Povo, Tradição, Diáspora, Matriz Africana e Comunidades de Terreiro: contribuições calunduzeiras a um debate aberto em torno das religiões afro-brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v6i1.43885Palavras-chave:
Tradição calunduzeira., Comunidade de terreiro., Matriz africana.Resumo
Busca-se com o texto oferecer contribuições, de interesse comunitário afrorreligioso e sociopolítico para os debates, nada consensuais, sobre povo, tradição, diáspora, matriz africana e comunidades de terreiro. O texto foi construído a partir dos diálogos promovidos por meio de reuniões públicas do Calundu – Grupo de Estudos sobre Religiões Afro-Brasileiras, realizadas de modo virtual, entre os meses de abril e junho de 2022. Foi organizado, portanto, a partir de revisão bibliográfica e debates entre pessoas iniciadas ou não em religiões afro-brasileiras. Ressalta-se o caráter brasileiro – e, com isso, afro-ameríndio – da religiosidade afro-brasileira, bem como sua longeva liderança feminina, que desde o início da forçada diáspora negra a esta região do planeta vem estruturando comunidades e coletividades de pessoas. No que tange a debates políticos em torno das religiões afro-brasileiras, esses são aspectos que não podem ser relevados.
Downloads
Referências
ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas: reflexões sobre a origem e difusão do nacionalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
BRASIL, DECRETO No 5.051, DE 19 DE ABRIL DE 2004. Promulga a Convenção n.o 169 da Organização Internacional do Trabalho – OIT sobre Povos Indígenas e Tribais. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília: Poder Executivo, 2004.
BRASIL, DECRETO No 6.040, DE 07 DE FEVEREIRO DE 2007. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Brasília: Casa Civil, 2007.
CUNHA, Manuela Carneiro da; MAGALHÃES, Sônia B. e ADAMS, Cristina (orgs). “Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil [recurso eletrônico]: contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças”. São Paulo: SBPC, 2022. Disponível em: https://portal.sbpcnet.org.br/livro/povostradicionais16.pdf
GUIMARÃES. Andréa L. C. “Os povos de terreiro como sujeitos constitucionais: análise do I Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana”. In HEIM, B; ARAÚJO, M. de; HOSHINO, T. Direitos dos povos de terreiros. Salvador: EDUNEB, 2018.
HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. Trad. Tomaz Tadeu Silva e Guaracira Lopes Louro. 4. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
HALL, Stuart. Da Diáspora: Identidades e mediações culturais. Trad. Adelaine La Guardiã Resende et al. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
ISA – Instituto Socioambiental. Povos Indígenas no Brasil – https://pib.socioambiental.org. Acessado em 01/06/2022.
LIMA, Vivaldo da Costa. Org. Encontros de nações-de-candomblé. Salvador: Ianamá/ Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA, 1984.
MACHADO, Sara Abreu da Mata. Saberes e fazeres na capoeira angola: a autonomia no jogo de Muleekes. 2001. 240 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação, Salvador. 2012.
MACHADO, Vanda. Tradição Oral e Vida Africana e Afro-brasileira. In: SOUZA, Fiorentina, LIMA, Maria Nazaré. Literatura Afro-brasileira. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais, 2006.
MARTINI, Gerlaine “Apontamentos sobre o campo das religiões afro-brasileiras e seus autores revisitados”. Revista Calundu, [S. l.], v. 1, n. 1, 2017. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistacalundu/article/view/7625.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL (2007). Antecedentes da Política
MULANJI, Kota. O que é ser potma?. 20 de abril de 2021. Disponível em: https://www.fonsanpotma.com.br
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a Mestiçagem no Brasil – Identidade Nacional versus Identidade Negra. Petrópolis: Vozes, 1999.
NOGUEIRA, G. D.; AZEVEDO, M. M. C. T.; DIÉNE, A. A. L. Tradição afrorreligiosa brasileira sob a releitura de iniciadas/os. Revista Calundu, [S. l.], v. 5, n. 2, 2022. DOI: 10.26512/revistacalundu.v5i2.41372. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistacalundu/article/view/41372.
NOGUEIRA, Guilherme D. Na Minha Casa Mando Eu: mães de santo, comunidades de terreiro e Estado. Tese: (Doutorado em Sociologia) - Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
NOGUEIRA, Guilherme D. “Tradição Calunduzeira: um conceito diaspórico.” Arquivos do CMD, [S. l.], v. 7, n. 2, p. 78–90, 2020. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/CMD/article/view/31145.
NOGUEIRA, Silas. Os Povos Tradicionais de Matriz Africana: Elementos para a Definição e Conceituação. Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia. Brasília: SEPPIR, 2012.
OLIVEIRA, Jorge Alberto Fernandes de. O Reconhecimento dos povos de Terreiro enquanto comunidades tradicionais no Brasil: limitações das categorias jurídicas frente às dinâmicas epistemológicas do ser e do não ser. Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente, Departamento de Direito, PUC – Rio, 2020.
SECRETARIA DE POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL. I Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana. Brasília, 2013. Disponível em: .
SHIRAISHI NETO, Joaquim (Org.). Direito dos povos e das comunidades tradicionais no Brasil: declarações, convenções internacionais e dispositivos jurídicos definidores de uma política nacional. Manaus: UEA, 2007.
SILVA, T. T. (Org.). Identidade e Diferença: Perspectivas dos Estudos Culturais. Petrópolis: Vozes, 1997.
SILVA, Vagner Gonçalves da. Candomblé e Umbanda: caminhos de devoção brasileira. São Paulo: Ática, 1994.
SILVA. Olga Brites da. Memória, preservação e tradições populares. SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Cultura. Departamento de Patrimônio Histórico. O direito à memória: patrimônio histórico e cidadania. São Paulo, DPH, 1992.
SILVEIRA, Renato da. O Candomblé da Barroquinha: processo de constituição do primeiro terreiro baiano de keto. Salvador: Maianga, 2006, 648p.
SIQUEIRA, Maria de Lourdes. (Org.). Imagens negras: ancestralidade, diversidade e educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2006.
SIQUEIRA, Maria de Lourdes. Agô Agô Lonan – Mitos, ritos e organizações em Terreiros de Candomblé da Bahia. Belo Horizonte: Mazza Edições, 1998.
SKLIAR, Carlos. La Relación, siempre la relación, con el otro. In: Revista Separata: La educación (que es) del otro: nota acerca del desierto argumentativo en educación. Colômbia: Universidad de Antioquia - Facultad de educación, 2006, p. 61-82
SODRÉ, Muniz. O Terreiro e a Cidade: a forma social negro-brasileira. Rio de Janeiro: Imago; Salvador: Fundação Cultural do Estado da Bahia, 2002.
SOUZA, Laura de Mello e. “Revisitando o Calundu”. FFLCH/USP, São Paulo, p. 1-20. 2000. Disponível em: https://historia.fflch.usp.br/sites/historia.fflch.usp.br/files/CALUNDU_0.pdf.
UNESCO. (Org.). Documentos da reunião de peritos sobre “As sobrevivências das tradições religiosas africanas nas Caraíbas e na América Latina”. Paris: Unesco, 1986.
ZIMMERMANN, Silva A. A Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais – entre conflitos e conquistas. Artigos Mensais OPPA, n.24, mar.2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Calundu
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution ( https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ ) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o encerramento do processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.