Acolhimento Precoce e o Vínculo na Institucionalização

Autores

  • Gabriela Golin Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
  • Silvia Pereira da Cruz Benetti Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS

Palavras-chave:

Psicologia do Desenvolvimento, Acolhimento precoce, Crianças abrigadas, Interação, Vínculo

Resumo

Este artigo propõe a análise das demandas psicológicas de três meninos, com idades entre um e dois anos, abrigados em uma instituição localizada no estado do Rio Grande do Sul. Para a coleta dos dados, aplicou-se aos cuidadores principais uma entrevista de transtorno do apego. Após, realizaram-se observações dos meninos e de seus cuidadores por meio de uma inspiração do Método Bick de Observação. Também foram acessados os dados disponíveis da sua história de vida e realizada uma entrevista não estruturada com esses profissionais, responsáveis por elas. Concluiu-se que, em virtude da busca ativa dessas crianças pelos cuidadores, faz-se necessário o seu amparo emocional constante, visando o estabelecimento de interações privilegiadas e sensíveis, a partir da interação com seus cuidadores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ainsworth, M. D. (1982). Attachment: retrospect and prospect. In C. M. Parkes, & J. S. Hinde (Eds.), The place of attachment in human behavior (pp. 03-30). Nova York: Basic Books.
Appell, G. (1997). Que tipo de observação usar para acompanhar uma criança pequena em coletividade. In M. B. Lacroix, & M. Monmayrant (Eds.), Os laços do encantamento: A observação de bebês, segundo Esther Bick, e suas aplicações (pp. 79-85). Porto Alegre: Artes Médicas.
Barros, R. C., & Fiamenghi Jr., G. A. (2007). Interações afetivas de crianças abrigadas: Um estudo etnográfico. Ciência & Saúde Coletiva, 12, 1267-1276.
Bick, E. (2002). Notes on infant observation in psychoanalytic training. In A. Briggs (Ed.), Surviving Space: papers on infant observation (pp. 37-54). Londres: Karnac. (Originalmente publicado em 1964)
Bowlby, J. (2002). Apego: A natureza do vínculo. São Paulo: Martins Fontes. (Originalmente publicado em 1969).
Bowlby, J. (2004). Separação: Angústia e raiva (vol. 2, Trilogia Apego e Perda). São Paulo: Martins Fontes. (Originalmente publicado em 1973)
Bowlby, J. (2006). Cuidados maternos e saúde mental (5ª ed). São Paulo: Martins Fontes. (Originalmente publicado em 1976)
Burlingham, D., & Freud, A. (1960). Meninos sem lar. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura. (Originalmente publicado em 1954)
David, M., & Appell, G. (1964). Etude des facteurs de carence affective dans une pouponnière. Psychiatrie de I´enfant, 4, 401-442.
Fonagy, P. (2000). Apegos patológicos y acción terapêutica. Revista de Psicoanálisis, 4, 1-12.
Gauthier, Y., Fortin, G., & Jéliu, G. (2004). Applications cliniques de la théorie de l’attachement puor les enfants em famille d’accueil: Importance de la continuité. Médicine e Hygiène Devenir, 16, 109-139.
Howe, D. (2003). Attachment disorders: Disinhibited attachment behaviours and secure base distortions with special reference to adapted children. Attachment and Human Development, 5, 265-270.
Main, M., & Hesse, E. (1990). Parent’s unresolved traumatic experiences are related to infant disorganized attachment status: Is frightened parental behavior the linking mechanism? In M. Greenberg, D. Cichetti, & M. Cummings (Eds.), Attachment in the preschool years: Theory, research and intervention (pp. 161-182). Chicago: University Press.
Nogueira, P., & Costa, L. F. (2005). Mãe Social: Profissão? Função materna? Estilos da Clínica, 10(9), 162-181.
Parreira, S. M. C. P., & Justo, J. S. (2005). A criança abrigada: Considerações acerca do sentido da filiação. Revista Psicologia e Estudo, 10, 175-180.
Piccinini, C.A., Alvarenga, P., & Frizzo, G. (2007). Responsividade como foco de análise da interação mãe-bebê e pai-bebê. In C. A. Piccinini & M. L. Seidl de Moura (Eds.), Observando a interação pais-bebê-criança (pp.131-153). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Ribas, A., & Moura, M. (2004). Responsividade materna e teoria do apego: Uma discussão crítica do papel de estudos transculturais. Psicologia: Reflexão e Crítica, 17, 315-322.
Robertson, J. (1953). Some responses of young children to the loss of maternal care. Nursing Times, 18, 382-387.
Rygaard, N. P. (2008). El niño abandonado: Guía para el tratamiento de los transtornos del apego. Barcelona: Gedisa.
Siqueira, L. A., & Andriatte, A. M. (2001). Um estudo observacional sobre o vínculo afetivo de bebês abrigados em instituições. Boletim de Iniciação Científica em Psicologia, 2, 08-25.
Smyke, A. T., & Zeanah, C. H. (1999). Disturbances of attachment interview. New Orleans: Tulane University School of Medicine.
Smyke, A. T., Dumitrescu, A., & Zeanah, C. H. (2002). Attachment disturbances in young children I: The continuum of caretaking causality. Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, 41, 972-982.
Vectore, C., & Carvalho, C. (2008). Um olhar sobre o abrigamento: A importância dos vínculos em contexto de abrigo. Psicologia Escolar e Educacional, 12(2), 01-14.
Wendland, J. (2001). A abordagem clínica das interações pais-bebê: Perspectivas teóricas e metodológicas. Psicologia: Reflexão e Crítica, 14, 45-56.
Wendland, J., & Gaugue-Finot, J. (2008). Le développement du sentiment d’affiliation des enfants placés en famille d’accueil pendant ou après leur petite enfance. Médicine et Hygiène, 20, 319-345.
Winnicott, D. (1975). O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1971)
Winnicott, D. (2001). A família e o desenvolvimento individual. São Paulo: Martins Fontes. (Originalmente publicado em 1965)
Winnicott, D. (2002). Privação e Delinquência. São Paulo: Martins Fontes (Originalmente publicado em 1984)
Winnicott, D. (2007). O ambiente e os processos de maturação: Estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Porto Alegre: Artmed. (Originalmente publicado em 1979)
Yin, R. K. (2005). Estudo de caso: Planejamento e métodos (3ª ed.). Porto Alegre: Bookman.

Downloads

Publicado

2013-10-16

Como Citar

Golin, G., & Benetti, S. P. da C. (2013). Acolhimento Precoce e o Vínculo na Institucionalização. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 29(3), 241–248. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17611

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)