Perícia psicológica no abuso sexual de crianças e adolescentes

Autores

  • Luiziana Souto Schaefer Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Silvana Rossetto Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Christian Haag Kristensen Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Ciências Humanas; Psicologia; Avaliação psicológica, Violência contra crianças e adolescentes, Abuso sexual, Perícia psicológica

Resumo

Ao mesmo tempo em que denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes são cada vez mais frequentes, implicando em medidas protetivas urgentes para as vítimas e punições para os perpetradores, também são crescentes os casos de falsas denúncias. Este artigo teve como principal objetivo discutir, através de revisão crítica da literatura, o papel da perícia psicológica no abuso sexual infanto-juvenil. Constatou-se que, na comum inexistência de vestígios físicos, uma avaliação psicológica abrangente demonstra-se imprescindível, devendo integrar diferentes fontes de informação e indicadores, já que alguns destes são contraditórios e inespecíficos. O perito deve possuir formação na área de atuação e conhecimentos sobre a legislação vigente, além de assegurar que a avaliação não se torne um elemento abusivo para o periciado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Arantes, E. M. M. (2005). Pensando a Psicologia aplicada à Justiça. In H. S. Gonçalves, & E. P. Brandão (Eds.), Psicologia Jurídica no Brasil (pp. 15-49). Rio de Janeiro: Nau.
Azambuja, M. R. F. (2004). Violência Sexual Intrafamiliar: é possível proteger a criança? Porto Alegre: Livraria do Advogado.
Banyard, V. L., Williams, L. M., & Siegel, J. A. (2004). Childhood sexual abuse: a gender perspective on context and consequences. Child Maltreatment, 9(3), 223-238.
Belli, R. F., & Loftus, E. F. (1995). The pliability of autobiographical memory: misinformation and the false memory problem. In D. C. Rubin (Ed.), Remembering our past: studies in autobiographical memory. Cambridge: Cambridge University Press.
Benfica, F. S., & Vaz, M. (2008). Medicina Legal. Porto Alegre: Livraria do Advogado.
Brandão, E. P. (2005). A interlocução com o Direito à luz das práticas psicológicas em Varas de Família. In H. S. Gonçalves & E. P. Brandão (Eds.), Psicologia Jurídica no Brasil (pp. 51-97). Rio de Janeiro: Nau.
Brasil (1941). Decreto-lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Diário Oficial da União, Brasília (DF).
Brasil (1990). Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Diário Oficial da União, Brasília (DF).
Brasil (2008). Lei nº 11.690, de 9 de junho de 2008. Altera dispositivos do Decreto-Lei no 3.689 , de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, relativos à prova, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília (DF).
Braun, S. A. (2002). A violência sexual infantil na família: do silêncio à revelação. Porto Alegre: Age.
Briere, J., & Elliot, D. M. (2003). Prevalence and psychological sequel of self-reported childhood physical and sexual abuse in a general population sample of men and women. Child Abuse & Neglect, 27(10), 1205-1222.
Browne, A., & Finkelhor, D. (1986). Impact of child sexual abuse: a review of the research. Psychological Bulletin, 99, 66-77.
Caminha, R. M. (2000). A violência e seus danos à criança e ao adolescente. In AMENCAR (Ed.), Violência Doméstica (pp. 43-60). Brasília: UNICEF.
Cantera, L. (2007). Casais e violência: um enfoque além do gênero. Porto Alegre: Dom Quixote.
Ceci, S., & Huffman, M. L. C. (1997). How suggestible are preschool children? Cognitive and social factors. Journal by the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, 36(7), 948-958.
Cesca, T. B. (2004). O papel do psicólogo jurídico na violência intrafamiliar: possíveis articulações. Psicologia & Sociedade, 16(3), 41-46.
Chartier, M. J., Walker, J. R., & Naimark, B. (2010). Separate and cumulative effects of adverse childhood experiences in predicting adult health and health care utilization. Child Abuse & Neglect, 34, 454-464.
Cicchetti, D., & Toth, S. L. (2005). Child maltreatment. Annual Review of Clinical Psychology, 1, 409-438.
