Enxaqueca e Estresse em Mulheres no Contexto da Atenção Primária

Autores

  • Luciana Leonetti Correia Universidade Federal da Grande Dourados
  • Maria Beatriz Martins Linhares Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP Laboratório de Pesquisa em Prevenção de Problemas de Desenvolvimento e Comportamento da Criança

Palavras-chave:

Psicologia; Psicologia da Saúde, Enxaqueca, Estresse, Mulheres

Resumo

O presente estudo teve por objetivo verificar a associação entre enxaqueca e estresse em mulheres, assim como examinar o melhor modelo de predição da enxaqueca, considerando variáveis pessoais e do contexto ambiental. A enxaqueca foi identificada pelo Teste de Cefaléia em 75 mulheres sem antecedentes psiquiátricos. O estresse foi avaliado por meio do Inventário de Sintomas de Stress para adultos. Paralelamente, foram avaliados: eventos vitais, nível sócioeconômico e características da amostra. Verificou-se que 55% das mulheres apresentaram enxaqueca e 59% sintomas de estresse. O modelo de predição identificou que o estresse foi o único preditor da enxaqueca em mulheres. Os achados mostram associação entre enxaqueca e estresse, a qual precisa ser levada em conta na assistência à saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Annequin, D., Tourniaire, B., & Massiou, H. (2000). Migraine and
headache in childhood and adolescence. Pediatric Clinics of
North America, 47(3), 617-631.
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP)
(2013). Critério padrão da classificação econômica
Brasil/2013. Retrieved from http://www.abep.org/novo/
Content.aspx?ContentID=835.
Aromaa, M., Rautava, P., Helenius, H., & Sillanpää, M. L. (1998).
Factors of early life as predictors of headache in children at
school entry. Headache, 38, 23-30.
Barr, R. (1994). Pain experiences in children: Developmental and
clinical characteristics. In P. D. Wall, & R. Melzack (Eds.),
Textbook of pain (3a ed., pp. 739-765). Edinburgh: Churchill.
Bosco, A. (2006). Cefaléia em crianças- Sinal de vulnerabilidade
ao stress: Estudo comparativo em dois hospitais públicos.
(Unpublished doctoral dissertation). Universidade Estadual
de Campinas, Campinas.
Bugdayci, R., Ozge, A., Sasmaz, T., Kurt, A.O., Kaleagasi, H.,
Karakelle, A., . . . Siva, A. (2005). Prevalence and factors
affecting headache in Turkish schoolchildren. Pediatrics
International, 47, 316- 322.
Campo, J. V., Comer, D. M., Jansen-Mcwilliams, L., Gardner, W.,
& Kelleher, K. J. (2002). Recurrent pain, emotional distress,
and health service use in childhood. The Journal of Pediatrics,
141, 76-83.
Cathcart, S., Winefield, A.H., Lushington, K., & Rolan, P. (2010).
Stress and tension-type headache mechanisms. Cephalalgia,
30(10), 1250-1267.
Del Ben, C. M. (1995). Estudo da confiabilidade do diagnóstico
psiquiátrico obtido através da Entrevista Clínica Estruturada
para o DSM-III-R (SCID) em serviço ambulatorial de um
hospital escola. (Unpublished master’s thesis). Universidade
de São Paulo, Ribeirão Preto.
Domingues, R. B., Aquino, C. C. H, Santos, J. G., Silva, A. L. P.,
& Kuster, G. W. (2006). Prevalence and impact of headache
and migraine among pomeranians in Espírito Santo, Brazil.
Arquivos de Neuropsiquiatria, 64(4), 954- 957.
Fearon, P., & Hotopf, M. (2001). Relation between headache in
childhood and physical and psychiatric symptoms in adulthood:
National birth cohort study. British Medical Journal, 322(12),
1-6.
Fernandes, L. C. (2004). Estudo epidemiológico populacional
da prevalência de cefaléia na cidade de Ribeirão Preto.
(Unpublished master’s thesis). Universidade de São Paulo,
Ribeirão Preto.
Galego, J. C. B. (2006). Cefaléia crônica diária: Classificação,
estresse e impacto sobre a qualidade de vida. (Unpublished
doctoral dissertation). Faculdade de Medicina de São José do
Rio Preto, São José do Rio Preto.
Göbel, H. (2001). Classification of headaches. Cephalalgia, 21,
770- 773.
Guidetti, V., & Galli, F. (1998). Evolution of headache in childhood
and adolescence: An 8- year follow-up. Cephalalgia, 18(7),
449-454.
Headache classification subcommittee of the International Headache
Society. The International classification of headache disorders.
(2004). Cephalalgia, 24(suppl 1), 9-160.
Holmes, T. H., & Rahe, R. (1967). The Social Readjustment Rating
Scale. Journal of Psychosomatic Research, 11, 213-218.
International Headache Society (2008). The classification. Retrieved
