Sistematização e apontamentos críticos ao argumento de Hick a favor do pluralismo religioso

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.26512/2358-82842022e50488

Palabras clave:

pluralismo religioso, John Hick, Real, transcendente, experiência religiosa

Resumen

Na obra An Interpretation of Religion, John Hick elabora uma longa argumentação a favor do pluralismo religioso, definido como a tese de que várias religiões são percepções válidas da realidade transcendente. Tal argumento passa por teses como a ambiguidade religiosa do Universo, a confiabilidade da experiência religiosa e a distinção kantiana entre númeno e fenômeno. Contudo, uma vez que o filósofo não esclarece detalhadamente todos os passos de sua argumentação, analisar tal argumento pode ser algo difícil. Por esse motivo, o presente artigo visa sistematizar as premissas do argumento de Hick a favor do pluralismo religioso, esclarecendo cada passo do raciocínio e demonstrando seu encadeamento lógico. Após isso, pretende-se encerrar o texto com alguns apontamentos críticos contra a argumentação de Hick. Embora tais apontamentos não pretendam dar uma resposta cabal e definitiva contra o raciocínio de Hick, espera-se que elas possam sugerir o desenvolvimento de críticas que se engajem com a sistematização aqui oferecida.

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Biografía del autor/a

Arthur Henrique Soares dos Santos, Universidade Federal do Pará

Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Graduado em Filosofia pela UFPA. Membro do grupo de pesquisa "Kant e o Kantismo". Professor de Filosofia no Centro de Estudos John Knox e no Centro Educacional Evangélico Logos. Estuda filosofia kantiana e suas relações com a filosofia analítica, bem como a filosofia da religião de Kant. Também estuda filosofia da religião, em especial epistemologia analítica da religião em autores como Alvin Plantinga, William Lane Craig e William Alston.

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Publicado

2024-07-01

Cómo citar

Santos, A. H. S. dos. (2024). Sistematização e apontamentos críticos ao argumento de Hick a favor do pluralismo religioso. Revista Brasileña De Filosofía De La Religión, 9(2), 143–163. https://doi.org/10.26512/2358-82842022e50488