O moderno e a Vila Amaury:

a dicotomia do pensamento na construção de Brasília

Autores

  • Camila Pescatori Candido da Silva Departamento de Projeto, Expressão e Representação e do Programa de Pós Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (PPG-FAU/UnB) https://orcid.org/0000-0002-4361-2598
  • Átila Rezendo Fialho Universidade de Brasília | Programa de Pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (PPG/ FAU – UnB) https://orcid.org/0000-0003-2002-2621

Palavras-chave:

Vila Amaury, Brasília, modernização, NOVACAP, segregação

Resumo

O presente artigo tem como objetivo expor e compreender o papel do apagamento de determinadas ocupações, tendo como enfoque a Vila Amaury (1959-1960), frente à tentativa de construção de uma imagem da nova capital do país, Brasília. O caso dessa vila em específico chama a atenção devido à maneira peculiar que o Estado operou em seu apagamento, localizando-a em terras baixas onde seria represado o Lago Paranoá, de agrando uma temporalidade intencional e prescrita. Se por um lado houve uma permissividade para que a população pobre do Distrito Federal ocupasse uma região próxima do Congresso Nacional, por outro essa permissão cumpria o objetivo, também, de reunir em um só local diversas pequenas favelas espraiadas pelo território. A esse estágio da pesquisa, procuramos analisar esse caso com base em relatos orais presentes nos trabalhos de Ivany Neiva Câmara (2017) e no documentário de Vladimir Carvalho e Eugene Feldman, “Brasília segundo Feldman”, de 1979, além de fontes secundárias a respeito do tema. Em um segundo momento, partiremos das teses críticas com relação às teorias de modernização e como essas podem ter contribuído não somente para a construção de uma representação específica para a nova capital, por meio da influência no campo da Arquitetura, Urbanismo e das Ciências Sociais, bem como para a exclusão e a aversão às soluções socioespaciais das populações pobres urbanas, como favelas, cortiços e, termo bastante cunhado no caso do Distrito Federal, “invasões”.

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Biografia do Autor

Camila Pescatori Candido da Silva, Departamento de Projeto, Expressão e Representação e do Programa de Pós Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (PPG-FAU/UnB)

Professora Adjunta do Departamento de Projeto, Expressão e Representação e do Programa de Pós Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (PPG-FAU/UnB) como orientadora de mestrado e doutorado. Doutora pelo PPG-FAU/UnB em Teoria e História da Cidade e do Urbanismo, com tese sobre a atuação de empresas urbanizadoras e o processo de dispersão urbana; menção honrosa no I Prêmio Rodrigo Simões de Teses de Doutorado - ANPUR (2017).

Átila Rezendo Fialho, Universidade de Brasília | Programa de Pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (PPG/ FAU – UnB)

Mestrando pelo Programa de Pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (PPG/FAU – UnB) na área de concentração de Teoria, História e Crítica. Graduado pela mesma faculdade, participou de PIBIC (Programa de Iniciação Científi ca) e de congressos como IX CBDU (Congresso Brasileiro de Direito Urbanístico), em 2017, e XVIII ENANPUR, em 2019.

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Publicado

08/02/2023

Como Citar

PESCATORI CANDIDO DA SILVA, Camila; REZENDO FIALHO, Átila. O moderno e a Vila Amaury:: a dicotomia do pensamento na construção de Brasília. Pós - Revista Brasiliense de Pós-Graduação em Ciências Sociais, [S. l.], v. 18, n. 1, 2023. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistapos/article/view/50324. Acesso em: 23 nov. 2024.