from http://www.i-h-s.org/
Kanner, A. D., Coyne, J. C., Schaefer, C., & Lazarus, R. S.
(1981). Comparison of two models of stress measurement:
Daily hassles and uplifts versus major life events. Journal of
Behavioral Medicine, 4, 1-39.
Karwautz, A., Wober-Bingol, C., & Wober, C. (1993). Idiopathic
headache in childhood and adolescence. Journal: Nervenarzt,
64 (12), 753-765.
Kienbacher, C., Wöber, C., Zesch, H. E., Hafferl-Gattermayer,
A., Posch, M., Karwautz, A., . . . Wöber-Bingöl, Ç. (2006).
Clinical features, classification and prognosis of migraine and
tension-type headache in children and adolescents: a long-term
follow-up study. Cephalalgia, 26(7), 820-830.
Krymchantowski, A. V. (2008). Condutas em cefaléia: Avaliação e
tratamento. São Paulo: Lippincott Williams & Wilkins.
Lazarus, R., & Folkman, S. (1984). Stress, appraisal and coping.
New York: Springer.
Lipp, M. E. N. (2000). Inventário de sintomas de stress para adultos
de Lipp (ISSL). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Lipp, M. E. N. (Ed.) (2004). Stress no Brasil: Pesquisas avançadas.
Campinas: Papirus.
Lipp, M. E. N. (2005). Stress e o turbilhão da raiva. São Paulo:
Casa do Psicólogo.
Lipp, M. E. N., Malagris, L. E. N., & Novais, L. N. (2007). Stress
ao longo da vida. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Lipp, M. E. N., & Malagris, L. E. N. (2001). Stress: Aspectos
históricos, teóricos e clínicos. In B. Rangé (Ed.), Psicoterapia
cognitivo-comportamentais: Um diálogo com a psiquiatria.
(pp. 475-490). Porto Alegre: Ed. Artmed.
Mascella, V. (2011). Stress, sintomas de ansiedade e depressão na
migrânea e cefaléia tensional. (Unpublished master’s thesis).
Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas.
Nobre, M. E. (2006). Cefaléia em salvas. São Paulo: Lemos
Editorial.
Organização Mundial de Saúde (2006). Benefits of physical activity.
Retrieved from http://www.who.int/mediacentre/factsheets/
fs277/en/.
Puccini, R. F., & Bresolin, A. M. B. (2003). Dores recorrentes na
infância e adolescência. Jornal de Pediatria, 79(1), 65-76.
Queiroz, L. P., Barea, L. M., & Blank, N. (2006). An epidemiological
study of headache in Florianópolis, Brazil. Cephalalgia, 26,
122-127.
Queiroz, L. P., Peres, M. F., Piovesan, E. J., Kowacs, F., Ciciarelli,
M. C., Souza, J. A., & Zukerman, E. (2009). A nationwide
population-based study of tension-type headache in Brazil.
Headache, 49(1), 71-78.
Rasmussen, B. K. (2001). Epidemiologia da cefaléia. Cephalalgia,
21, 774- 777.
Savoia, M. G. (1999). Escalas de eventos vitais e de estratégias de
enfrentamento. Revista de Psiquiatria Clínica, 26(2), 57-67.
Selye, H. A. (1952). The story of the adaptation syndrome. Montreal:
Act Inc Med. Publ.
Soares, N. E., & Fernandes, L. M. (1989). A medida do nível
sócio- econômico cultural. Arquivos Brasileiro de Psicologia,
41(2), 35-43.
Speciali, J. G. (2003). Entendendo a enxaqueca. Ribeirão Preto:
FUNPEC Editora.
Spitzer, R. L., Williams, J. R., Gibbon, M., & First, M. B. (1989).
Instruction manual for the structured clinical interview for
DSM III ”“ R (SCID, 5/11/89 Revision). Biometrics Research
Department. New York State Psychiatric Institute.
Stewart, W. F., Lipton, R. B., Celentano, D. D., & Reed, M. L.
(1992). Prevalence of migraine headache in the United States:
Relation to age, income, race, and other socio demographic
factors. The Journal of the American Medical Association,
267(1), 64-69.
Stewart, W. F., Simon, D., Schechter, A., & Lipton, R. B. (1995).
Population variation in migraine prevalence: A meta-analysis.
Journal of Clinical Epidemiology, 48(2), 269-280.
Stovner, L. J., Hagen, K., Jensen, R., Katsarava, Z., Lipton, R.,
Scher, A., . . . Zwart, J. A. (2007). The global burden of
headache: A documentation of headache prevalence and
disability worldwide. Cephalalgia, 27, 193”“210.
Tanganelli, M. L. S. (2000). Mulher chefe de família: Perfil, estudo
e tratamento do stress. (Unpublished doctoral dissertation).
Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas.

Downloads

Publicado

2014-07-21

Como Citar

Correia, L. L., & Linhares, M. B. M. (2014). Enxaqueca e Estresse em Mulheres no Contexto da Atenção Primária. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 30(2), 145–152. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17641

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)