Percepções e Práticas dos Profissionais da Atenção Primária à Saúde na Abordagem sobre Drogas

Autores

  • Tamires Jordão Laport Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Pedro Henrique Antunes da Costa Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Daniela Cristina Belchior Mota Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Telmo Mota Ronzani Universidade Federal de Juiz de Fora

Palavras-chave:

Droga (uso), Prevenção, Prevenção do abuso de drogas, Atenção primária à saúde, Saúde pública

Resumo

Este estudo teve como objetivo analisar as percepções dos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) em relação às práticas de prevenção e à abordagem ao usuário de álcool e outras drogas, levantando desafios e possibilidades da APS. Através de grupos focais, participaram 18 profissionais da APS de um município de pequeno/médio porte do estado de Minas Gerais, Brasil. Os resultados sugerem que há um discurso a favor das práticas preventivas, mas enfoque no curativismo; limitada participação dos usuários nas atividades preventivas; dificuldade na abordagem aos usuários de drogas; sobrecarga de trabalho; ausência de engajamento dos médicos; cobertura assistencial insuficiente; falta de suporte da gestão, entre outros fatores que obstaculizam o desenvolvimento das ações preventivas e interferem na abordagem aos usuários de drogas.

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Publicado

2016-05-24

Como Citar

Laport, T. J., Costa, P. H. A. da, Mota, D. C. B., & Ronzani, T. M. (2016). Percepções e Práticas dos Profissionais da Atenção Primária à Saúde na Abordagem sobre Drogas. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 32(1). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/18038

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