DELEUZE: O APRENDER COMO EXPERIÊNCIA ESTÉTICA

Autores

  • Maria dos Remédios de Brito
  • Dhemersson Warly Santos Costa

DOI:

https://doi.org/10.26512/resafe.v1i32/33.35117

Palavras-chave:

Deleuze, Aprender como experiência estética, Diferença

Resumo

Deleuze não se debruçou sobre a pedagogia, porém é possível encontrar em suas obras filosóficas  uma potência para pensar a educação e o aprender. A intenção do ensaio é capturar do pensamento filosófico de Deleuze aberturas para pensar o aprender como uma experiência estética, uma experiência que se dá quando o corpo é afetado pelos encontros, pelos signos, pelos blocos de sensações, produzindo uma abertura vital para os processos de criação, pois não se aprende reproduzindo, mas fazendo de outro modo, com o corpo aberto às experiências do sensível, às experiências de um pensamento violentado pelas forças do fora, formando clarões desabadores do pedagógico e ao mesmo tempo destacando o aprender como criação ou mesmo invenção de uma vida.

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Biografia do Autor

Maria dos Remédios de Brito

Professora da Universidade Federal do Pará no Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e no Programa de Pós-graduação em Artes.

Dhemersson Warly Santos Costa

Doutorando em Educação em Ciências e Matemáticas pela Universidade Federal do Pará.

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Publicado

2020-11-11

Como Citar

Brito, M. dos R. de ., & Costa, D. W. S. . . (2020). DELEUZE: O APRENDER COMO EXPERIÊNCIA ESTÉTICA. Revista Sul-Americana De Filosofia E Educação (RESAFE), 1(32/33), 120–135. https://doi.org/10.26512/resafe.v1i32/33.35117