ROUSSEAU E OS PARADOXOS DA RELIGIÃO CIVIL
DOI:
https://doi.org/10.26512/2358-82842020e34290Palavras-chave:
Religião. Religião Civil. Paradoxos. Política. IntolerânciaResumo
Este trabalho tem por objetivo analisar dois paradoxos sobre a relação entre religião e política no pensamento de Rousseau, observando que entendemos por paradoxos aspectos extremamente positivos de sua obra. O primeiro, é a proposição de uma religião civil no último capítulo de seu Contrato Social. O segundo, a mudança de linguagem do direito político para o direito positivo quando, ao apresentar os dogmas positivos da religião civil, escreve mais do ponto de vista do legislador do que do teórico do direito político. A análise destes paradoxos implica, necessariamente, a reflexão sobre outros conceitos presentes no Contrato Social e outras obras de Rousseau, bem como nos trabalhos de pesquisa sobre seu pensamento. A partir desta análise constatamos que ambos paradoxos se justificam no interior da própria obra, não se tratando, portanto, de contradições, pois o autor tinha consciência das dificuldades teóricas de abordar o tema das relações entre política e religião, por isso, teve de ousar propor teses que tinham pouca aceitação de seus contemporâneos.
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