Pensar Nagô nos Banhos: preâmbulos para a cura e a defesa da ferida colonial
DOI:
https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v5i2.34570Palavras-chave:
Descolonização do Pensamento. Filosofia Africana. Espiritualidade. Axé. Arte-ritual.Resumo
Este artigo pretende primeiro introduzir uma leitura de Pensar Nagô, livro publicado em 2017, escrito por Muniz Sodré. Neste livro, o autor busca, por meio de noções como analogia e transculturalidade, retomar a concepção clássica da filosofia, isto é, como modo de vida e de existência. Assim sendo, trabalharemos suas primeiras conceituações estabelecendo um diálogo com a filosofia para promover uma sistematização do pensamento de matriz africana, sem reduzir sua força e potência sensível. Apresentaremos noções como: axé, arkhé (princípio em grego), ayó (alacridade), dentre outras que dão sustento à corporeidade e à imanência do ritual e do transe. Ademais, nos é fundamental apresentar uma dissertação sobre as Ìyás, as grandes mães detentoras do axé e da transmissão iniciática. No segundo momento, dissertaremos sobre as práticas dos Banhos desde uma perspectiva pessoal, relatada como experiência vivida e sensível, rendendo homenagem às (minhas) Ìyás e à força de resistência e potência no axé, das águas e da figura de Iemanjá e Oxum. Desta maneira, será através da descolonização do pensamento operada por Muniz Sodré e pela prática dos banhos que ressignificaremos o uso das palavras na potência de vida para tornar possível e necessário uma filosofia como modo existencial - na cura e na defesa da ferida colonial.
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Referências
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Conferências virtuais:
Live Pensar Africanamente em homenagem ao autor Muniz Sodré. Acessado em 28 de setembro 2020: https://youtu.be/c1kBk_cp7_M
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