Cohen, C. (2006). O profissional de saúde mental no tribunal. In C. Cohen, M. Segre, & F. C. Ferraz (Eds.), Saúde mental, crime e justiça (2a. ed.) (pp. 239-246). São Paulo: Edusp.
Cohen, J. A., & Mannarino, A. P. (2000). Predictors of treatment outcome in sexually abused children. Child Abuse & Neglect, 24(7), 983-994.
Collin-Vézina, D., & Hébert, M. (2005). Comparing dissociation and PTSD in sexually abused school-aged girls. Journal of Nervous and Mental Disease, 193(1), 47-52.
Conselho Federal de Psicologia (2003). Resolução CFP 007/2003.
Conselho Federal de Psicologia (2010). Resolução CFP 010/2010.
Daltoé Cezar, J. A. (2007). A inquirição de crianças vítimas de abuso sexual em juízo. In M. B. Dias (Ed.), Incesto e alienação parental: realidades que a Justiça insiste em não ver (pp. 169-186). São Paulo: Editora Revista dos Tribunais.
Dobke, V. (2001). Abuso sexual: A inquirição das crianças, uma abordagem interdisciplinar. Porto Alegre: Ricardo Lenz.
Dorea, L. E. C., Stumvoll V. P. E., & Quintela, V. (2005). Criminalística (3a. ed.). Campinas: Millenium.
Echeburúa, E., & Subijana, I. J. (2008). Guía de buena práctica psicológica en el tratamiento judicial de los niños abusados sexualmente. Int J Clin Health Psychol, 8(3), 733-749.
Ehlers, A., Mayou, R. A., & Bryant, B. (2003). Cognitive predictors of posttraumatic stress disorder. Behaviour Research and Therapy, 38(4), 319-345.
Faller, K. C. (2003). Understanding and assessing child sexual maltreatment (2a. ed.). Thousand Oaks, CA: Sage.
Felix, L. da F., & Pergher, G. K. (2010). Memória em julgamento: Técnicas de entrevista para minimizar as falsas memórias. In L. M. Stein (Ed.), Falsas memórias: Fundamentos científicos e suas aplicações clínicas e jurídicas (pp. 209-227). Porto Alegre: Artmed.
Fergusson, D. M., Bolden, J. M., & Horwood, L. J. (2008). Exposure to childhood sexual and physical abuse and adjustment in early adulthood. Child Abuse & Neglect, 32, 607-619.
Finkelhor, D., Ormrod, R., Turner, H., & Hamby, S. L. (2005). The victimization of children and youth: a comprehensive, national survey. Child Maltreatment, 10, 5-25.
Finnilä-Tuohimaa, K., Santtila, P., Sainio, M., Niemi, P., & Sandnabba, K. (2009). Expert judgment in cases of alleged child sexual abuse: clinicians’ sensitivity to suggestive influences, pre-existing beliefs and base rate estimates. Scandinavian Journal of Psychology, 50, 129-142.
Flores, R. Z., Kristensen, C. H., & Salzano, F. M. (1998). Definir e medir o que são abusos sexuais. In M. de F. Pinto Leal & M. A. César (Eds.), Indicadores de violência intra-familiar e exploração sexual comercial de crianças e adolescentes (pp. 39-55). Brasília: Cese/Ministério da Justiça.
Fontes, L. A. (1993). Considering culture and oppression: steps toward an ecology of sexual child abuse. Journal of Feminist Family Therapy, 5, 25-54.
Fortes, M. G. C., Scheffer, M. S., & Kapczinsky, N. S. (2007). Elementos indicativos de abuso sexual na infância obtidos pelo método Rorschach. Revista HCPA, 27(3), 5-12.
Friedrich, W. N. (2001). Psychological assessment of sexually abused children and their families. Thousand Oaks, CA: Sage.
Fröner, J. P., & Ramires, V. R. R. (2008). Escuta de crianças vítimas de abuso sexual no âmbito jurídico: Uma revisão crítica da literatura. Padéia, 18(40), 267-278.
Fröner, J. P., & Ramires, V. R. R. (2009). A escuta de crianças vítimas de abuso sexual intrafamiliar na concepção de profissionais que atuam no âmbito do Judiciário. Psicologia em Revista, 15(3), 60-81.
Furniss, T. (1993). Abuso sexual da criança: Uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artes Médicas.
Gardner, R. (2002). Parental alienation syndrome vs. parental alienation: Which diagnosis should evaluators use in child-custody disputes? American Journal of Family Therapy, 30, 93-115.
Garven, S., Wood, J. M., Malpass, R. S., & Shaw, J. S. (1998). More than suggestion: The effect of interviewing techniques from the McMartin preschool case. Journal of Applied Psychology, 83, 347-359.
Gerko, K., Hughes, M. L., Hamil, M., & Waller, G. (2005). Reported childhood sexual abuse and eating-disordered cognitions and behavior. Child Abuse & Neglect, 29 (4), 375-382.
