PINTO E CANTO ENTRE O SAGRADO E O PROFANO: O MARABAIXO DA QUARTA-FEIRA DA MURTA GRAVADO EM METAL E ESCRITO NO PAPE
DOI:
https://doi.org/10.26512/2358-82842021e40868Palavras-chave:
Marabaixo; Quarta-feira da Murta; Sagrado; Profano.Resumo
Durante o Marabaixo, nem sempre o sagrado e o profano, tampouco a percepção dos limites que os separam, são facilmente compreendidos ou aceitos por aqueles alheios aos diversos momentos que constituem esse Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro. Nesse contexto, este trabalho objetiva investigar essa questão através do exame de alguns exemplos encontrados em uma crônica jornalística e em um quadro gravado em metal que coincidem na representação de um desses momentos: a Quarta-feira da Murta. A análise foi feita a partir da comparação dessas duas obras e à luz de uma breve revisão bibliográfica sobre o Marabaixo, o sagrado e o profano. Verificou-se que apesar do escultor parecer ter gravado somente o lado mais sagrado da Quarta-feira da Murta e do escritor ter narrado apenas seus elementos mais profanos, ambos, em realidade, mesclaram esses dois aspectos em seus respectivos trabalhos. A partir dessa observação, portanto, pode-se afirmar que, assim como usualmente ocorre durante o Marabaixo, essas obras também apresentam o sagrado e o profano dividindo harmoniosamente os mesmos espaços na Quarta-feira da Murta.
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