Transição e (in)adaptação ao Lar:

Um estudo qualitativo

Autores

  • Carla Gomes Faria Instituto Politécnico de Viana do Castelo
  • Macedo Peixoto Carmo Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Palavras-chave:

Psicologia do desenvolvimento do adulto e do idoso; transições de vida, Envelhecimento, Transição, Adaptação, Institucionalização em lar, Gerontologia social

Resumo

Um dos contextos de envelhecimento é o lar de idosos, mas pouca atenção tem sido dedicada ao processo de institucionalização, particularmente numa perspectiva desenvolvimental e ecológica. Assim, desenhamos um estudo qualitativo com o objectivo de explorar a experiência de transição e adaptação ao lar de 15 idosos institucionalizados há mais de um ano. Os participantes foram entrevistados e a análise de conteúdo permitiu identificar um tema comum ”“ Vivência da Institucionalização, que integra três domínios: Tomada de decisão, Processo de institucionalização, e Posicionamento face à institucionalização. Os resultados sugerem que a institucionalização constitui uma transição que nem sempre resulta em adaptação e que o envolvimento do idoso na tomada de decisão e as características ambientais são fundamentais neste processo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Alcântara, A. O. (2004). Velhos institucionalizados e família: entre
abafo e desabafos. Campinas: EditoraAlínea.
Baltes, P. B., Lindenberger, U., & Staudinger, U. M. (2006).
Lifespan theory in developmental psychology. In W. Damon
(Series Ed.) & R. M. Lerner (Vol. Ed.), Handbook of child
psychology: Theoretical models of human development (pp.
234-256.). New York: Wiley.
Barenys, M. P. (1990). Residencias de Ancianos - Análisis
Sociológica. Barcelona: Fundacion Caixa de Pensions.
Brammer, L., & Arengo, P. (1981). Intervention strategies for coping
With transition. The Counseling psycology, 9(2), 19-36.
Bula, L. C., Mediondo, Z. M. (2004). Velhice, dependência e vida
cotidiana institucional. In I. A. Cortelleti, M.B. Casara, V. B.
M. Herédia (Eds.), Idoso asilado: um estudo gerontológico
(pp. 87-97). Porto Alegre: Edipucrs.
Carp, F. & Carp. A. (1984). A complementary/congruence model
of well-being or mental health for community elderly In I.
Alteman, J. Wohlwill& M. Lawton (Eds.), Elderly people and
the environment (pp. 87-98). New York: Plenum Press.
Creswell, J. (2009). Research design: Qualitative, qualitative and
mixed methods approaches. Londres: Sage.
Felner, R., Farber, S., & Primavera, J. (1983). Transitions and
stressful life events: A model for primary prevention. In R.
Felner, S. Farber & J. Primavera (Eds.), Preventive psychology
(pp. 123-135). Nova York: Pergamon Press.
Ferreira, M. L. M. (2003). Memória e velhice: do lugar da
lembrança. In M. Barros (Ed.), Velhice ou terceira idade?
Estudos antropológicos sobre identidade, memoria e política
(pp. 236). Rio de Janeiro: Editora.
Gill, T. M., Robinson, J. T. Willams, C.S. & Tinetti, M. E. (1999).
Mismatches between the home environment and physical
capabilities among community-living older persons. Journal
of the American Geritric Society, 47(I), 88-92.
Goffman, E. (1996). Manicómios, prisões e conventos. S. Paulo:
Perspectiva.
Graeff, L. (2007). Instituições totais e a questão asilar -
Uma abordagem compreensiva: Estudo interdisciplinar
envelhecimento. Porto Alegre: Editora.
Groger, L. (1995). A nursing home can be home. Journal of Ageing
Studies, 9, 2, 137-153.
Guedes, J. (2008, junho). Desafios identitários associados ao
internamento em lar. Atas do V Congresso Português de
Sociologia, 339, 2-12.
Kahana, E., Liang, J.,&Felton, B. (1980). Alternative models of
person-environment fit: predictions of morale in three homes
for the aged. Journal of Gerontology, 35, 584-595.
Lawton, M.P., & Nahemow, L. (1973). Ecology and the aging
process. In C. Eisdorfer& M.P. Lawton (Eds.), Psychology
of adult development and aging (pp. 619-624). Washington:
American Psychological Association.
Lawton, M. P. (1975). The Philadelphia Geriatric Center Morale
Scale: a revision. Journal of Gerontology, 30, 85-89.
Lawton, M. P. (1977). The impact of the environment on aging and
behavior. In J. E. Birren& K. W Schaie (Eds.), New dimensions
in environmental design research (pp. 276-301). New York:
Van Nostrand Reinhold.
Lawton, M. P.(1989). Measuring caregiving appraisal. Journal of
Gerontology: Psychological Sciences, 44, 61-71.
Paúl, C. (2005). Envelhecimento e Ambiente. In L. Soczka (Ed.),
Contextos humanos e psicologia ambiental (pp. 247-268).
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Pimentel, L. (2001). O lugar do idoso na familia: contextos e
trajectorias. Coimbra: Quarteto.
Reed, J., Cook, G., Sullivan, A., &Burridge, C. (2003). Making a
move: care home residents experiences of relocation. Ageing
and Society, 23, 225-241.
Santini, R. E. (2000). Operfil do idoso na sua unidade domestica ”“ o
Caso de Viçosa. (Unpublished master´s thesis) Universidade
Federal de Viçosa, Viçosa, Brasil.
Schlossberg, N. (1981). A model for analyzing human adaptation to
transition. The Counseling Psychologist, 9,(2), 2-18.
Schlossberg, N., Water, E., & Goodman, J. (1995). Counseling
adults in transition - Linking practice with theroy. Nova
Yorque: Springer.
Sousa, L., Figueiredo, D., & Cerqueira, M. (2004). Envelhecer
em familia: Os cuidados familiares na velhice. Porto: Ambar.
Wenger, G. (2001). Interviewing old people. In J. F. Gubrium& J.
A. Holstein (Eds.), Handbook of interview research: Context
and method (pp. 259-2278). London: Sage.

Downloads

Publicado

2016-02-22

Como Citar

Faria, C. G., & Carmo, M. P. (2016). Transição e (in)adaptação ao Lar:: Um estudo qualitativo. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 31(4), 435–442. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/18055