Das Águas Ìyá Oxum: saberes ancestrais femininos em poesias negras diaspóricas

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DOI:

https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v4i2.34575

Palavras-chave:

Palavras-chave: Poesia negra feminina. Oxum. Saberes ancestrais. Epistemologia negra

Resumo

Neste artigo, investimos numa discussão acerca dos saberes ancestrais femininos articulados em poesias negras diaspóricas. Dessa maneira, ao apresentar um estudo crítico dos poemas de Lívia Natália e Paula Melissa (Mel Adún), observamos como os arquétipos de Ìyá Oxum são incorporados como tessituras e fundamentos epistêmicos. A partir de contribuições teóricas formuladas na filosofia africana, o texto explora como o orixá feminino Oxum se torna uma “categoria sócio-espiritual” (OyÄ›wùmí, 2016) de abertura para uma transformação epistemológica para ver, sentir e compreender o mundo, em contraposição ao pensamento ocidental.

 

 

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Publicado

2021-01-04

Como Citar

Sales, C. (2021). Das Águas Ìyá Oxum: saberes ancestrais femininos em poesias negras diaspóricas. Revista Calundu, 4(2), 23. https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v4i2.34575