Conhecimento, Filosofia e Mística

Autores/as

  • Maurício Mota Saboya Pinheiro Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

DOI:

https://doi.org/10.26512/2358-82842019e28869

Palabras clave:

experiências místicas; conhecimento; William Payne Alston.

Resumen

Este artigo tem por objetivo defender a possibilidade de as experiências místicas cristãs serem fonte de conhecimento, baseado na epistemologia de William Payne Alston (1921-2009). Parte-se do conceito de conhecimento como “crença verdadeira e justificada” e, no espírito de um pluralismo epistemológico contemporâneo, procura-se enfraquecer aquele conceito por meio de concepções abrangentes acerca da verdade e da justificação espistêmica. Ambas essas concepções são formadas sobre interpretações às abordagens alstonianas do realismo alético e das práticas doxásticas. Alguns exemplos de relatos de experiências místicas são apresentados, a fim elucidar os conceitos supramencionados. O artigo conclui que as crenças produzidas sob a prática doxástica mística cristã tenderão a ser tanto mais conhecimento, quanto mais epistemicamente justificadas forem elas. Isso significa que a prática em questão terá de satisfazer aos seguintes critérios: 1) enraizamento psicossocial; 2) coerência interna e externa; e 3) auto-apoio significativo.

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Publicado

2020-08-26

Cómo citar

Mota Saboya Pinheiro, M. (2020). Conhecimento, Filosofia e Mística. Revista Brasileña De Filosofía De La Religión, 6(2), 32–53. https://doi.org/10.26512/2358-82842019e28869