Chamada nº 11 | Volume nº 06 | Número 01
O projeto de pesquisa "Antes que Aconteça" é uma iniciativa de pesquisa e extensão resultante da parceria entre a Universidade de Brasília (UnB) e a Secretaria de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). O objetivo do projeto é produzir evidências científicas para estruturação de políticas de acesso à justiça, segurança, garantia e promoção de direitos, a partir da produção de dados, formação, conscientização e concepção de meios de defesa de todas as mulheres que são impactadas pela violência. A pesquisa é estruturada em cinco eixos principais, três dos quais fazem parte da temática criminológica: “Análise aprofundada da existência, funcionamento e qualidade técnica dos Grupos Reflexivos de Agressores”, “Monitoração Eletrônica em casos de Violência de Gênero” e, “Antes que os danos aconteçam: desafios e constrangimentos de vítimas de violência doméstica e familiar no acesso à justiça”.
Neste contexto, com a finalidade de reunir produções acadêmicas que contribuam tanto para o campo dos estudos sobre a violência de gênero de modo geral, quanto para os rumos da pesquisa acima descrita, a Revista Latino-americana de Criminologia (RELAC) traz Chamada para a submissão de artigos para o Dossiê “Antes que Aconteça”: promoção de acesso à justiça e prevenção da violência contra as mulheres”.
Para tanto, buscamos trabalhos que abordem, seja do ponto de vista teórico-criminológico, seja das perspectivas dos direitos fundamentais e do feminismo, políticas e instrumentos de prevenção da violência doméstica e familiar contra as mulheres, especialmente daquelas relacionadas ao funcionamento dos sistemas de justiça e segurança pública em tal prevenção e enfrentamento.
Os temas relacionados a este dossiê, portanto, incluem: (i) existência, modos de participação, funcionamento e avaliação de grupos de autores de violência de gênero no sistema de justiça; (ii) participação em grupos de autores de violência de gênero como medida protetiva na Lei Maria da Penha; (iii) gestão de masculinidades no sistema de justiça; (iv) mapeamento dos constrangimentos ou coerções impostos às mulheres na busca de soluções sociais e estatais para a violência vivenciada; (v) uso de tecnologias (tornozeleiras e botões do pânico, por exemplo) na prevenção da violência de gênero; (vi) políticas e estratégias de prevenção da violência de gênero na América Latina; (vii) serviços de atendimento e recebimento de denúncias de violência contra mulheres; (viii) análise de políticas e estratégias de prevenção à violência de gênero entre diferentes contextos e realidades.