Gonçalves, H. S. (2005). Violência contra a criança e o adolescente. In H. S. Gonçalves & E. P. Brandão (Eds.), Psicologia Jurídica no Brasil (pp. 277-307). Rio de Janeiro: Nau.
Guazzelli, M. (2007). A falsa denúncia de abuso sexual. In M. B. Dias (Ed.), Incesto e alienação parental: Realidades que a Justiça insiste em não ver (pp. 112-139). São Paulo: Editora Revista dos Tribunais.
Habigzang, L. F., & Caminha, R. M. (2004). Abuso sexual contra crianças e adolescentes: conceituação e intervenção clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Habigzang, L. F., Corte, F. D., Hatzenberguer, R., Stroeher, F., & Koller, S. H. (2008). Avaliação psicológica em casos de abuso sexual na infância e adolescência. Psicologia: Reflexão e Crítica, 21(2), 338-344.
Habigzang, L. F., Koller, S., Azevedo, G., & Machado, P. (2005). Abuso sexual infantil e dinâmica familiar: Aspectos observados em processos jurídicos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 21(3), 341-348.
Habigzang, L. F., Ramos, M. S., & Koller, S. (2011). A revelação de abuso sexual: As medidas adotadas pela rede de apoio. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 27(4), 467-473.
Heilbrun, K., Marczyk, G. R., DeMatteo, D., Zillmer, E. A., Harris, J., & Jennings, T. (2003). Principles of forensic mental health assessment: Implications for neuropsychological assessment in forensic contexts. Assessment, 10(4), 329-343.
Heiman, M. L. (1992). Putting the puzzle together: Validating allegations of child sexual abuse. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 33, 311-329.
Herman, S. (2005). Improving decision making in forensic child sexual abuse evaluations. Law and Human Behavior, 29(1), 87-120.
Herman, S. (2010). The role of corroborative evidence in child sexual abuse evaluations. Journal of Investigative Psychology and Offender Profiling, 7, 189-212.
Hershkowitz, I., & Terner, A. (2007). The effects of repeated interviewing on children’s forensic statements of sexual abuse. Applied Cognitive Psychology, 21, 1131-1143.
Kellog, N. D., & Menard, S. W. (2003). Violence among family members of children and adolescents evaluated for sexual abuse. Child Abuse & Neglect, 27, 1367-1376.
Koller, S. H. (1999). Violência doméstica: uma visão ecológica. In AMENCAR (Ed.), Violência doméstica (pp. 32-42). Brasília: UNICEF.
Kristensen, C. H. (1996). Abuso sexual em meninos. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Kristensen, C. H. (2009). Transtorno de Estresse Pós-Traumático. In V. G. Haase, F. O. Ferreira, & F. J. Penna (Eds.), Aspectos biopsicossociais da saúde na infância e adolescência (pp. 259-272). Belo Horizonte: Coopmed.
Kristensen, C. H., Flores, R. Z., & Gomes, W. B. (2003). Revelar ou não revelar: Uma abordagem fenomenológica do abuso sexual com crianças. In M. A. T. Bruns & A. F. Holanda (Eds.), Psicologia e pesquisa fenomenológica: reflexões e perspectivas (pp. 111-142). São Paulo: Ômega.
Kristensen, C. H., Oliveira, M. S., & Flores, R. Z. (1999). Violência contra crianças e adolescentes na Grande Porto Alegre: pode piorar? In AMENCAR (Ed), Violência doméstica (pp. 104-117). São Leopoldo.
Kristensen, C. H., & Schaefer, L. S. (2009). Maus-tratos na infância e adolescência. In I. M. C. C. de SOUZA (Ed.), Parentalidade: Análise psicojurídica (pp. 183-208). Curitiba: Juruá.
Laks, J., Werner, J., & Miranda-Sá Jr. L. S. de. (2006). Psiquiatria forense e Direitos Humanos nos pólos da vida: Crianças, adolescentes e idosos. Revista Brasileira de Psiquiatria, 28(supl. II), s80-5.
Leon, I. A. (2001). Violencia y sexualidad. Habana: Editorial Nuevo Milênio.
Lippert, T., Cross, T. P., Jones, L., & Walsh, W. (2009). Telling interviewers about sexual abuse: Predictors of child disclosure at forensic interviews. Child Maltreatment, 14(1), 100-113.
Magalhães, T., & Ribeiro, C. (2007). A colheita de informações a vítimas de crimes sexuais. Acta Med Port, 20, 439-445.
Magalhães, T., Souza, M. J. C. de, Silva, A. G. da, Costa, D. P. da., Grams, A. C., Ribeiro, C., Gonzalez, R., & Costa, J. P. da. (1998). Child sexual abuse: a preliminary study. Journal of Clinical Medicine, 111(5), 1-7.
