Maria Navalha e a Filosofia Popular Brasileira ”“ um “trabalho” de campo
UN "TRABAJO" DE CAMPO
DOI:
https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v4i2.34990Palavras-chave:
Experiência. Trabalho de campo. Filosofia Popular Brasileira. Navalha. Exubjetividade. Desconceito.Resumo
O objetivo deste trabalho consiste em demonstrar como certos conceitos são desenvolvidos a partir da perspectiva de uma filosofia popular brasileira. Para além de apenas explicitar teoricamente os passos fundamentais para a elaboração conceitual (quais sejam, o trabalho de campo ou o “trabalho” da e na rua, as anotações que se seguem à experiência, a escrita a partir de tais anotações, tendo o conceito apenas como resultado final e não o norteador da escrita), esse texto parte de um caso específico, ao qual se seguiram algumas outras experiências, para, nos termos de Luiz Rufino, alcançar uma “pedagogia das encruzilhadas”. É apenas a partir das experiências, anotações e posterior escrita, em que a cada etapa a figura de Maria Navalha, pombagira malandra carioca, vai se tornado mais presente, que os conceitos de “exubjetividade”, “dona da navalha”, “navalha de gênero” e “filosofia a golpes de navalha” vão tomando forma. Ainda assim, é preciso observar, mais do que conceitos fechados, esses termos entram na gira para desconceituar, a golpes de navalha, tudo aquilo que se pretende uno, coeso, perene e idêntico a si.
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