière, L. (1997). Piaget: notas para uma teoria construtivista
da inteligência. Psicologia USP, 8(1), 131-142. doi: 10.1590/
S0103-65641997000100008.
Lalande, A. (1999). Vocabulário técnico e crítico da filosofia (3ª ed).
São Paulo: Martins Fontes (originalmente publicado em 1926)
La Taille, Y. (1992). O lugar da interação social na concepção
de Jean Piaget. In: La Taille, Y., Oliveira, M. K., & Dantas,
H. Piaget, Vygotsky, Wallon ”“ Teorias psicogenéticas em
discussão (pp. 11-21). São Paulo: Summus.
Lewin, K. (n.d.). Problemas de dinâmica de Grupo (M. M. Leite,
Trans.). São Paulo: Cultrix.
Lewin, K. (1936). Principles of topological psychology (F., Heider
& G. M. Heider, Trans.). New York: Mc Graw Hill.
Lewin, K. (1948). Resolving social conflicts. New York: Harper
& Brothers.
Merleau-Ponty, M. (1973). Ciências do homem e fenomenologia.
São Paulo: Saraiva.
Merleau-Ponty, M. (1996). Le primat de la perception et ses
conséquences philosophiques. Vendôme: Verdier.
Moscovici, S. (1988). Psychologie sociale (2ª ed). Paris: PUF.
Muller-Granzotto, M. J., & Granzotto, R. L. (2004). Gênese
fenomenológica da noção de Gestalt. Revista do X Encontro
Goiano da Abordagem Gestáltica, pp. 69-82.
Nunes, B. (2011). Gênese e estrutura. Em: Pinheiro, V. S. (Org).
Benedito Nunes: Ensaios Filosóficos (pp. 262-268). São Paulo:
Martins Fontes.
Penna, A. G. (2000). Introdução ao gestaltismo. Rio de Janeiro:
Imago.
Peters, M. (2000). Pós-estruturalismo e filosofia da diferença. Belo
Horizonte: Autêntica.
Piaget, J. (1988). Genèse et structure en psychologie de
l´intelligence. In: Piaget, J. Six études de psychologie (pp.
-210). France: Denoël. (Original publicado em 1964)
Piaget, J. (1968). El estructuralismo. Buenos Aires: Proteo.
Piaget, J. (1991). Psicologia e epistemologia (M. F. Bastos & J. G.
Bastos, Trans.). Lisboa: Dom Quixote. (Original publicado
em 1972)
Rodrigues, A. (1981). Psicologia social. Rio de Janeiro: Vozes.
Sadala, G., & Martinho, M. H. (2011). A estrutura em psicanálise:
Uma enunciação desde Freud. Ágora: Estudos em
Teoria Psicanalítica, 14, 243-258. doi:10.1590/S1516-
Wolff, E. (1971). Uso e significado da palavra “Estrutura” em
biologia. In: Bastide, R. (Org.). Usos e sentidos do termo
estrutura - nas ciências humanas e sociais (pp. 15-20). São
Paulo: EdUSP/Herder.
Wolff, F. (2012). Nossa humanidade: De Aristóteles à s neurociências.
São Paulo: Editora Unesp.