Meyerson, L. A., Long, P., Miranda Jr., R., & Marx, B. P. (2002). The influence of childhood sexual abuse, physical abuse, family environment, and gender on the psychological adjustment of adolescents. Child Abuse & Neglect, 26, 387-405.
Nurcombe, B. (2000). Child sexual abuse I: Psychopathology. Australian and New Zealand Journal of Psychiatry, 34(1), 85-91.
Pfeiffer, L., & Salvagni, E. P. (2005). Visão atual do abuso sexual na infância e adolescência. Jornal de Pediatria, 81(5), 197-204.
Polanczyck, G., Zavaschi, M. L., Benetti, S. P. C., Zenker, R., & Gammerman, P. (2003). Violência sexual e sua prevalência em adolescentes de Porto Alegre, Brasil. Revista de Saúde Pública, 37(1), 8-14.
Rodrigues, R. B. (2004). Avaliação e testagem psicológica no campo pericial. In L. C. I. Coronel (Ed.), Psiquiatria Legal: Informações científicas para o leigo (pp. 148-150). Porto Alegre: Conceito.
Rovinski, S. (2007). Fundamentos da perícia psicológica forense. São Paulo: Vetor.
Santos, E. P. S. (2005). (Des)Construindo a ‘menoridade’: uma análise crítica sobre o papel da psicologia na produção da categoria “menor”. In H. S. Gonçalves & E. P. Brandão (Eds.), Psicologia Jurídica no Brasil (pp. 205-248). Rio de Janeiro: Nau.
Saywitz, K. J., Mannarino, A. P., Berliner, L., & Cohen, J. A. (2000). Treatment for sexually abused children and adolescents. American Psychologist, 55(9), 1040-1049.
Schreiber, E. (2001). Os direitos fundamentais da criança na violência intrafamiliar. Porto Alegre: Ricardo Lenz.
Shore, A. N. (2002). Dysregulation of the right brain: a fundamental mechanism of traumatic attachment and psychopathogenisis of posttraumatic stress disorder. Australian and New Zealand Journal of Psychiatry, 36(1), 9-30.
Silva, D. M. P. (2003). Psicologia Jurídica no Processo Civil Brasileiro. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Silva Júnior, A. P. da (2006). Dano psíquico em crianças vitimas de abuso sexual sem comprovação de ato libidinoso ou conjunção carnal. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Brasília.
Simão, R. B. C. (2007). Soluções judiciais concretas contra a perniciosa prática da alienação parental. In APASE (Ed.), Síndrome de Alienação Parental.
Stein, L. M., Pergher, G. K., & Feix, L. da F. (2009). Desafios da oitiva de crianças no âmbito forense. Brasília-DF: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República / Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
Steller, M., & Boychuk, T. (1992). Children as witnesses in sexual abuse cases: investigative interview and assessment techniques. In H. Dent & R. Flin (Eds.), Children as witnesses (pp. 47-73). New York, NJ: John Wiley & Sons.
Trocmé, N., & Bala, N. (2005). False allegations of abuse and neglect when parents separate. Child Abuse and Neglect, 29, 1333-1345.
Vrij, A. (2005). Criteria-based content analysis: A qualitative review of the first 37 studies. Psychology, Public Policy, and Law, 11, 3-41.
Welter, C. L. W., & Feix, L. da F. (2010). Falsas memórias, sugestionabilidade e testemunho infantil. In L. M. Stein (Ed.), Falsas Memórias: fundamentos científicos e suas aplicações clínicas e jurídicas (pp. 157-185). Porto Alegre: Artmed.
Werner, J., & Werner, M. C. M. (2008). Child sexual abuse in clinical and forensic psychiatry: a review of recent literature. Curr Opin Psychiatry, 21(5), 499-504.
World Health Organization. (1999). Report of the Consultation on Child Abuse Prevention. Geneva: World Health Organization.
World Health Organization. (2002). World report on violence and health. Geneva: World Health Organization.
World Health Organization. (2006). Preventing child maltreatment: a guide to taking action and generating evidence. Geneva: World Health Organization.
Ystgaard, M., Hestetun, I., Loeb, M., & Mehlum, L. (2004). Is there a specific relationship between childhood sexual and physical abuse and repeated suicidal behavior? Child Abuse & Neglect, 28(8), 863-875.

Downloads

Publicado

2012-07-02

Como Citar

Schaefer, L. S., Rossetto, S., & Kristensen, C. H. (2012). Perícia psicológica no abuso sexual de crianças e adolescentes. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 28(2), 227–234. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17572