As experiências de quase-morte analisadas pela sociologia transpessoal
DOI:
https://doi.org/10.26512/2358-82842022e53595Palabras clave:
Sociologia transpessoal; experiências de quase-morte; neurociência; religião comparada; novos paradigmas; consciência não local.Resumen
Este artigo procura analisar as experiências de quase morte (EQMs) a partir de uma abordagem sociológica transpessoal. Para tanto, partiu-se do impasse existente nas teorias materialistas que sustentam que o cérebro cria a consciência. Como o cérebro está inativo em casos de parada cardíaca, as lembranças e imagens obtidas durante a EQMs não deveriam ocorrer, ao menos teoricamente. Diversos estudos sobre EQMs trazem indícios de uma mente não local, sugerindo que a consciência atua para além do cérebro. Neste sentido, verificou-se que os modelos explicativos propostos pela moderna neurociência não materialista, com as teorias de um campo quântico transcendente, são mais promissores do que as tentativas materialistas de reduzir o fenômeno aos seus aspectos físicos. O mesmo podemos dizer das abordagens da religião comparada e do essencialismo transcendental, que aproximam as EQMs a fenômenos espirituais análogos presentes em outras culturas e civilizações. A sociologia transpessoal, ao assumir uma perspectiva interdisciplinar, procura dialogar com estes estudos, no intuito de compreender os aspectos transcendentais inerentes à relação entre indivíduo e sociedade. Conclui-se que a abordagem sociológica transpessoal é compatível com o novo paradigma da complexidade.
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