Decision-Making autonomy of federal regulatory agencies and the formation of collegiate bodies in Brazilian Law

Critical analysis based on the assumptions of public choice theory and administrative process theory of regulation

Autores/as

Palabras clave:

Decision-making autonomy of regulatory agencies. Process for nominating directors. Public choice theory. Capture risk. Administrative process theory of regulation.

Resumen

[Propósito] O presente artigo busca examinar criticamente, a partir dos pressupostos da teoria da escolha pública e da teoria processual administrativa da regulação, o arranjo legal previsto para assegurar autonomia decisória às agências reguladoras federais, sobretudo a partir do modelo previsto para o processo de indicação de seus dirigentes.

[Metodologia/abordagem/design] De um lado (descritivo), a teoria da escolha pública, conforme parâmetros metodológicos de Duncan Black, Kenneth Arrow, Anthony Downs, James Buchanan, Mancur Olson, William Niskanen e George Stigler, apesar de não consistir em uma teoria da captura regulatória, permite vislumbrar a possibilidade de que, em alguns casos, ocorra a “aquisição” da regulação por grupos de interesse especial e/ou pelo poder político. Por outro lado (normativo), a teoria processual administrativa, na perspectiva de Steven P. Corley, ajuda a compreender o ambiente empregado no âmbito das agências reguladoras para a tomada de suas decisões, sobretudo no que diz respeito às garantias procedimentais e institucionais que buscam assegurar autonomia decisória ao regulador, de modo que, com isso, seja evitada ou sejam reduzidos os riscos de sua captura, o que consistiria em comportamento disfuncional incompatível com as concepções de direito e interesse público que informam a produção de atos estatais, tal como ocorrer com a regulação econômica. Nesse contexto, será avaliado criticamente o processo de indicação dos dirigentes das agências reguladoras, considerando o atual monopólio político dessa atividade e as eventuais repercussões para a autonomia decisória das agências reguladoras federais.

[Resultados] A pesquisa indica que, apesar do avanço institucional e procedimental existente no direito brasileiro, ainda seria possível (e até mesmo desejável) promover novos aprimoramentos, sobretudo para reduzir o poder político na formação dos órgãos colegiados das agências reguladoras.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Lucas Pereira Baggio, UNB

Bacharel em direito e pós-graduado em direito empresarial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, com mestrado em Direito Público pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e doutorando em Direito pela Universidade de Brasília – UNB. Advogado sócio de Baggio e Costa Filho Sociedade de Advogados. Endereço: SHIS, QL 10, Conjunto 01, Casa 08, Lago Sul, CEP 71630-015, Brasília/DF. E-mail: lucas.baggio@bcfadvogados.com.

Citas

ARANHA, M. I. Manual de Direito Regulatório. 5ª ed., Londres: Laccademia, 2019a.

ARANHA, M. I. Teoria Jurídica da Regulação: entre Escolha Pública e Captura. Direito Público, v. 16, nº 90, p. 11-37, 2019b.

ARROW, K. J. Social Choice and Individual Values. 2. ed. New York: John Wiley & Sons, 1963.

BLACK, D. On the Rationale of Group Decision-Making. Journal of Political Economy, v. 56, p. 23-34, 1948.

BUCHANAN, J. M.; TULLOCK, G. The Calculus of Consent: Logical Foundations of Constitutional Democracy. Ann Arbor: University of Michigan Press, 1962.

CROLEY, Steven P. Regulation and Public Interests: The Possibility of Good Regulatory Government. Princeton: Princeton University Press, 2008.

DOWNS, A. An Economic Theory of Political Action in a Democracy. Journal of Political Economy, v. 65, n. 2, p. 135-150, 1957.

JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005.

LOPES, O. A. Fundamentos da Regulação. Rio de Janeiro: 2018.

MORAES, Alexandre de. Agências Reguladoras. Fórum Administrativo: Direito Público, ano 1, nº 08, outubro de 2001, Belo Horizonte.

NISKANEN, W. A. The Peculiar Economics of Bureaucracy. The American Economic Review, v. 58, n. 2, p. 293-305, May 1968.

OLSON, M. L. The Logic of Collective Action: Public Goods and the Theory of Groups. 20. ed. Cambridge, MA: Harvard University Press, v. Harvard Economic Studies, Volume CXXIV, 2002.

PEACOCK, A. Public Choice Analysis in Historical Perspective. Milano: Cambridge University Press - Raffaele Mattioli Foundation, 1997.

ROSE-ACKERMAN, S.; LINDSETH, P. L. (Eds.). Comparative Administrative Law. Cheltenham, UK: Edward Elgar, 2010.

STIGLER, G. J. The Theory of Economic Regulation. The Bell Journal of Economics and Management Science, v. 2, n. 1, p. 3-21, Spring 1971.

Publicado

2023-09-06

Cómo citar

PEREIRA BAGGIO, Lucas. Decision-Making autonomy of federal regulatory agencies and the formation of collegiate bodies in Brazilian Law: Critical analysis based on the assumptions of public choice theory and administrative process theory of regulation . Revista de Direito Setorial e Regulatório, [S. l.], v. 9, n. 2, p. 178–201, 2023. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/rdsr/article/view/49460. Acesso em: 31 ago. 2024.